União entre sindicato e SENAR/MS possibilita produção de maracujá para agroindústria
União entre sindicato e SENAR/MS possibilita produção de maracujá para agroindústria

[caption id="attachment_550505" align="aligncenter" width="500"]
O Brasil ocupa o primeiro lugar na produção mundial de maracujá, com quase 600 mil toneladas colhidas. A informação divulgada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, por intermédio da Produção Agrícola Municipal em 2014, revela ainda que Mato Grosso do Sul ocupa a 25ª posição, com cerca de 50 mil quilos colhidos.
Apesar da baixa produção regional, uma iniciativa do programa Hortifruti Legal do SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem está transformando a vida de 28 famílias de produtores familiares, que residem há quase 18 anos no assentamento Serra, um dos mais antigos do município de Paranaíba.
Tudo começou quando a mobilizadora do sindicato rural, Dalva Rosa Castanheiras, reuniu uma turma para o curso de Plantio e Manejo de Maracujá, uma das vertentes da fruticultura na FPR – Formação Profissional Rural. “A maioria das famílias se dedicava à produção leiteira ou pequenos cultivos, o que impossibilitava o sustento somente na propriedade. Conversei com um grupo que resolveu diversificar e melhorar a renda. O resultado foi tão bom que acionei a equipe de assistência técnica e agora, os participantes somam oito mil pés de fruta plantados”, detalha.
Segunda fase - Desde outubro de 2015, o técnico de campo do programa Hortifruti Legal, Flávio Carlos Correa, acompanha o desenvolvimento da cultura de maracujá, que soma 7,2 mil plantas. “Atendemos inicialmente 22 famílias que plantaram a fruta da espécie Sol do Cerrado, que é muito apreciada na indústria na forma de polpa, sorvete, suco, além da casca utilização na produção de ração”, explica o técnico agrícola.
Correa reforça que a produção do assentamento Serra está se desenvolvendo muito bem e, no máximo, em seis meses terá início a colheita. “Os produtores são dedicados e seguem as recomendações técnicas à risca. Estamos trabalhando para implantar um sistema barato de irrigação, pois, isso aumentaria a produção de 30 para 45kg, por planta”, acrescenta.
A metodologia do ATeG voltada a produção de hortifrutigranjeiros e fruticultura tem objetivo de solucionar problemas técnicos de produção, mercado, industrialização, ou mesmo, associativismo. Para cumprir todas as etapas, o atendimento envolve visitas técnicas mensais do técnico de campo que são alinhadas com o profissional que atua como agente de comercialização, com intuito de intermediar o contato com possíveis demandas de mercado.
No SENAR/MS, a agrônoma Alana Nunes Neto é quem faz esse trabalho e o levantamento realizado em Paranaíba proporcionou que toda produção de maracujá será absorvida por uma fábrica de polpas de frutas no município vizinho, Aparecida do Taboado. “Cheguei ao assentamento, conheci o grupo e fiz um levantamento produtivo. Pesquisei a demanda do mercado local e das cidades vizinhas e conversei com uma empresa que comprará toda a produção, estimada em 110 mil quilos de maracujá”, explica a agente comercializadora do Hortifruti Legal.
Expectativa – Irani Adriana da Silva foi uma das primeiras moradoras do assentamento e afirma que o clima dos vizinhos é de muita animação. “O apoio do sindicato rural e do programa de assistência técnica do SENAR/MS está mudando a vida de nossa comunidade. Até agora muito pouco era produzido aqui por falta de orientação profissional e muitos pais de família têm que ir para cidade trabalhar em outras atividades”, argumenta.
A produtora familiar declara que o curso ministrado pelo instrutor do SENAR/MS animou os produtores que começaram a plantar maracujá. Agora queremos resolver o problema da falta de água e estamos nos mobilizando para montar uma associação com 30 produtores, com ajuda do Sebrae/MS”, conclui.
Em 2015, o programa de ATeG do SENAR/MS atendeu 276 produtores em 2015, em 11 municípios.
Assessoria de Comunicação do SENAR-MS www.senarms.org.br
Leia também

"Campo Aprendiz" investe na qualificação de jovens
"Campo Aprendiz" investe na qualificação de jovens

"Não acredito numa retomada de crescimento sem uma atenção real ao setor agropecuário", garante presidente da CNA e do Sistema FAEB
"Não acredito numa retomada de crescimento sem uma atenção real ao setor agropecuário", garante presidente da CNA e do Sistema FAEB

'Sistema CNA teve participação decisiva para o Brasil conquistar novo status sanitário’
'Sistema CNA teve participação decisiva para o Brasil conquistar novo status sanitário’

39ª Expotrês tem novo formato e busca aumentar número de qualificações
39ª Expotrês tem novo formato e busca aumentar número de qualificações