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Curso de Derivados do Leite é realizado em Santana de Pirapama

10.12.15.1

Desde segunda-feira, 7, está sendo realizado em Santana de Pirapama o curso de Derivados do Leite – uma parceria entreSENAR Minas e Sindicato dos Produtores Rurais de Santana de Pirapama. Participativa e empolgada, a turma tem tudo para chegar ao final da capacitação com nota 10, adianta o instrutor André Simões de Alencar. “A primeira impressão foi a melhor possível, o grupo é muito interessado. Fiquei feliz ao chegar aqui e encontrar na turma ex-alunos do curso de Doce de Leite que já estão produzindo e comercializando os produtos que aprenderam a fazer.”

Edinéia Aparecida de Souza é uma delas. Mal terminou o curso realizado no mês passado e já começou a vender doce de leite. Ela diz que ainda não contabilizou quanto já conseguiu faturar, mas assegura que a lucratividade é boa. Do conteúdo apresentado até o momento, a aluna destaca o processo de pasteurização do leite para a produção de queijo. “Aprendi a fazer queijo com minha vizinha utilizando leite cru, e assim eu vinha produzindo e vendendo. Até começar o curso, eu não fazia ideia de que são encontrados no leite cru microrganismos que podem causar dores de cabeça e diarreia em quem o consome. Quanto mais buraquinhos o queijo tem, maior é a quantidade de microrganismos presentes”, compartilha.

Nessas primeiras horas de treinamento Edinéia também já aprendeu a fazer o teste de acidez e agora sabe que se o leite estiver ácido não serve para a fabricação de queijo – mas pode ser utilizado na produção de requeijão. “Estou extremamente satisfeita com o curso e minha expectativa é a melhor possível. Terminando este, quero fazer o curso de Queijos / Produtos Especiais”, planeja.

Leis e vendas

Até sexta-feira, os dez participantes continuam com a mão na massa para aprender a fazer os queijos Minas Frescal, Mussarela – nas versões barra, nó, palito, trança e cabacinha -, Minas Padrão, Ricota, iogurte, requeijão em barra e doce de leite pastoso. Seguindo as normas de segurança alimentar e a legislação junto aos órgãos de fiscalização, não se esquecendo da segurança no trabalho e das lições sobre custos e comercialização, o instrutor André Simões de Alencar avalia que são inúmeras as possibilidades para quem quer investir neste ramo de produção. “Ao final do curso o aluno terá aprendido os procedimentos técnicos corretos para fabricar todos esses produtos dentro do que pede a legislação. Ou seja, ele terá condições de produzir com a mesma qualidade que as grandes empresas e com o padrão de excelência exigido pelo consumidor”, afirma.

Como uma das possibilidades de negócios, Alencar cita a produção de doce de leite. De acordo com ele, se um produtor trabalhar de segunda a sexta-feira utilizando 20 litros de leite por dia, vai chegar ao final do mês com uma produção de 240 kg de doce. Sendo o quilo vendido a R$ 16, o montante somará R$ 3.840 e, depois de descontados os custos de produção, que chegam a cerca de 50% incluindo a mão de obra, a lucratividade será de R$ 1.920 por mês. “É claro que esses valores podem variar de acordo com a região, mas se pensarmos que um laticínio paga de R$ 0,80 a R$ 0,90 por litro de leite vemos que para o produtor rural o beneficiamento da matéria-prima acaba sendo muito mais atrativo”, compara.

Cheia de planos para 2016, Edinéia conta que já começou a construir uma cozinha industrial no lote em que mora para profissionalizar a produção. Animada com os novos produtos que prometem incrementar ainda mais as vendas de fim de ano, ela promete que vai reservar parte da produção para a ceia de Natal e também para presentear parentes e amigos próximos. “Quero enfeitar a mesa com todas as variedades de doce de leite e oferecer o queijo trancinha como tira-gosto. Também já estou decorando os potes para dar de presente, todo mundo vai ganhar doce para que o próximo ano seja mais doce”, brinca.

Assessoria de Comunicação  FAEMG
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