Vinte e nove alunos da Escola Estadual Luiz Prisco de Braga, em João Monlevade, em Minas Gerais, participaram do curso Saúde Reprodutiva do Serviço nacional de Aprendizagem Rural de Minas Gerais (SENAR/MG). Divididos em duas turmas, os estudantes com idades entre 10 e 17 anos, receberam orientações e tiraram dúvidas sobre as mudanças físicas e psicossocias da adolescência.

Ana Letícia Vieira Simão, estudante do 9º ano, integrou a turma de 10 a 14 anos. Ela diz que mantém uma relação de extrema confiança com os pais e que recebeu deles total apoio para participar do curso. “Eu e meus irmãos conversamos com nossos pais sobre qualquer assunto, mas o jeito de explicar é diferente. Achei que no curso a professora falou de uma forma mais fácil de entender”, compara.

A gravidez na adolescência e o uso de drogas foram os temas que mais chamaram a atenção da menina de 14 anos. “Foi bom discutir essas questões porque tanto uma gravidez não planejada quanto o uso drogas pode nos trazer sérios problemas”, opina.

Para a fisioterapeuta e instrutora do curso Danila Rodrigues Silva, como nem todos os adolescentes têm em casa a mesma liberdade que Ana Letícia e acabam conversando somente com os colegas, o curso assume um importante papel ao levar informações sobre as transformações e dilemas desta fase da vida. “O conhecimento do corpo, a paixão, a sexualidade e a descoberta do outro são alguns dos assuntos discutidos em sala de aula. Abordamos também as relações interpessoais, a importância da família e da escola na construção da identidade deste jovem”, explica.

Danila aponta que grande parte desta faixa etária apresenta como traço comum a contestação em relação às imposições dos pais e o conflito de não conseguirem se enquadrar como crianças nem como adultos. Outros vivem sob a pressão da ditadura da beleza e querem seguir, a qualquer custo, um padrão estabelecido pela sociedade. “Independente do tema, o importante é tratá-lo com naturalidade porque dessa forma os participantes se sentem mais à vontade para perguntar”.

“Como temos muito acesso à internet, o excesso de informação acaba nos confundindo. No curso tivemos a oportunidade de perguntar, tirar nossas dúvidas e isso foi muito bom”, avalia Ana Letícia. O curso foi promovido pela Associação dos Apicultores de João Monlevade (AAPIMON) em parceria com o SENAR/MG.

Assessoria de Comunicação do SENAR/MG
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