SENAR/RN impulsiona produção de frutas na região de Mossoró
Nesta quinta-feira (26) o engenheiro-agrônomo Francisco da Silva Santos, do SENAR/RN, encerra um trabalho de 100 dias que deixará saudade em 11 produtores de fruta da região de Pau Branco, no município de Mossoró.
Eles foram os grandes beneficiados por um projeto elaborado pela Cooperativa de Desenvolvimento Agropecuário Potiguar (COODAP) e incorporado pelo SEBRAE/RN dentro do programa “Boa Práticas Agrícolas da Fruticultura Irrigada”. OSENAR, por sua vez, teve seu projeto escolhido pelo SEBRAE para atender à demanda dos fruticultores.
Elaborado por Maluh Madruga, Diego Holanda, com a coparticipação do agrônomo Francisco da Silva Santos, o trabalho foi selecionado para integrar o SEBRAETEC a partir de uma proposta simples: o da assistência técnica assídua, com mais de uma visita semanal, por 100 dias.
A rotina de Francisco foi percorrer as lavouras e acompanhar de perto a introdução de tudo o que era proposto ao produtor. Como existia no grupo diferenças de produtividade de até 40% entre um e outro fruticultor, o técnico do SENAR focou seu trabalho fortemente na melhor escolha e uso correto de defensivos, já que se trata de um insumo fortemente impactado pela alta do dólar.
Deu certo: em tempo recorde, muito graças a essa estratégia, os 11 produtores filiados a COODAP obtiveram uma economia entre 25% a 40%, grande parte disso com a aplicação correta de defensivos e tratos culturais mais eficientes.
“Apesar de conhecerem muito bem seu ofício, os produtores agiam meio às cegas na hora de preparar a terra para iniciar o cultivo e isso se refletia mais na frente em prejuízo”, afirma Francisco da Silva Santos, ele próprio filho de produtores da região.
Entre os beneficiados estão gente conhecida na região, como João dos Santos Ribeiro, Edval Sinval de Souza, Amilton dos Santos Ribeiro e Elenildo Ribeiro dos Santos, tradicionais produtores de melão, mamão e melancia da região de Mossoró.
Embora ainda dependam de atravessadores que compram toda a suas safras, esses produtores sonham em um dia acessar um canal direto com os compradores finais, o que lhe garantiria no mínimo dobrar seus lucros num mercado que muda de humor todos os meses.
Com a maior parte da produção daquela região saindo para a exportação, sobrou mais espaço para os produtores menores venderem seus produtos no mercado local e em outros estados do Nordeste graças ao Certificado Fitossanitário de Origem (CFO). Esse documento não autoriza o trânsito de produtos vegetais, mas é indispensável para e emissão da Permissão de Trânsito Vegetal do Ministério da Agricultura.
Mas quem se beneficia desse esforço, no final das contas, são os atravessadores, que vendem a produção no atacado para varejistas com lucro equivalente ao do produtor, mas não pagando os custos que ele paga, exceto o frete.
“Este é o grande problema por aqui, já que com as visitas técnicas do SENAR nosso trabalho ganhou muito em qualidade”, diz João dos Santos Ribeiro, que no sítio Jardim, na localidade de Pau Branco, colhe em média 30 toneladas de melão por área plantada no sistema de rotação.
Edval Skinval de Souza, do sítio Caetano Neto, destaca que um grande ganho da assistência de 100 dias do SENAR foi um controle mais eficiente dos custos da produção. “Antes fazíamos isso de qualquer jeito e o técnico nos ensinou o valor de organizar essas informações”, lembra.
Amilton dos Santos Ribeiro, do sítio São Romão, não esquece as dicas dadas pelo engenheiro-agrônomo do SENAR sobre a importância de tratar bem o solo antes do plantio e buscar sempre metas melhores de produção e produtividade.
Num dos casos apurados, a produção de melão saltou de nove toneladas hectare para nada menos do que 30 toneladas por hectare. Foi o caso do sítio de Edval Sinval da Silva. “Pode-se dizer que este foi o meu resultado com a assistência técnica continuada”, comemora.
Assessoria de Comunicação FAERN
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