Seguindo a metodologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), que alia prática à teoria, os alunos do curso Técnico em Agronegócio dos dois polos da Rede e-Tec Brasil no SENAR de Sergipe - localizados nas cidades de Arauá e Carira – visitaram importantes agroindústrias, onde tiveram a oportunidade de conhecer a importância de duas cadeias produtivas para a economia do estado – a citricultura e a pecuária leiteira. As aulas de campo fazem parte do conteúdo da disciplina de Introdução ao Agronegócio. Um grupo do polo de Arauá visitou a Fábrica de Sucos Maratá. Os 14 estudantes viram de perto todo o processo, o recebimento da laranja, a industrialização e o envase dos produtos. A atividade foi acompanhada pela gestora do Pronatec, Luana Aragão, e pelo professor/tutor, Thiago Tavares Santos. Sergipe tem a segunda maior produção de laranja do Nordeste e movimenta, aproximadamente, R$ 800 milhões/ano, garantindo renda e emprego de milhares de pessoas. A produção está concentrada na região centro-sul do estado e as maiores beneficiadoras estão localizadas no município de Estância. A turma do polo de Carira teve contato com outra cadeia produtiva: a pecuária leiteira. A comitiva de 30 estudantes foi recebida no Laticínio Santa Maria (Natville), na cidade de Nossa Senhora da Glória. Lá, eles conheceram o processo de beneficiamento do leite e a fabricação de diversos derivados. A atividade também contou com a presença da coordenadora do programa Taynã Barbosa; do gerente de Educação Profissional do SENAR, Celio Pereira Dantas; do gestor de Arrecadação, Raildo Menezes; e do assessor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese), Gladson Silva, além do professor/tutor Flavio Silva. Sergipe produz, aproximadamente, 800 mil litros de leite/dia. A atividade é mais difundida na área do Alto Sertão. A cidade de Nossa Senhora da Glória é a grande bacia leiteira e sede das principais indústrias. “Eles tiveram a oportunidade de verificar de quem as empresas adquirem a matéria prima, quanto é pago, como funciona nos períodos de safra e entressafra, enfim, como acontece, na prática, essa relação entre produtor e indústria. O nosso foco é justamente formar técnicos que tenham uma visão completa do mercado e não somente da produção”, declara o superintende do SENAR em Sergipe, Denio Augusto Leite.

Alunos aprovam experiência Vinícius Alves de Oliveira, aluno do polo de Arauá, elogiou a iniciativa e a oportunidade de aprender sobre uma etapa fundamental no agronegócio: o beneficiamento dos produtos. Segundo ele, que já é técnico em agropecuária e trabalhou na parte de produção de laranja, existiam muitas dúvidas sobre como funciona a fabricação de sucos e agora ficará mais fácil de trabalhar alguns conteúdos dentro da sala de aula. “Pensávamos que o suco era feito com substâncias como corantes e aromatizantes e observamos lá dentro que isso não acontece. Pudemos conhecer as etapas de fabricação e os cuidados necessários para garantir a qualidade dos produtos. Agora temos um novo olhar e poderemos levar isso para os produtores através de técnicas mais fáceis e rentáveis”. O estudante Cleberton Ribeiro de Araújo, que visitou a empresa de laticínios, destaca que a atividade permitiu conhecer desde a elaboração de queijo, manteiga e creme de leite até aspectos do transporte e da organização da cadeia. Na opinião dele, iniciativas como essa são fundamentais para a formação dos futuros técnicos e despertam mais interesse dos alunos. “O técnico em agronegócio vai trabalhar muito com questões práticas no seu dia-a-dia. Essa atividade também vai gerar novas discussões entre a turma, que poderá trocar experiências e aprimorar o aprendizado. Outro aspecto importante é a novidade. Todo mundo ficou entusiasmado e isso é uma forma de estimular muitos estudantes que moram longe a continuar no curso”, revela. O curso Primeira oferta da Rede e-TEC Brasil no SENAR, o curso Técnico em Agronegócio é oferecido em 17 polos de apoio presencial localizados em oito estados: Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Santa Catarina, Sergipe, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. A formação tem duração de dois anos (1.230 horas/aula), é gratuito e voltado para a realidade do campo, tanto no que diz respeito ao conteúdo como na formatação. Além disso, apresenta ainda uma vantagem extra, especialmente para quem vive no campo: ser em grande parte à distância. O aluno pode estudar quando e onde quiser. Só precisa comparecer ao polo de apoio presencial onde está matriculado para fazer prova, aulas práticas, e eventuais encontros. Um novo processo seletivo para o Curso Técnico em Agronegócio já está previsto para o 2º semestre deste ano e, até lá, novos polos deverão estar em atividade. Assessoria de Comunicação do SENAR (61) 2109-4141 www.senar.org.br www.facebook.com.br/SENARBrasil www.twitter.com/@SENARBrasil