A estrutura curricular desses cursos é pautada na formação por competência, um paradigma educacional que diverge significativamente dos métodos tradicionais de ensino, por meio de itinerários formativos, módulos e Unidades Curriculares. Esse tipo de formação não se concentra apenas no que o estudante sabe, mas também em como ele pode aplicar esse conhecimento em diferentes contextos.
Apresentação
Como este volume foi organizado?
Um compêndio é uma coleção concisa de informações sobre um determinado assunto ou temática. É estruturado de maneira a facilitar a consulta rápida e o acesso a informações sobre um assunto. Pode ser usado como um recurso de referência para obter uma visão geral ou um entendimento mais aprofundado de um tópico específico. Para compilar, estruturar e selecionar os conteúdos presentes no volume Portfólio dos cursos técnicos profissionalizantes, recorremos aos documentos oficiais relacionados aos cursos técnicos profissionalizantes.
Receba nossas boas-vindas ao compêndio da Formação Técnica Profissionalizante do Senar, que serve como um guia para todos os envolvidos no desenvolvimento, na implementação e no ensino dos cursos técnicos profissionalizantes. Neste volume, vamos explorar a apresentação de documentos institucionais, como o Plano Pedagógico Institucional, o trabalho do Comitê Técnico e a apresentação dos principais tópicos dos planos dos cursos técnicos.
Fonte: Getty Images.
Nesse modelo, as competências são definidas como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para realizar tarefas específicas. Diante disso, o Senar adota a abordagem de formação por competência na estruturação de seus cursos técnicos de nível médio. Isso justifica a singularidade dos Planos de Curso, que são desenhados para ir além do ensino teórico e priorizar a prática e a aplicabilidade.
Portanto, cada Unidade Curricular é planejada para desenvolver competências específicas que são valorizadas pelo mercado de trabalho.
O modelo de formação por competência é inovador e extremamente relevante para as demandas contemporâneas. Ele permite a integração de metodologias ativas de ensino, tornando o aprendizado mais participativo e engajado. Isso não apenas melhora a retenção de conhecimento, mas também prepara os alunos para serem profissionais proativos e solucionadores de problemas.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
Este volume é dividido em sete capítulos e cada um deles aborda aspectos vitais para a oferta da formação técnica profissionalizante. Clique nos títulos a seguir, para conhecer os assuntos que serão abordados:
Plano Pedagógico Institucional do Senar
No primeiro capítulo, será abordada detalhadamente a estrutura da Administração Central e das Administrações Regionais do Senar. Além disso, falaremos sobre a metodologia dos cursos, incluindo fundamentos teóricos, recursos instrucionais, avaliação, itinerários formativos e organização curricular. Por fim, serão mencionados o material didático, os cursos oferecidos e as vagas disponíveis.
A atuação do Comitê Técnico Nacional na construção dos cursos
No segundo capítulo, serão apresentados os principais fluxos e elementos da atuação do Comitê Técnico para a elaboração e construção dos Planos de Curso.
Plano de Curso do Curso Técnico em Agronegócio (EaD)
No terceiro capítulo, serão expostos os principais itens do Plano de Curso do Curso Técnico em Agronegócio, que visa formar profissionais habilitados na execução das ações de gestão e de operação no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio. Serão abordados desde o perfil profissional, definido pelo Comitê Técnico Nacional, e a matriz curricular, até a organização metodológica e a certificação.
Plano de Curso do Curso Técnico em Fruticultura (EaD e presencial)
No quarto capítulo, serão apresentados os principais itens do Plano de Curso do Curso Técnico em Fruticultura, que tem como objetivo formar profissionais para planejar, executar e controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura brasileira. Também abordaremos o perfil profissional, definido pelo Comitê Técnico Nacional, a matriz curricular, a organização metodológica e a certificação.
Plano de Curso do Curso Técnico em Florestas (EaD e presencial)
No quinto capítulo, falaremos sobre os principais itens do Plano de Curso do Curso Técnico em Florestas, com o objetivo de formar profissionais com capacidades técnicas para participar do planejamento, além de executar e controlar os processos de produção florestal, visando ao desenvolvimento de povoamentos florestais cultivados e visando a produção para fins comerciais, considerando a diligência e preservação de florestas nativas, contexto brasileiro. Sendo assim, abordaremos desde o perfil profissional, definido pelo Comitê Técnico Nacional, e a matriz curricular, até a organização metodológica e a certificação.
Plano de Curso do Curso Técnico em Zootecnia (EaD)
No sexto capítulo, serão expostos os principais itens do Plano de Curso do Curso Técnico em Zootecnia, que tem como objetivo formar profissionais com capacidades técnicas para aplicar os procedimentos relacionados à produção pecuária e ao processamento de alimentos de origem animal, visando a melhoria da competitividade do setor agropecuário brasileiro. Portanto, falaremos sobre o perfil profissional, definido pelo Comitê Técnico Nacional, e a matriz curricular, bem como sobre a organização metodológica e a certificação.
Plano de Curso do Curso Técnico em Agropecuária (presencial)
No sétimo capítulo, vamos explorar o Plano de Curso do Curso Técnico em Agropecuária (presencial) voltado à formação de competências que permitem o planejamento, a execução e o controle dos processos da produção de animais, com enfoque operacional e administrativo, de modo a contribuir para o fortalecimento das cadeias como um negócio sustentável. Serão abordados o perfil profissional, definido pelo Comitê Técnico Nacional, e a matriz curricular, bem como a organização metodológica e a certificação.
Plano de Curso do Curso Técnico em Agricultura (presencial)
No oitavo capítulo, serão expostos os principais itens do Plano de Curso do Curso Técnico em Agricultura, que se dispõe a formar profissionais capazes de planejar, executar e controlar o processo de produção e mecanização agrícola, considerando os aspectos da sustentabilidade dos negócios rurais. Sendo contemplados o perfil profissional, definido pelo Comitê Técnico Nacional, e a matriz curricular, até a organização metodológica e a certificação.
Plano de Curso do Curso Técnico em Cafeicultura (presencial)
O nono capítulo apresenta os aspectos principais do Plano de Curso do Curso Técnico em Cafeicultura cujo objetivo é desenvolver profissionais com competências para serem aptos a realizarem o planejamento, organização e controle dos processos de implantação, condução, colheita das lavouras cafeeiras, assim como de conseguirem fazer a difusão tecnológica no setor. Será abordado o perfil profissional, definido pelo Comitê Técnico Nacional, e a matriz curricular, até a organização metodológica e a certificação.
Plano de Curso do Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes (presencial)
Por fim, no décimo capítulo, serão expostos os principais itens do Plano de Curso do Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes, que visa formar profissionais habilitados no planejamento, execução e controle dos processos produtivos de animais com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável. Serão abordados desde o perfil profissional, definido pelo Comitê Técnico Nacional, e a matriz curricular, até a organização metodológica e a certificação.
Lembre-se de que este conteúdo é indispensável para as equipes técnicas das Administrações Regionais e dos polos presenciais, bem como para os tutores. Ele reflete o compromisso do Senar em promover uma educação técnica de qualidade, alinhada com as necessidades e os desafios do mercado contemporâneo.
1. Plano pedagógico institucional do Senar
Fonte: Getty Images.
O Plano Pedagógico Institucional é um documento que detalha a metodologia dos cursos, incluindo parte teórica, recursos instrucionais, avaliação, itinerários formativos e organização curricular. Também são mencionados os materiais didáticos, os cursos oferecidos e as vagas disponíveis.
Está na legislação
A Rede e-Tec Brasil foi instituída como uma iniciativa vinculada ao Ministério da Educação, com a finalidade de promover a educação profissional e tecnológica na modalidade de educação a distância (EaD), no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A rede segue os parâmetros estabelecidos na Resolução CNE/CP Nº 1, de 5 de janeiro de 2021, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional e tecnológica.
Além das instituições públicas de ensino federais e estaduais, esse decreto passou a abranger também os Serviços Nacionais de Aprendizagem da Rede e-Tec Brasil que ministram cursos de educação profissional e tecnológica, entre os quais o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), com mais de vinte anos de experiência na oferta de educação rural profissionalizante.
No infográfico a seguir, confira quais são as atuações da Rede e-Tec Brasil na modalidade EaD:
Formação inicial e continuada (FIC) ou qualificação profissional.
Educação profissional tecnológica de graduação e de pós-graduação.
Educação profissional de nível médio.
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Além disso, engloba também a produção de material didático para educação profissional e pesquisas relacionadas, ambas com a educação a distância.
Nesse contexto, o Senar, vinculado à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), não poderia ficar à margem da participação na Rede e-Tec. Através de sua inserção em novos níveis de educação até então ausentes, a missão do Senar se intensifica, a fim de realizar a educação profissional e a promoção social das pessoas do meio rural, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e para o desenvolvimento sustentável do país.
Para atuar na educação profissional de nível médio, o Manual de Gestão da Rede e-Tec Brasil estabeleceu que a instituição interessada em ofertar cursos técnicos na modalidade a distância e presencial híbrido deverá fazer a sua adesão à Rede e-Tec por meio do encaminhamento de uma proposta institucional, na qual deverá descrever o planejamento para a sua atuação no ensino profissional EaD.
No âmbito da educação superior tecnológica, foi criada a Faculdade CNA de Tecnologia, já credenciada no MEC e que, atualmente, oferta o curso superior de Tecnologia em Agronegócio na modalidade presencial.
Fonte: Getty Images.
Posteriormente, a faculdade receberá a autorização para ministrar ensino a distância. Dessa forma, a oferta de educação profissional segue em implantação, cumprindo, assim, a nova grande missão do Senar.
2. Identificação institucional
A identificação institucional permite uma visão completa do Senar como organização. Ela aborda a missão da entidade, os principais produtos e serviços oferecidos, a infraestrutura e localização das suas Administrações Regionais, a capacidade para estabelecer parcerias, o perfil do pessoal e sua capacidade técnica.
Além disso, descreve os agentes envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, tanto na Administração Central como nas Regionais. Além disso, aborda a infraestrutura física e tecnológica da instituição e define o público-alvo e os pré-requisitos para os envolvidos.
Está na legislação
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) é uma entidade com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, e considerada como um serviço social autônomo vinculado ao sistema sindical. Foi criado pela lei nº 8.315, de 23 de dezembro de 1991, e regulamentado pelo decreto nº 566, de 10 de junho de 1992.
Integrante do denominado Sistema “S”, o Senar tem como principais objetivos o de organizar, administrar e executar em todo o território nacional o ensino para a Formação Profissional Rural (FPR) e o de realizar ações para a Promoção Social (PS) do trabalhador rural.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
Por força da legislação, o Senar é organizado e administrado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e dirigido por um Conselho Deliberativo tripartite, integrado por representantes do governo, da classe patronal rural e da classe trabalhadora.
Clique nos ícones a seguir para saber mais sobre esse assunto.
O Senar é titular de contribuições compulsórias, aplicadas conforme o artigo 240 da Constituição Federal (CF) e oriundas tanto da comercialização de produtos agrossilvipastoris quanto da folha de pagamento de empresas rurais e agroindústrias.
Apesar de não integrar a administração pública direta e indireta, o Senar presta contas ao TCU, por força do inciso V, do artigo 5º da lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992.
O Senar não está sujeito a um acordo de acionistas ou a qualquer outro instrumento de controle de capital. A lei nº 8.315, de 23 de dezembro de 1991, e o seu regimento interno têm por finalidade definir as regras e normas específicas referentes ao seu funcionamento e controle.
2.1 Princípios
Como você já sabe, o Senar é administrado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e conta com dois órgãos que atuam no direcionamento, na execução, no assessoramento e na fiscalização.
Para conhecê-los, clique nos títulos a seguir:
Administração Central (AC)
- Conselho Deliberativo;
- Secretaria Executiva; e
- Conselho Fiscal.
Administração Regional (AR)
- Conselho Administrativo;
- Superintendência;
- Conselho Consultivo; e
- Conselho Fiscal Regional.
Ao Conselho Deliberativo, órgão da Administração Central (AC) e com jurisdição em todo o território nacional, compete exercer a direção superior e a normatização das atividades do Senar, notadamente no que se refere às atribuições apresentadas no infográfico a seguir:
Planejamento
Estabelecimento de diretrizes
Organização
Coordenação
Controle e avaliação das atividades
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Além disso, essas atividades requerem a seguinte composição:
- o Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que será o seu presidente nato;
- um representante do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);
- um representante do Ministério da Educação (MEC);
- um representante do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa);
- um representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB);
- um representante das agroindústrias, indicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI);
- cinco representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); e
- cinco representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG).
O Senar é representado, em juízo ou fora dele, pelo presidente nato do Conselho Deliberativo. Ele tem o papel de assumir os direitos e as obrigações da entidade. Além disso, o exercício da presidência é coincidente ao mandato da Diretoria da CNA.
Também é importante que você saiba que a execução da administração do Senar, ou seja, a Administração Central (AC), consoante às diretrizes estabelecidas pelo Conselho Deliberativo, é de competência da Secretaria Executiva.
Esse órgão é composto das seguintes áreas:
- Secretário Executivo;
- Chefia de Gabinete; e
- Unidade de Auditoria Interna.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
Já a estrutura básica da Secretaria Executiva é composta pelas seguintes áreas:
- Assessoria Jurídica (AJU);
- Departamento de Educação Profissional e de Promoção Social (DEPPS);
- Departamento de Administração e Finanças (DAF);
- Assessoria de Comunicação Social (ACS); e
- Departamento de Inovação e Conhecimento (DIC).
Clique nos ícones a seguir para conhecer a estrutura básica do Conselho Fiscal da Administração Central (AC):
Compete ao Conselho Fiscal o acompanhamento e a fiscalização da execução financeira e orçamentária da entidade, o exame e a emissão de parecer sobre as propostas de orçamento anual e plurianual, sobre o balanço geral e sobre as demais demonstrações financeiras do Senar.
Da mesma forma que o Conselho Deliberativo, o Conselho Fiscal é tripartite, integrado por representantes do governo (MTE, Mapa e MEC), da classe patronal (OCB) e da classe dos trabalhadores (CONTAG).
Também cabe a esse colegiado elaborar o seu Regimento Interno, cuja homologação está sob a responsabilidade do Conselho Deliberativo.
Está na legislação
As Administrações Regionais (ARs) são órgãos de execução, de forma descentralizada, das ações de formação profissional rural e promoção social do trabalhador rural, previstas no artigo 1º da lei nº 8.315, de 23 de dezembro e 1991, e criadas por atos do Conselho Deliberativo conforme disposto no inciso X do artigo 8º do Regimento Interno.
Ao Conselho Administrativo das ARs compete a função de cumprir e fazer cumprir as diretrizes emanadas do Conselho Deliberativo. Cabe-lhe, ainda, fixar a política de atuação de cada Administração Regional e estabelecer as normas operacionais que regerão suas atividades, bem como fazer obedecer às diretrizes gerais.
Quando o assunto é sobre as ARs, a execução da administração do Senar, consoante as normas estabelecidas pelo Conselho Administrativo, é de competência da Superintendência. Esse colegiado deve organizar, administrar e executar, no âmbito da sua unidade da federação (UF), o ensino para a formação profissional rural e as ações de promoção social para os trabalhadores rurais e os trabalhadores das agroindústrias que atuem exclusivamente na produção primária de origem animal e vegetal.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
O Conselho Consultivo é o órgão de assessoramento do Conselho Administrativo da AR e é composto de personalidades de notório saber. Nesse contexto, os participantes devem ser escolhidos pelo Conselho Administrativo, que também determinará o seu número.
As decisões emanadas do Conselho Consultivo têm o caráter de proposição e objetivos contributivos para o fortalecimento da instituição.
Ao Conselho Fiscal da AR compete o acompanhamento e a fiscalização da execução financeira e orçamentária da unidade localizada na sua UF, o exame e emissão de parecer sobre as propostas de orçamento anual e plurianual, sobre o balanço geral e sobre as demais demonstrações financeiras. Sua composição é de três membros titulares, indicados pela Federação de Agricultura do Estado; pela Administração Central do Senar e pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado. Por fim, cabe a esse colegiado elaborar o seu Regimento Interno, respeitando os princípios preestabelecidos, bem como as Normas de Funcionamento do Conselho Fiscal da Administração Central.
2.1.1 Missão do Senar
Fonte: Getty Images.
O Senar tem como missão realizar ações educacionais de Formação Profissional Rural, (FPR), Assistência Técnica e Promoção Social (PS), contribuindo para o desenvolvimento do produtor e do trabalhador rural brasileiro com foco na produção sustentável, na inovação e na valorização das pessoas do campo.
Ao profissionalizar o trabalhador rural e oferecer atividades de promoção social no meio rural, a entidade contribui efetivamente para o aumento de renda, a integração e ascensão social das pessoas a partir dos princípios de sustentabilidade, produtividade e cidadania, colaborando também para o desenvolvimento socioeconômico do país.
Diante desse contexto, confira no infográfico alguns princípios do Senar. Clique nos números para revelar as informações.
Organizar, administrar, executar e supervisionar, em todo o território nacional, o ensino para a Formação Profissional Rural e as ações para a Promoção Social das pessoas do meio rural.
Com base nos princípios da livre iniciativa, da economia de mercado e das urgências sociais, aprimorar as estratégias educativas e difundir metodologias para ofertar ações adequadas de Formação Profissional Rural e Promoção Social.
Assessorar os governos federal e estadual em assuntos relacionados à formação de profissionais rurais e atividades semelhantes.
Promover a expressão institucional.
Estimular a pesquisa de parcerias e consolidar alianças públicas e privadas para cumprir a missão de garantir o acesso à inovação rural.
Fortalecer e modernizar o Sistema Sindical Rural.
Aperfeiçoar os mecanismos de planejamento, monitoramento e avaliação de desempenho institucional.
Promover a cidadania, a qualidade de vida e a inclusão social das pessoas do meio rural.
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Em 22 anos de existência, o Senar já beneficiou mais de 60 milhões de produtores e trabalhadores rurais. Atualmente, são mais de 23 mil alunos matriculados em 99 salas de inclusão digital em 25 unidades federativas e quatro unidades móveis. Além disso, conta com mais de 157 mil alunos de todas as regiões do país em 17 cursos de ensino a distância. Somam-se a isso, mais de 4,5 mil dirigentes e colaboradores de sindicatos, que já foram capacitados pelo programa Sindicato Forte. Clique nos anos para conferir a linha do tempo do histórico do Senar.
Diário Oficial: Fernando Collor sanciona lei n.º 8.315 e cria o Senar.
Começa a atuar de fato na FPR e PS. Lança o Manual de Arrecadação e Série Metodológica.
Inicia a capacitação metodológica de instrutores, mobilizadores e supervisores. Fecha o ano com 200 mil pessoas treinadas no campo.
Assina convênio com a UNESCO. Realiza a campanha “O Grito do Senar”, mostrando a importância de sua atuação. Inicia a produção de cartilhas.
Participação do Senar no evento sobre gestão de programas na Formação Profissional em Turim, na Itália.
Comemora o alcance de 700 mil produtores capacitados.
Ano de parcerias como MEC, SEBRAE e MTE. Desenvolve programas de educação a distância; implanta programas de tecnologia e programas para alfabetizar adultos nas áreas rurais.
Chega ao ano 2000 preocupado com as questões ambientais. O Senar/MG lança o programa “Semeando”, levando informações sobre conservação e utilização dos recursos naturais.
O Senar completa 10 anos e comemora a aprovação do projeto da então deputada Kátia Abreu, que dobra a alíquota de contribuição do Senar.
Com 12 anos de atividades, o Senar contabiliza mais de 3 milhões de trabalhadores e produtores rurais capacitados em todo o Brasil.
Lança o programa Apoena, para promover a inclusão de pessoas com necessidades especiais da área rural nos cursos e eventos da FPR e PS.
Ano marcado pela mudança na presidência do Conselho Deliberativo do Senar, no Departamento de Educação Profissional e Auditoria Interna, para melhorar a atuação da Administração Central junto às Regionais.
A Receita Federal confirma em instituição normativa a obrigatoriedade do recolhimento ao Senar de percentual sobre a comercialização da produção rural decorrente de exportação.
A senadora Kátia Abreu, primeira mulher a presidir o CNA, assume também o Conselho Deliberativo do Senar e cria novos cursos e programas, como o Programa de Inclusão Digital Rural, Útero é Vida, Com Licença Vou à Luta e Mãos que Trabalham.
Inicia parceria internacional para levar a metodologia dos seus cursos ao Continente Africano. 100 técnicos de 12 países vieram ao Brasil. Lança seu portal de educação à distância, o EaD/Senar.
O Senar comemora 20 anos de 173 cursos e programas de formação rural em 48 áreas de atividade e programas de promoção social.
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Como é possível observar, o Senar está presente em praticamente todos os municípios brasileiros. Graças à capilaridade, à capacidade de articulação institucional e à interlocução permanente com o setor produtivo e com o setor acadêmico, o Senar tem realizado um trabalho diferenciado e permanente, contribuindo significativamente para diminuir as enormes diferenças regionais e sociais deste país.
Todas as ações de promoção social, capacitações e cursos do Senar são oferecidas de forma gratuita a pessoas do meio rural, associadas direta ou indiretamente aos processos produtivos agrossilvipastoris.
Diante disso, ao destacar a importância do trabalho realizado pelo Senar, um grande líder do setor rural e primeiro presidente da entidade afirmou sua convicção de que somente por meio do aprendizado e do saber será possível construir uma sociedade mais justa, proporcionando ao homem do campo os benefícios dos quais o cidadão urbano já desfruta.
2.1.2 Principais produtos e serviços
O Senar desenvolve e dissemina uma metodologia educacional própria para a realização da Formação Profissional Rural (FPR) e da Promoção Social (PS) em todo o Brasil, nos ambientes reais do trabalho rural em todas as dimensões, entre elas:
- agroindústrias;
- laticínios;
- usinas;
- pastagens;
- viveiros;
- currais; e
- plantações.
Essa metodologia é baseada em princípios pedagógicos e andragógicos (referentes à educação de adultos), que primam por estratégias que conjugam a teoria e prática, a experiência do educando e a atuação do educador, possibilitando ainda que o participante possa contextualizar e aplicar, de forma efetiva e eficaz, suas competências tanto nos exercícios laborais quanto na vida em sociedade.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
Atento às diversas metodologias e estratégias educativas em expansão, o Senar também desenvolve e implementa em todo o país ferramentas atualizadas, como a Educação a Distância (EaD), a Pedagogia da Alternância e a Formação por Competências.
Diante desse contexto, as ações profissionalizantes desenvolvidas pelo Senar preparam o produtor e o trabalhador rural para o mercado de trabalho. O objetivo é fazer com que o participante compreenda e saiba interagir com o processo de produção e com a cadeia produtiva, sendo capaz de solucionar possíveis problemas, de forma criativa e eficiente.
Atualmente a entidade trabalha em 48 áreas de atividades e programas de promoção social e oferece centenas de cursos sobre mais de 173 profissões do meio rural e programas especiais de formação profissional rural.
No infográfico a seguir, são apresentadas oito linhas de ação para a FPR em 163 ocupações. Além disso, destacamos as sete áreas de atuação da PS em mais de 154 atividades.
Fonte: Adaptado de Senar (2023).
A FPR é um processo educativo sistematizado, que se integra aos diferentes níveis e modalidades da educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, objetivando o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes para a vida produtiva e social. Está associada à informação e à orientação profissional, centrada em ocupações reconhecidas pelo mercado de trabalho rural para a definição das ofertas educativas a serem adequadas ao nível tecnológico dessas ocupações.
Além disso, a FPR assume identidade e características próprias, objetivos profissionalizantes e conteúdos ocupacionais centrados no processo de trabalho, resultando em ganhos e aumento da produtividade para o produtor e trabalhador rural.
As diretrizes da FPR estão baseadas em:
- ações planejadas considerando a realidade local e respeitando os interesses dos produtores e trabalhadores rurais;
- ações que levam em conta o perfil profissional da ocupação demandada pelo mercado de trabalho;
- ações referentes à qualificação profissional básica, à aprendizagem rural, à especialização, ao aperfeiçoamento e à atualização, voltadas à clientela do Senar é composta por pessoas do meio rural com idade compatível com a natureza da oferta, conforme a legislação vigente;
- ações referentes à educação profissional técnica de nível médio voltadas à clientela do Senar, composta por pessoas que pretendem exercer atividades no meio rural;
- aplicar métodos e técnicas educacionais apropriados ao desenvolvimento da FPR e utilizar múltiplas estratégias de ensino;
- assistir às entidades empregadoras e assessorar as entidades governamentais e privadas na elaboração e execução de programas da FPR;
- prestar serviços de consultoria e assistência técnica de forma complementar ou sincronizada às ações da FPR;
- desenvolver ações da FPR de forma descentralizada, respeitando as características regionais e locais, com conteúdos e carga horária mínima para cada ocupação, modalidade e natureza de programação, bem como realizar os procedimentos administrativos e jurídicos;
- divulgar as ações de FPR com a finalidade de democratizar o acesso da clientela;
- desenvolver processos de certificação obedecendo aos critérios de avaliação estabelecidos para cada oferta formativa; e
- elaborar conteúdos relativos à saúde, segurança no trabalho e sustentabilidade social, econômica e ambiental.
A promoção social do Senar, com enfoque educativo, possibilita ao trabalhador, produtor rural e suas famílias, a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais e a aplicação de mudanças de atitudes que favorecem uma qualidade de vida melhor e a participação na comunidade.
Fonte: Getty Images.
A PS tem como princípio primordial melhorar a qualidade de vida e proporcionar possíveis ganhos sociais e econômicos, por meio de ofertas que contemplem conteúdos relativos à saúde, educação, cultura, esporte e lazer, segurança no trabalho e preservação e conservação do meio ambiente.
No infográfico a seguir, confira em quais diretrizes a PS está baseada. Clique nos números para revelar as informações.
Atividades centradas na família do trabalhador e do produtor rural.
Atividades complementares às ações da Formação Profissional Rural.
Atividades planejadas com base nas necessidades da família rural, indicadores socioeconômicos e considerando políticas públicas.
Atividades desenvolvidas pelo Senar de forma descentralizada, respeitando as características regionais e locais.
Assistir às entidades empregadoras na elaboração e na execução de programas de Promoção Social.
Atividades realizadas nas comunidades rurais.
Atividades relacionadas ao artesanato que devem contribuir para preservar e propagar as características e as expressões culturais regionais.
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Além dos cursos regulares de Formação Inicial e Continuada (FIC), o Senar desenvolve vários programas nacionais de capacitação e suas vertentes de FPR e PS. Por isso, vale destacar os programas a seguir:
a) Empreendedor Rural
Objetiva estimular o empreendedorismo relacionado ao agronegócio, transformar o produtor em empreendedor para administrar sua propriedade com eficiência e calcular os custos de seus processos produtivos. Entre 2003 e 2012 foram atendidos 78.421 produtores.
b) Negócio Certo Rural
Tem o objetivo de capacitar pequenos produtores rurais e suas famílias, com o objetivo de criar oportunidades e implementar ferramentas de gestão simples que tornem viável a pequena propriedade rural. Em 2012 foram capacitados 11.165 alunos, em 25 unidades federativas.
c) Com Licença vou à Luta
Objetiva capacitar mulheres em gestão, transformando a participação feminina em fatores decisivos para o sucesso da empresa rural. Em 2012, foram atendidas 1.975 mulheres.
d) Inclusão Digital Rural
Tem como objetivo levar conhecimento sobre informática às pessoas do campo. Atualmente, esse programa é aplicado em 114 salas fixas e 90 telecentros, em 25 unidades federativas. Em 2012, 19.451 pessoas foram capacitadas.
e) Senar Rondon
Nos moldes do antigo Projeto Rondon, visa levar professores e alunos universitários a comunidades rurais, para prestarem serviços de apoio profissional e social. Até então, 534 professores e alunos já participaram desse programa.
f) Escola Viva
Visa melhorar o desempenho dos estudantes do ensino fundamental e do ensino médio, integrando educação escolar com promoção social e qualificação profissional. É importante ressaltar que esse programa está em fase de implantação.
g) Trabalho Decente - Educação Postural no Campo
Proporcionar aos produtores e trabalhadores rurais melhores condições de trabalho e melhor qualidade de vida em relação à postura, ao conforto, à saúde e à segurança durante as suas atividades diárias no campo, por meio de material informativo impresso.
h) Trabalho Decente - EPI, Trabalhador Protegido
Esse programa conscientiza os empregadores e trabalhadores rurais quanto à importância do uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPI).
Afinal, no desempenho de suas atividades, homens e mulheres do campo ficam expostos a diversas situações de risco, como acidentes com veículos motorizados e com ferramentas e objetos cortantes, nível de ruído excessivo, raio ultravioleta, exposição a gases tóxicos e substâncias químicas, picadas de animais peçonhentos, choques elétricos, raios, incêndios e doenças respiratórias, artrite e zoonoses.
i) Apoena
De origem, tupi-guarani, apoena significa “aquele que enxerga longe”. É nessa perspectiva que o programa desenvolve ações pedagógicas para fomentar ambientes de acessibilidade física e atitudinal no processo de ensino e aprendizagem. Os princípios orientadores para a inclusão na FPR são igualdade e respeito à dignidade. Desse modo, é possível “enxergar” nas pessoas com necessidades especiais muito além das suas limitações, mas sua capacidade, habilidade e competência para exercer uma profissão de forma ativa na vida em comunidade.
j) Útero é Vida
O programa tem como objetivo gerar a oportunidade de educação, prevenção e diagnóstico do câncer do colo do útero em mulheres rurais que vivem em comunidades carentes. Entre 2010 e 2011 foram feitos 185.746 atendimentos e 32.868 exames de Papanicolau.
k) Ciranda da Cultura
Tem como objetivo promover ações de lazer e cultura nas comunidades rurais. Em 2010 foram realizadas mais de 200 exposições de filmes com 54.300 espectadores.
l) Qualificação em Suinocultura
Projeto em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que visa aumentar o consumo da carne suína.
Esse programa abrange todo o setor da suinocultura, desde a produção e a industrialização e, até mesmo, a comercialização. Cabe ao Senar executar a capacitação dos produtores e trabalhadores de granjas para manutenção da granja, reprodução, maternidade, creche, recria/terminação e fábrica de ração.
m) Capacitação Tecnológica de Instrutores
Objetiva criar capacidade técnica, metodológica e crítica na formação de instrutores para o campo. Abrange as áreas de piscicultura, silvicultura, heveicultura, ovinocaprinocultura, pecuária leiteira e de corte, agricultura de baixo carbono e de precisão e floricultura.
n) Formação de Empreendedores
A finalidade desse programa é capacitar trabalhadores e produtores rurais inseridos em determinadas cadeias produtivas de acordo com as características da localidade ou propriedade. Seus objetivos específicos são:
- capacitar recursos humanos envolvidos na fase de produção da cadeia produtiva;
- desenvolver competências técnicas;
- melhorar a gestão da propriedade;
- monitorar e avaliar resultados;
- promover o fortalecimento de parcerias;
- realizar atividades de promoção social de acordo com as necessidades locais; e
- ministrar cursos de longa duração.
É importante destacar que o Senar vem atuando como um parceiro e um aliado de primeira instância do Governo Federal, no que diz respeito ao apoio às políticas públicas federais para a educação profissionalizante. A seguir, você vai conhecer esses programas. Acompanhe!
a) Pronatec
O Programa de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego tem como objetivo expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos técnicos, de especialização técnica e profissionais de nível médio e de cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC).
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
A modalidade de Formação Inicial Continuada (FIC) tem carga horária mínima de 160 horas. Além disso, o público beneficiário abrange as seguintes características:
Público beneficiado:
- estudantes do ensino médio da rede pública, inclusive da Educação de Jovens e Adultos (EJA);
- trabalhadores; e
- beneficiários dos programas federais de transferência de renda.
b) EaD Senar
O portal EaD Senar é uma iniciativa do Senar e tem o intuito de contribuir para a formação e a profissionalização das pessoas do meio rural e, consequentemente, aumentar a rentabilidade dos seus negócios e garantir a sustentabilidade do meio ambiente.
Nesse portal, as pessoas do meio rural de todo o território nacional têm acesso gratuito a quinze cursos na modalidade a distância, via internet, com aulas práticas e acesso a material didático.
c) Plano ABC
Está na legislação
O Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, ou seja, Plano ABC, é um dos planos setoriais elaborados de acordo com o artigo 3° do decreto nº 7.390/2010.
Ele tem como finalidade a organização e o planejamento das ações a serem realizadas para a adoção das tecnologias de produção sustentáveis, selecionadas com o objetivo de responder aos compromissos assumidos pelo Brasil para a redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) no setor agropecuário.
Fonte: Getty Images.
Para fazer frente a esse desafio foi firmada uma parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), contemplando os seguintes objetivos:
- promover a redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias;
- reduzir o desmatamento;
- aumentar a produção agropecuária em bases sustentáveis;
- adequar as propriedades rurais à legislação ambiental;
- ampliar a área de florestas cultivadas;
- estimular a recuperação de áreas degradadas;
- capacitar técnicos, agricultores e agentes financeiros quanto às tecnologias utilizadas no Plano ABC;
- promover a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF);
- promover a fixação biológica de nitrogênio; e
- promover o tratamento de resíduos.
O Mapa conduz o projeto, cujo objetivo é promover o uso sustentável da terra e a melhoria da gestão florestal no Bioma Cerrado. Sua atuação corresponde à gestão e ao manejo das áreas antropizadas de cerrado, por meio de fomento à produção sustentável em áreas já convertidas para uso agropecuário.
Fonte: Getty Images.
Essa prática deve ser realizada com base em sete tecnologias do Plano ABC. São elas:
- recuperação de pastagens degradadas;
- integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF);
- sistemas agroflorestais (SAF);
- sistema plantio direto (SPD);
- fixação biológica de nitrogênio (FBN);
- florestas plantadas; e
- tratamento de dejetos animais.
O Senar foi indicado pelo Mapa para ser o executor do projeto, pelo reconhecimento das atribuições, capilaridade, competência técnica e operacional para realizar as atividades propostas. Portanto, a entidade é responsável pela disseminação das diretrizes e das técnicas que visam à mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEE).
As ações continuadas do Senar em todo o país possibilitam ao cidadão rural o desenvolvimento de competências que o preparam para o desafio de atualização e eficiência, ou seja, exigências de uma sociedade competitiva e globalizada, objetivando assegurar seu sucesso profissional e promovendo a sua participação ativa na vida em comunidade.
Entendemos que articular saberes, compartilhar experiências e atuar em profunda sintonia com as necessidades do indivíduo e do mundo empresarial constitui um esforço contínuo e desafiador. Conhecimento gera conhecimento, rompendo barreiras e unindo pessoas em prol de ideais possíveis e objetivos comuns por um mundo mais solidário e justo.
2.1.3 Infraestrutura e localização das Administrações Regionais do Senar
O Senar é composto de uma Administração Central, com sede em Brasília, e de 27 Administrações Regionais, sediadas em cada UF e no Distrito Federal.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
A Administração Central assegura suporte administrativo, metodológico e jurídico, além de ser a unidade responsável pela interface com os órgãos federais, instituições nacionais e internacionais ligadas à educação e ao trabalho. Essa iniciativa irradia experiências exitosas para as Administrações Regionais, que oferecem ao público do Senar em todo o país ações de Formação Profissional Rural (FPR) e atividades de Promoção Social (PS), a partir das quais são desenvolvidas competências profissionais, contribuindo para o avanço socioeconômico dos cidadãos do campo.
Cada Administração Regional do Senar disponibiliza ao seu público uma oferta educativa variada, específica e definida no Planejamento Anual de Trabalho (PAT), desenvolvido a partir das necessidades identificadas pela FPR e PS.
Para viabilizar a execução dos eventos associados à FPR e à PS, as Administrações Regionais estabelecem parcerias com entidades, sindicatos rurais, associações de produtores, entidades de classe organizadas, Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, órgãos de assistência técnica e outros que as auxiliem a alcançar a clientela, de modo abrangente e efetivo, no maior número possível de municípios do país.
Essas entidades, por seu poder de atuação como lideranças locais e junto a seus associados, em geral, atingem a capilaridade almejada pela instituição, contribuindo para o levantamento das necessidades locais de capacitação profissional, promoção social, mobilização e composição das turmas.
No infográfico a seguir, confira:
Fonte: Adaptado de Senar (2023).
Assim, é possível destacar os seguintes dados:
- 2.500 sindicatos rurais;
- mais de 6.000 instrutores em campo;
- em 20 anos, 60 milhões de produtores e trabalhadores rurais foram atendidos;
- 23 mil alunos matriculados em 99 salas de inclusão digital em 25 UFs e 4 unidades móveis;
- 157 mil alunos de todas as regiões do país em 17 cursos de ensino a distância; e
- 4,5 mil dirigentes e colaboradores de sindicatos já foram capacitados pelo programa Sindicato Forte.
2.1.4 Responsabilidade social
Fonte: Getty Images.
Para falarmos sobre a promoção e o desenvolvimento social no meio rural é importante lembrar que convivemos atualmente com o resultado de anos de ausência de aparatos que oferecessem, de forma sistemática, específica e irrestrita, serviços de saúde, educação, infraestrutura, cultura, esporte e lazer às populações residentes em áreas rurais.
Diante dessa realidade, o Senar vem promovendo socialmente o indivíduo, propiciando acesso a conhecimentos que possibilitam o desenvolvimento de disposições inatas, competências e habilidades individuais e coletivas, a melhoria na qualidade de vida do trabalhador, do produtor rural e da família deles, além de ganhos em sua trajetória pessoal e, consequentemente, na vida social.
Seus programas de responsabilidade social estão inseridos em uma de suas vertentes de trabalho: a Promoção Social. Na programação das atividades da PS são sempre observados os aspectos educativos, preventivos, de complementaridade com as ações da formação profissional rural, ganho econômico e ganho sociocultural.
As Administrações Regionais também desenvolvem e promovem cursos, treinamentos e seminários que contribuem para as ações e atividades regulares da Responsabilidade Social do Senar. Como exemplo, é possível citar o estado do Rio Grande do Sul, cujo Programa Alfa já recebeu o reconhecimento Top Cidadania ABRH 2009 e o Prêmio Oswaldo Checchia ABRH Nacional 2010, na categoria Sustentabilidade e Responsabilidade Social e o Top de Marketing ADVB 2011.
Clique nos ícones a seguir para saber mais sobre esse assunto:
São 210 horas de alfabetização, complementadas por meio de dois cursos regulares para adultos do campo com baixa escolaridade, oferecendo-lhes a oportunidade de aprenderem a ler e escrever. Em 2012, foram envolvidos 43 sindicatos rurais, 68 municípios, atendendo 100 turmas e beneficiando 1.571 adultos.
Há também o Programa Agrinho, aplicado por 13 Administrações Regionais, voltado para alunos e professores da educação infantil e do ensino fundamental das escolas da rede pública. Desenvolve ações que propiciem o despertar da consciência de cidadania, além do acesso a informações relativas à saúde e à preservação do meio ambiente, com vistas à melhoria da qualidade de vida por meio da educação. Em 2013, foram atendidas 56.492 turmas e mais de 1.477.406 pessoas foram beneficiadas.
Em 2013 o Senar formou mais de 17.000 turmas nos programas da promoção social, atendendo 298.973 pessoas em suas sete áreas de atividade: artesanato, alimentação e nutrição, saúde, educação, organização comunitária, cultura, esporte e lazer e apoio às comunidades rurais.
Por meio de seus Programas Especiais (PE), inseridos tanto na vertente da PS quanto na da FPR, o Senar desenvolveu várias ações que beneficiaram cerca de dois milhões de trabalhadores, produtores e seus familiares, distribuídos nas localidades de áreas rurais em todo o país.
Além disso, a entidade já atendeu, através dos seus programas de formação profissional rural e promoção social, mais de 62 milhões de pessoas, especialmente a população do Brasil Rural: jovens, homens, mulheres, trabalhadores e produtores rurais.
Fonte: Getty Images.
Na direção da expansão dos seus serviços de educação profissional e tecnológica ao homem do campo, cumpre destacar ainda a adesão desde 2012 e a participação crescente do Senar no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego do MEC (Pronatec), do qual a Rede e-Tec Brasil faz parte.
2.2 Capacidade instalada e mobilização para parcerias
A Administração Central assegura suporte administrativo, metodológico e jurídico, além de ser a unidade responsável pela interface com os órgãos federais, instituições nacionais e internacionais ligadas à educação e ao trabalho, irradiando experiências exitosas para as Administrações Regionais, que oferecem ao público do Senar em todo o país ações de Formação Profissional Rural (FPR) e atividades de Promoção Social (PS), a partir das quais são desenvolvidas competências profissionais, contribuindo para o avanço socioeconômico dos cidadãos do campo.
Cada Administração Regional do Senar disponibiliza ao seu público uma oferta educativa variada, específica e definida no Planejamento Anual de Trabalho (PAT), desenvolvido a partir das necessidades identificadas pela FPR e PS.
Para isso, cada Administração Regional conta com uma equipe técnica qualificada e experiente, formada por pedagogos licenciados e profissionais da educação em geral, responsáveis pelo planejamento e pela execução dos diversos projetos de educação e promoção social desenvolvidos pelo Senar para a população do meio rural.
A fim de viabilizar a execução dos eventos associados à FPR e à PS, as Administrações Regionais, quando necessário, buscam estabelecer parcerias com entidades, sindicatos rurais, associações de produtores e entidades de classe organizadas, além de institutos federais de educação, ciência e tecnologia, universidades públicas e privadas, órgãos de assistência técnica e outros, que as auxiliam a alcançar a clientela de modo abrangente e efetivo no maior número possível de municípios do país.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
Essas entidades, por seu poder de atuação como lideranças locais e perante seus associados, em geral atingem a capilaridade almejada pelo Senar, contribuindo para o levantamento das necessidades locais de FPR e PS e desempenhando um importante papel na mobilização e composição das turmas de alunos para as ações de formação profissional e rural.
Fonte: Getty Images.
Em seu constante trabalho de mobilização para a educação, o Senar desenvolveu uma ampla rede de trabalho, que compreende tanto sua estrutura interna de superintendentes, gerentes, supervisores e equipes técnicas das Administrações Regionais, quanto seus parceiros externos, especialmente os sindicatos rurais, mobilizadores e instrutores/tutores.
Clique nos títulos a seguir para conhecer as principais funções desempenhadas por alguns desses agentes:
Instrutor/tutor
Assume o papel de mediador do conhecimento e da prática profissional entre os participantes dos eventos. Os instrutores/tutores são profissionais multidisciplinares, como agrônomos, veterinários, zootecnistas, técnicos agrícolas, artesãos e profissionais da saúde. Sua seleção está a cargo de cada Administração Regional, onde passam por um processo de formação e avaliação contínua. Atualmente, o Senar conta com uma rede de cerca de seis mil instrutores/tutores.
Supervisor
Assume a significativa função de ser o elo entre os demais agentes, a instituição e os parceiros, atuando de forma educativa, preventiva e corretiva. Os supervisores ficam vinculados às Administrações Regionais e pertencem ao quadro efetivo do Senar.
Mobilizador
Atua de forma efetiva perante o público da instituição, a partir de atribuições específicas associadas à seleção de pessoas, à composição de turmas e à preparação do cenário educativo.
2.3 Perfil do pessoal e capacidade técnica
Visando a implantação dos novos programas de educação profissional e tecnológica (EPT) e especialmente dos cursos a distância em nível nacional, o Senar vem realizando, desde sua decisão de expansão do portfólio de EPT para a educação formal, uma série de investimentos em qualificação de pessoal, contratação de novos profissionais e organização de equipes de trabalho especializadas e dedicadas ao projeto, à implantação e à operação dos novos programas, tanto em sua Administração Central quanto em suas Administrações Regionais.
Fonte: Wenderson Araújo - Sistema CNA/Senar.
No âmbito da sua Administração Central, o Senar criou o Departamento de Inovação e Conhecimento (DIC), responsável pela definição de diretrizes e políticas gerais para a educação profissional e tecnológica nos seus diferentes níveis e modalidades de ensino. Dessa forma são agregados novos profissionais e novas competências para o projeto, operação e gestão dos novos programas de EPT da instituição.
A esse departamento caberá, portanto, a gestão e a avaliação dos programas de ensino técnico e de especialização técnica de nível médio e de educação a distância, tanto do Senar quanto de toda a sua rede de ensino no país, incluindo gestão, supervisão e avaliação geral da Rede e-Tec Brasil.
2.4 Agentes do processo de ensino e aprendizagem na Administração Central
Em relação às atribuições da Administração Central do Senar, com a implantação do Departamento de Inovação e Conhecimento, coube a tal setor a gestão da educação formal, cabendo destacar as seguintes atividades:
- elaboração do modelo e da metodologia de EaD para cursos técnicos e de especialização técnica de nível médio a distância;
- coordenação e elaboração dos modelos orientadores dos projetos pedagógicos e planos de curso;
- gestão do portfólio de cursos;
- avaliação, supervisão e habilitação de polos de apoio presencial;
- produção de conteúdo e desenvolvimento dos materiais didáticos;
- seleção dos professores conteudistas;
- desenvolvimento dos recursos instrucionais dos cursos;
- capacitação contínua de pessoal (acadêmico e de gestão); e
- desenvolvimento do processo seletivo de alunos.
2.4.1 Agentes do processo de ensino e aprendizagem na Administração Regional
As Administrações Regionais do Senar, integradas e orientadas pelas políticas e diretrizes gerais emanadas da Administração Central, são responsáveis, entre outras atribuições, pela execução do serviço de ensino, compreendendo a oferta e a operação dos cursos técnicos e de especialização técnica de nível médio.
Fonte: Shutterstock.
2.5 Infraestrutura física e tecnológica
Com o objetivo de viabilizar o projeto de educação formal e oportunizar acesso à educação profissional de qualidade por parte das comunidades rurais do interior do país, o Senar empreende esforços no sentido de formar sua própria rede de ensino de alcance nacional.
Para conhecer essa composição, clique nos ícones a seguir:
Centros de Excelência.
Polos de apoio presencial para EaD, que atenderão prioritariamente as ofertas de cursos a distância da Rede e-Tec Brasil.
A concepção desses espaços permite oferecer não só os tradicionais cursos de formação inicial e continuada, como também os cursos técnicos e de especialização técnica de ensino médio, presenciais e a distância. Todos contam com a qualidade da infraestrutura física e tecnológica requerida e a ampla cobertura geográfica nacional que distinguem a atuação do Senar.
Nesse sentido, a finalidade é compor uma rede de ensino de abrangência nacional, presente em todos os estados brasileiros, preferencialmente em áreas rurais e cidades do interior, por intermédio da qual seja ofertado o portfólio completo de educação profissional, compreendendo desde a formação inicial continuada até o ensino técnico e de especialização técnica de nível médio e, futuramente, o ensino superior.
No caso dos Centros de Excelência, a finalidade é que sejam unidades de ensino em âmbito nacional, vocacionadas ou especializadas nas principais cadeias produtivas do agronegócio, com sede nos estados produtores. Tais espaços também funcionarão como polos de apoio presencial para cursos técnicos e superiores a distância.
Já os polos de apoio presencial para cursos técnicos e tecnológicos a distância do Senar são unidades de apoio à execução das atividades acadêmicas e administrativas de programas e cursos oferecidos na modalidade a distância, sobretudo aqueles oferecidos pela Rede e-Tec Brasil.
Todos os polos de apoio presencial para EaD do Senar contam com infraestrutura física, tecnológica e de pessoal. Seu mobiliário e equipamentos são adequados, inclusive para atender os requisitos de acessibilidade, visando a assegurar o correto funcionamento das atividades de ensino e aprendizagem dos cursos a distância.
O projeto dos polos compreende os seguintes critérios:
- infraestrutura física;
- acessibilidade; e
- infraestrutura tecnológica e lógica.
Consulte, a seguir, quais são os ambientes físicos e as respectivas especificações gerais dos polos de apoio presencial para EaD:
Infraestrutura física dos polos de apoio presencial do Senar
Ambiente |
Descrição |
Coordenação do polo |
Sala para administração do polo. |
Sala de aula/videoconferência |
Sala de aula com capacidade para até 50 alunos. |
Laboratório de informática |
Laboratório de informática com 25 computadores e que comporta até 50 alunos. |
Sala de tutoria |
Ambiente para atendimento e reunião pedagógica de tutoria presencial. |
Secretaria acadêmica |
Espaço para guarda dos documentos acadêmicos de docentes e alunos e atendimento ao discente e ao público em geral. |
Biblioteca |
Ambiente com acervo específico para consulta, pesquisa e estudos. |
Espaço comunitário |
Ambientes para convivência, com cantina/espaço para alimentação, sanitários masculinos e femininos adaptados para pessoas com necessidades especiais. |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Para a localização geográfica dos polos de apoio presencial para EaD, o Senar considera os seguintes aspectos:
- vocação agropecuária do município e microrregião;
- densidade demográfica do município/região;
- existência de sindicatos rurais próximos ao polo; e
- número de formandos e egressos do ensino médio.
A rede de polos de apoio presencial para EaD do Senar é formada, inicialmente, por 26 unidades distribuídas por diferentes estados do país.
2.6 Público-alvo
As características básicas do perfil do público-alvo para ações dos cursos técnicos de nível médio a distância e presencial do Senar são:
Jovens e adultos com faixa etária entre 17 e 35 anos, prioritariamente beneficiários dos programas federais de transferência de renda.
Ensino médio completo, prioritariamente em escola pública.
Residentes predominantemente no meio rural.
Trabalhadores rurais, bem como produtores e seus familiares.
Sem acesso constante à internet.
O delineamento das características iniciais de perfil permite que as estratégias pedagógicas dos cursos sejam direcionadas a contemplar as necessidades educacionais desses alunos.
2.6.1 Pré-requisitos
A definição dos pré-requisitos necessários do público-alvo é fundamental para os cursos técnicos e de especialização técnica de nível médio desenvolvidos pelo Senar, considerando a especificidade da mediação por tecnologias de comunicação, além do fato de muitos alunos nunca terem estudado a distância. A proposta de estabelecer as habilidades e os recursos necessários para viabilizar a participação efetiva tem o intuito de evitar adversidades de acesso ao longo do curso.
Nesse sentido, as condicionalidades de recursos tecnológicos para o aluno que deseja realizar um curso técnico do Senar são as seguintes:
- computador com acesso à internet, preferencialmente de banda larga com velocidade mínima de 1 megabaite;
- software de edição de documentos;
- software Adobe Reader;
- celular que receba SMS; e
- tevê com aparelho de DVD.
O acesso às ferramentas tecnológicas é o primeiro requisito. Em seguida, é preciso estabelecer as habilidades e atitudes necessárias para que o aluno ingresse nos cursos. São elas:
- autonomia para aprender;
- domínio básico dos recursos tecnológicos que serão utilizados;
- capacidade de interpretação de textos e conhecimento das normas básicas da língua portuguesa;
- proatividade para buscar informações;
- capacidade de gerenciamento do tempo de estudo;
- assiduidade; e
- pontualidade.
3. Projeto institucional
Este segmento detalha o projeto que fundamenta a existência e operação do Senar, incluindo a justificativa para a implementação do projeto e os objetivos gerais e específicos.
Fonte: Getty Images.
Também fornece uma descrição aprofundada da metodologia adotada, a partir de fundamentos teóricos, recursos instrucionais e métodos de avaliação. Além disso, explora os itinerários formativos e a organização curricular da instituição, discute os materiais didáticos e aborda a oferta de cursos e vagas.
3.1 Justificativa
Em 2013, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou um relatório em que afirma que, até 2050, a produção mundial de alimentos deverá aumentar pelo menos 70%, para poder atender a demanda populacional. Ainda de acordo com o estudo, nesse período o Brasil deve responder por 40% do crescimento da produção alimentícia. Esse fato caracteriza a potencialidade produtiva de nosso país.
Fonte: Getty Images.
Para alcançar essa projeção, é necessário superar os atuais desafios e gargalos relacionados às atividades da agropecuária brasileira e, sobretudo, elevar o nível de escolaridade e da qualificação profissional do produtor e do trabalhador rural em todo o país.
Considerando esse contexto, o desafio foi apontado no Censo Agropecuário (2006), o qual revelou que o perfil educacional do homem do campo confirma a grande defasagem de formação do público impulsionador do agronegócio do país, conforme os fatores a seguir:
- mais de 1,2 milhão de produtores não sabem ler nem escrever;
- apenas 436 mil (8,43%) possuem ensino fundamental completo;
- 310 mil (6%) possuem ensino médio completo e destes, cerca de 70 mil (1,35%) possuem ensino técnico na área (técnico agrícola);
- somente 146 mil (2,81%) possuem ensino superior e apenas 23 mil (0,45%) na área das Ciências Agrárias e da Terra (agrônomos, engenheiros agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas e engenheiros florestais);
- dentre a população jovem, só 17% concluíram o ensino médio;
- apenas 3,4% dos jovens do campo estão matriculados no ensino superior; e
- somente 3% da população ocupada no meio rural se declarou portadora de qualificação profissional.
É importante ressaltar também que, dos 12 milhões de brasileiros com ensino superior completo, aproximadamente 11,6 milhões se encontram na cidade e apenas 350 mil no campo. Isso significa que, enquanto 7,5% da população urbana possui nível superior e cerca de 1% da população rural alcança o diploma universitário.
Além disso, segundo dados de 2009 extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, percebe-se que o nível de escolaridade dos jovens rurais naquela ocasião era 30% inferior ao dos jovens urbanos, sendo que 8% dos jovens que vivem no campo são analfabetos, contra 2% nas áreas urbanas. Nas cidades, apenas a metade dos adolescentes com idade entre 15 e 17 anos cursam o ensino médio.
No campo a situação é ainda mais carente, uma vez que somente 1/3 desses jovens estão concluindo a educação básica e há mais de 1,2 milhão de estudantes do campo com idade para cursar o ensino médio, mas ainda estão no ensino fundamental ou desistiram da escola.
A situação se torna ainda mais grave, pois é evidente que a maioria das escolas rurais não disponibiliza acesso à internet, nem tem biblioteca e laboratórios de ciência ou informática. Dessa forma, as ofertas educacionais muitas vezes são de baixa qualidade e sem contextualização com o campo. Por isso, as metodologias e os temas de ensino aplicados nesse meio normalmente estão direcionados para o meio urbano.
Sendo assim, as consequências da baixa escolaridade e da falta de oportunidades no meio rural são nefastas também para a sucessão familiar e a operação futura de pequenas e médias propriedades agropecuárias, visto que a busca por serviços de educação de qualidade é um dos fatores que influenciam o êxodo rural.
Fonte: Getty Images.
Esses fatores evidenciam a urgência da ampliação da oferta educacional no campo, sobretudo da formação profissional técnica e de especialização técnica de nível médio. O futuro desse cenário exigirá cada vez mais alta tecnologia e inovação contínua, demandando profissionais criativos, qualificados e que ofereçam produtos e serviços estrategicamente eficazes.
Dessa maneira, o desenvolvimento das atividades educacionais de nível médio permeia a inclusão produtiva e social, geração de renda, fixação da juventude rural no campo, preservação da sucessão familiar e profissionalização da força de trabalho rural. Juntos, esses fatores representam esforços para o aperfeiçoamento da atuação do produtor rural e do agronegócio brasileiro.
3.2 Objetivos
A seguir você vai aprofundar seus conhecimentos sobre os objetivos do projeto institucional. Continue sua leitura!
3.2.1 Objetivo geral
O objetivo geral do projeto institucional é ampliar a oferta e o acesso à educação profissional e tecnológica gratuita de qualidade para a população do meio rural.
3.2.2 Objetivos específicos
No infográfico a seguir clique nos números e confira quais são os objetivos específicos:
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
3.3 Metodologia
A seguir você vai conhecer os fatores metodológicos do projeto institucional. Continue sua leitura!
3.3.1 Fundamentos técnicos
A referência teórico-pedagógica dos cursos técnicos é pautada fundamentalmente em princípios socioconstrutivistas, cujas referências são os estudos de Vygotsky (1988).
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O conhecimento não é uma representação da realidade, mas um mapeamento das ações e operações conceituais que provaram ser viáveis na experiência do indivíduo. Portanto, a aprendizagem é um resultado adaptativo que tem natureza social, histórica e cultural (Boiko; Zamberlan, 2001).
Os alunos são incentivados a desenvolver o raciocínio crítico, formulando questionamentos acerca do conteúdo que estão aprendendo, e a construir novos conhecimentos. Para isso, a colaboração e as interações são fomentadas, mas para serem eficazes devem ser planejadas, formativas e propositais.
Dessa forma, propicia-se a aprendizagem colaborativa, que é o processo estratégico de comunicação educativa no qual dois ou mais sujeitos constroem o seu conhecimento através da discussão, da reflexão e da tomada de decisões (Franco et al., 2011).
Entretanto, as atividades individuais também são contempladas durante o curso, pois são essenciais para a construção do conhecimento. Além disso, a metodologia de ensino presente nos programas e nas ações de educação profissional do Senar está baseada nas diretrizes e nos princípios pedagógicos e andragógicos que primam por estratégias que conjugam teoria e prática, nas quais a experiência do educando e a atuação do educador possibilitam uma formação ativa e participativa eficaz.
Na organização curricular dos cursos técnicos de nível médio são previstos os princípios da interdisciplinaridade, indissociabilidade entre teoria e prática e flexibilidade no processo de ensino e aprendizagem, visando evitar a fragmentação de conhecimentos.
Segundo Moretto (2008), competências são baseadas em princípios fundamentados na perspectiva epistemológica construtivista para resolução de situações complexas. Nessa mesma linha, para Gaspar (2004), o aprendizado por competências necessita de atitude construtivista que, durante seu percurso, confronte os conhecimentos já existentes com os que são novidades. Isso quer dizer que as competências criam condições para a construção do conhecimento.
É importante destacar que os elementos de competência são conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA). Para Ribeiro et.al (2013), na perspectiva piagetiana, o conhecimento é construído a partir da interação do sujeito com o mundo físico e social. Dessa forma, a aquisição de conhecimento necessita tanto das estruturas cognitivas do indivíduo quanto da relação dele com o objeto de aprendizagem.
Fonte: Getty Images.
Para Perrenoud (2000), a habilidade é uma ação automatizada, ou seja, mais operacional que intelectual, em que o indivíduo utiliza os conhecimentos já adquiridos para realizar determinada ação. Finalmente, para Ribeiro et.al (2013), a atitude é o elemento que faz a diferença na resolução de problemas ou enfrentamento das situações.
Portanto, para a abordagem didática de cursos técnicos do Senar voltada ao público rural, busca-se o desenvolvimento de competências essenciais para a atuação profissional, considerando, dessa forma, a taxonomia de objetivos educacionais de Benjamin Bloom desenvolvida na década de 1950.
A proposta é desenvolver determinados domínios de aprendizagem. Clique nos ícones saber mais sobre esse assunto:
Domínio cognitivo
Competências de construção do conhecimento e desenvolvimento de estratégias de aprendizagem.
Domínio psicomotor
Competências relacionadas ao domínio de atividades motoras e manipulativas.
Domínio afetivo
Competências que envolvem interesses, atitudes e valores.
Além desses fatores, considerando as definições de Behar (2013), essas ações educativas buscam desenvolver:
Domínio tecnológico
Competências quanto ao uso de recursos tecnológicos, com ênfase na EaD.
Domínio sociocultural
Competências de valorização e reconhecimento dos aspectos culturais em que o indivíduo está.
Domínio de gestão
Competências para as atividades de gerenciamento.
Todos estes domínios sustentam as atividades colaborativas e individuais dos cursos técnicos de nível médio do Senar, norteados ainda pelos quatro pilares da educação definidos por Delors (1999). Diante disso, observe no infográfico a seguir as ações que são de responsabilidade dos alunos:
Dominar os próprios instrumentos de conhecimento. Significa aprender a aprender.
Mais relacionado à questão de formação profissional, quando o aprendizado é posto em prática.
Lidar com os conflitos e as diferenças. Respeito ao pluralismo, à compreensão mútua e à paz.
Desenvolver sua personalidade para ter mais autonomia, discernimento e responsabilidade pessoal.
Fonte: Adaptado de Senar (2023).
Em relação ao desenvolvimento das atividades educativas na modalidade de ensino a distância, o Senar observa esses princípios ao considerar que:
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[...] professores e alunos estão em locais diferentes durante todo ou grande parte do tempo em que aprendem e ensinam. Estando em locais distintos, eles dependem de algum tipo de tecnologia para transmitir informações e lhes proporcionar um meio para interagir (Moore; Kearsley, 2007, p. 1).
Existem vários modelos de EaD em que são utilizadas diferentes tecnologias, como a televisão, o rádio, o material impresso e os computadores. Se usados juntos e de maneira complementar em uma mesma ação educativa podem contemplar as mais distintas realidades de acesso às tecnologias dos educandos.
O espaço online, definido por Lévy (1997) como ciberespaço, tem se tornado essencial no processo educativo virtual, pois cada vez mais está fazendo parte do cotidiano das pessoas. As novas tecnologias estão favorecendo a interação na EaD e a internet tem um importante papel, pois permite que todos os envolvidos em um curso se encontrem ao mesmo tempo, podendo construir coletivamente e colaborativamente o conhecimento. Portanto, atualmente ocorre o que Valente (2009) define como “estar junto no virtual”:
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Por intermédio do e-mail, era possível atuar a cada momento no desenvolvimento das atividades dos professores e auxiliá-los na solução de questões que emergiam no processo de implantar o computador em uma atividade específica ou mesmo em questões de ordem administrativas. Era como estar junto dos professores, porém a distância, acompanhando as práticas que realizavam no dia a dia e, com isso, podendo ajudá-los na implantação da informática nas respectivas disciplinas (Valente, 2009, p. 46).
Além disso, é importante considerar que existem conceitos que definem o processo de ensino e aprendizagem a distância exclusivamente, o chamado e-learning, que representa todos os processos de:
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[...] ensino em que os seus intervenientes (aluno/formando e professor/formador), mantendo-se a distância, recorrem à internet como meio de comunicação para disponibilizar conteúdos e gerar conhecimento e competências (Esteves, 2012 p. 6).
Contudo, desenvolver o processo de aprendizagem apenas pela internet pode prejudicar o desempenho do aluno, principalmente no caso do Senar, cujo público é predominantemente residente de zona rural e, muitas vezes, encontra dificuldades para acessar a internet banda larga no computador. Nesse caso, a opção pela mesclagem de tecnologias e modalidades de ensino se torna um fator aliado para solucionar essas particularidades.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
Portanto, a metodologia que contempla o uso desses recursos é conhecida como b-learning ou blended learning, que em português significa educação mista ou educação semipresencial. O b-learning pode ser definido basicamente como a combinação da formação cara a cara com a formação mediada por computador (Graham, 2005).
Contudo, é preciso destacar que as interações devem ser por uma combinação de tecnologias. Nesse sentido, Meirinhos (2006, p.76) apud Esteves (2012, p. 8) destaca que:
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[...] ensino em que os seus intervenientes (aluno/formando e professor/formador), mantendo-se à distância, recorrem à Internet como meio de comunicação para disponibilizar conteúdos e gerar conhecimento e competências (Esteves, 2012, p. 6).
O Senar utiliza nos cursos de modalidade híbrida (parte presencial, parte EaD) as etapas do b-learning estruturadas da seguinte forma:
São realizadas nos polos de apoio presencial: o aluno vai lá para tirar dúvidas, realizar avaliações e vivências práticas.
São realizadas por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs): o aluno as utiliza para executar suas atividades, ler conteúdos e fazer as avaliações.
Além disso, as ações educativas do Senar visam explorar as inteligências múltiplas como um auxílio no desenvolvimento dos conhecimentos e das habilidades dos estudantes. As principais inteligências, de acordo com Gardner (1995), apresentam uma classificação. Interaja com os títulos, para saber mais sobre o assunto:
Abstratas
- lógico-matemática; e
- linguística.
Concretas
- pictórico-espacial; e
- cinético-corporal.
Sociais
- interpessoal; e
- intrapessoal.
É importante ressaltar que, dependendo do contexto, as inteligências múltiplas também podem ser classificadas como naturalistas.
Além das fundamentações metodológicas que você já conhece, outro princípio considerado pelo Senar na formação dos alunos dos cursos técnicos de nível médio é o andragógico, considerando a faixa etária em que eles se encontram, entre 17 e 35 anos. Por essa razão, esse público apresenta as seguintes características, tratadas por Knowles (1984), no seu processo de ensino-aprendizagem:
- entende a razão de estar aprendendo determinado assunto;
- possui capacidade de autogestão;
- aprende experimentalmente;
- tem vontade de aprender;
- utiliza o aprendizado como resolução de problemas; e
- aprende melhor quando o tópico é de valor imediato.
3.3.2 Recursos instrucionais
As tecnologias representam um papel essencial para a EaD, pois é por meio desses recursos que se torna possível a interação entre professor e aluno. Nesse sentido, Formiga e Litto (2009) destacam:
Clique aqui para ler
A EaD está intrinsecamente ligada às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), por se constituir em um setor altamente dinâmico e pródigo em inovação, ou seja, além de “reunir” professores e alunos, a utilização das TICs na EaD permite que o processo de ensino e aprendizagem ocorra de maneira inovadora, em vários lugares e com diferentes tecnologias.
Na EaD, a interação com o professor é indireta e tem que ser mediatizada por uma combinação dos mais adequados suportes técnicos de comunicação, o que torna essa modalidade de educação bem mais dependente da mediatização que a educação convencional. Disso decorre a grande importância dos meios tecnológicos (Belloni, 2001).
Por isso, o processo de produção dos cursos técnicos do Senar considera a tecnologia um veículo para comunicar mensagens, que são encaminhadas no formato de mídias, conforme mencionam Moore e Kearsley (2007).
Sendo assim, a seleção dos recursos tecnológicos necessários e as potencialidades das mídias são a primeira etapa desse processo. Considerando tal contexto, o Senar optou pelos seguintes recursos:
- textos;
- imagens (animadas ou não);
- áudio; e
- vídeos.
- computador;
- internet;
- tevê com aparelho de DVD;
- celular que receba SMS;
- CD;
- DVD; e
- material didático impresso.
Vale ressaltar que, em virtude da familiaridade do público rural com a televisão e o vídeo, os recursos audiovisuais são um pilar fundamental para o processo de ensino e aprendizagem.
Fonte: Getty Images.
Caso tenha dificuldade de acesso à internet em sua residência, local de trabalho ou outro ambiente, o aluno poderá obter o conteúdo e estudar com base nas demais tecnologias e mídias. Outro ponto fundamental da metodologia adotada é a interação do aluno com o tutor a distância e demais agentes do processo de ensino e aprendizagem, incluindo os próprios colegas, por meio de ferramentas e recursos colaborativos disponibilizados principalmente através do AVA.
Inclusive, em relação ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), exige-se que tal recurso fique acessível mesmo quando a velocidade de conexão à internet é baixa, bem como para as pessoas com necessidades especiais (PNEs).
Está na legislação
Esse quesito é previsto em lei, que determina ser a acessibilidade um direito de PNEs. Dessa forma, o Senar assegura que todos que queiram realizar o curso obtenham o seu conteúdo e que a deficiência não seja um impedimento para acesso aos materiais e aos polos de apoio presencial.
O AVA dos cursos técnicos e de especialização técnica do Senar conta com ferramentas de interação síncrona (simultânea) e assíncrona (não simultânea) com o aluno. Clique nos títulos a seguir para conhecê-las:
Fórum
Espaço para que alunos e professores possam se comunicar de maneira assíncrona, ou seja, não simultânea, com os demais participantes do curso. É um recurso muito importante para propiciar a educação colaborativa.
Chat
Espaço para que alunos e professores possam se comunicar de maneira síncrona.
Atividades de aprendizagem
Espaço para os alunos resolverem exercícios objetivos e subjetivos, além de enviarem textos e resenhas.
Conteúdo
Recurso que permite a disponibilização do conteúdo no ambiente de aprendizagem virtual.
Os recursos instrucionais também abarcam o sistema de tutoria. Interaja com os ícones para conhecê-los:
Tutoria a distância por turma
Responsável pela condução e avaliação dos componentes curriculares, durante o período a distância. Nos cursos presenciais híbridos não há acompanhamento de tutoria a distância, mas sim do tutor/instrutor presencial.
Tutoria/instrutor presencial por turma
Responsável por acompanhar as atividades nos polos e supervisionar as vivências práticas nos ambientes experimentais, bem como aplicar as avaliações presenciais.
Além das atividades docentes realizadas pela tutoria, os cursos contam com monitoria a distância por meio online e telefônico, para sanar dúvidas técnicas e operacionais sobre os cursos.
3.3.3 Avaliação
A aprendizagem é um processo construtivo, no qual as atividades realizadas levam o educando a perceber e apreender a realidade individual e social, ou seja, a construir seu conhecimento. Nesse contexto, a avaliação tem papel fundamental, na medida em que colabora com a confirmação do conhecimento assimilado pelo o aluno, ao mesmo tempo em que possibilita ao tutor/instrutor obter elementos para aprimorar as condições de aprendizagem.
Essa perspectiva é adotada pelo Senar na organização pedagógica dos cursos técnicos e de especialização técnica de nível médio. O processo avaliativo ocorre durante toda a aprendizagem, em que prevalece o conjunto de resultados e não somente a aferição obtida em testes finais. Além disso, compreende as atividades realizadas nos momentos tanto presenciais quanto a distância.
Fonte: Getty Images.
As diretrizes metodológicas de avaliação do Senar se fundamentam nas premissas: diagnóstica, formativa e somativa. Essa concepção está pautada nas condições sociais do meio rural, ao qual são voltadas às ações educacionais dessa instituição. Assim, as três são partes integrantes do processo de ensino e aprendizagem e se fundem nele, em todas as etapas dos cursos técnicos.
Clique nos ícones a seguir para continuar sua leitura.
A avaliação diagnóstica é realizada em dois momentos nos cursos na modalidade a distância, tanto com o objetivo de observar os conhecimentos prévios do aluno, como para verificar o que foi apreendido ou faltou, de modo a suprir eventuais insuficiências formativas demonstradas na avaliação. Desse modo, aplicada no início, oferece informações para ajustes no planejamento de ensino, de maneira que seja possível a utilização de estratégias de aprendizagem adequadas. Aplicada ao final do período EaD permite aprofundamento das lacunas durante o período presencial de estudos.
A avaliação formativa é feita durante todo o curso por meio do acompanhamento, no caso específico, pela tutoria. Essa característica contínua da avaliação tem como objetivo reorientar o aluno na condução de sua autoaprendizagem, para que assim seja possível aperfeiçoá-lo, não havendo punição pelos erros cometidos, entendidos aqui como fundamentais no processo de construção do conhecimento.
Já a avaliação somativa é utilizada com a intenção de aferir a mudança cognitiva. Por essa razão, é aplicada ao final de uma etapa instrucional do curso. É sistemática, por abordar conteúdos relevantes que os alunos precisam aprender.
Dessa forma, as atividades avaliativas têm pesos distribuídos de acordo com o nível de complexidade e relevância para o aprendizado. Além disso, oferecem um feedback ao aluno quanto ao nível de aprendizagem alcançado.
Nesse contexto, é possível observar que a organização educacional dos cursos técnicos de nível médio do Senar compreende a avaliação da aprendizagem contínua e cumulativa, priorizando aspectos qualitativos relacionados ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento do aluno, analisado durante a realização das atividades individuais ou em grupo.
3.3.4 Itinerários formativos
Ao ampliar sua área de atuação educacional, o Senar estabelece a organização dos itinerários formativos com terminalidade nos seus cursos técnicos. Um dos fundamentos dessa organização é a previsão de que as qualificações obtidas por meio dos cursos técnicos, e dos módulos, correspondentes a ocupações de uma área profissional, admitam titulação.
A maneira de enfrentar essa questão está na compreensão da qualificação como unidade integrada de conhecimentos científicos, técnicos e culturais que possibilitem ao estudante atuar em processos produtivos complexos, com suas variações tecnológicas e procedimentais, associados a uma formação que permita uma inserção profissional não subordinada somente na divisão social do trabalho.
Nesse contexto, é preciso considerar a importância da organização de um projeto de educação com base em itinerários formativos, referentes às etapas que podem ser seguidas por um indivíduo no seu processo de formação profissional.
Fonte: Getty Images.
Do ponto de vista dos arranjos socioprodutivos, a identificação das possíveis trajetórias ocupacionais ou itinerários formativos permite melhor correspondência entre os requisitos demandados nas atividades de trabalho e os perfis construídos no processo educativo. Além disso, podem possibilitar aos alunos adequar, de acordo com suas possibilidades e condições, o itinerário formativo ao itinerário profissional.
Portanto, o desenvolvimento dos cursos técnicos do Senar se baseia na organização curricular estruturada em itinerários formativos, em conformidade com o eixo tecnológico previsto no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, na realidade social e de trabalho da região, e nos conhecimentos culturais, éticos e estéticos.
3.3.5 Organização curricular
Fonte: Getty Images.
Na organização curricular dos cursos técnicos e de especialização técnica de nível médio são previstos os princípios da interdisciplinaridade, indissociabilidade entre teoria e prática e flexibilidade no processo de ensino e aprendizagem, visando evitar a fragmentação de conhecimentos.
Quando assunto é o público prioritariamente vinculado ao meio rural e ao agronegócio, o currículo acadêmico estabelece sistematização, criticidade e ampliação dos conhecimentos e das competências relativas à gestão, à metodologia e ao uso de tecnologias próprias ao setor rural brasileiro e ao agronegócio. Além disso, esse currículo preza o convívio social, possibilitando a inserção do estudante no mercado de trabalho e, por intermédio dos recursos da educação a distância, a sua familiarização com o mundo da tecnologia da informação.
3.4 Material didático
Conforme a metodologia de ensino já praticada no Senar, o material didático de apoio ao processo de ensino e aprendizagem nos cursos técnicos de nível médio a distância e presencial híbrido é disponibilizado em meio eletrônico, virtual e audiovisual.
3.5 Cursos e vagas
Está na legislação
No ano de 2011, o Governo Federal sancionou a lei nº 12.513, criando o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), com o objetivo de ampliar a oferta de educação profissional e tecnológica (EPT) mediante ações, projetos e programas específicos.
Entre as novas providências expressas nessa lei, destaca-se o artigo 20, segundo o qual os serviços nacionais de aprendizagem passam a integrar o sistema federal de ensino, com autonomia de atuação para criar e ofertar cursos e programas de educação profissional e tecnológica.
A prerrogativa estabelecida pela norma legal se concilia com a expansão do Senar na oferta de formação técnica de nível médio. Afinal, a aplicação de cursos técnicos e de especialização técnica de nível médio da entidade segue as diretrizes do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, do Ministério da Educação, concentrando-se no eixo tecnológico Recursos Naturais.
Inicialmente, o Senar oferece, por meio da Rede e-Tec Brasil, o curso técnico de nível médio em Agronegócio, com carga horária de 1.200 horas. Tem ocorrido ampliação gradativa da oferta de ensino técnico de nível médio para outros cursos do eixo tecnológico de Recursos Naturais, com oferta de cursos presenciais no âmbito das unidades de ensino Centros de Excelência e EaD nos polos de apoio presencial cadastrados.
Diante disso, vale ressaltar a diversidade produtiva do nosso setor agropecuário e as características e necessidades específicas das diferentes regiões e biomas brasileiros. Sendo assim, a expansão do portfólio de cursos do Senar, alinhada às necessidades de formação profissional das principais cadeias produtivas e dos diferentes estados e regiões do país, tem sido impulsionada pelas demandas regionais percebidas pelas 27 Administrações Regionais que compõem o Sistema Senar em todo o país.
O processo seletivo para ingresso nos cursos técnicos e de especialização técnica de nível médio a distância prevê a ampla divulgação de editais com as regras para a seleção dos candidatos interessados no preenchimento das vagas.
4. A atuação do Comitê Técnico Nacional na construção dos cursos
O Comitê Técnico é composto de profissionais de diversos segmentos, incluindo representantes do setor produtivo, acadêmicos, técnicos e especialistas em diferentes etapas da cadeia produtiva. A inclusão de várias perspectivas garante que as decisões tomadas sejam abrangentes, informadas e alinhadas com as necessidades do setor rural, tanto em relação à área educacional quanto ao mercado de trabalho.
Fonte: Shutterstock.
Esse grupo emprega uma série de atividades meticulosamente planejadas para identificar e diagnosticar as competências profissionais atualmente necessárias, desde o fornecimento de informações para a elaboração do perfil profissional até a análise de tendências de mercado e impactos tecnológicos.
A metodologia do trabalho envolve várias fases, começando com a integração dos participantes do Comitê. A partir daí, a estratégia se desdobra em estudos de prospecção, mapeamento de funções e subfunções, bem como na definição de unidades e elementos de competência. Tudo isso culmina na criação de um perfil profissional da qualificação, que serve como espinha dorsal para o desenvolvimento de currículos orientados por competências.
4.1 Atividades do Comitê Técnico
Para alcançar os resultados estabelecidos, é utilizada uma metodologia de trabalho com os participantes do Comitê Técnico, com foco nas seguintes atividades:
- fornecer informações necessárias para a elaboração do perfil profissional, contribuindo para a análise do mercado de trabalho;
- identificar e diagnosticar tendências relativas ao setor e ao tipo de formação necessária; e
- sinalizar os impactos causados pelas transformações tecnológicas e organizacionais no setor e seus reflexos no desempenho profissional.
4.2 Composição do Comitê Técnico
O Comitê Técnico agrega profissionais de diversos segmentos internos e externos ao Senar. Isso porque as vivências profissionais e a visão de futuro dessas pessoas contribuem para orientar a tomada de decisões, no que se refere às ações de educação profissional. O arranjo prevê a participação dos seguintes profissionais:
- profissional da cadeia produtiva;
- produtor rural da cadeia produtiva;
- técnico indicado pelo sindicato patronal;
- técnico indicado pelo sindicato dos trabalhadores;
- técnico indicado por associação ou cooperativa de referência na cadeia produtiva;
- especialista do meio acadêmico, como referência em estudos na cadeia produtiva;
- especialista técnico da Confederação de Agricultura e Pecuária na cadeia produtiva;
- técnico do Senar Regional especialista na cadeia produtiva;
- técnico pedagógico do Senar Regional; e
- técnico indicado por órgão ou empresa ligado à área de trabalho.
4.2.1 A identificação do perfil profissional
O contexto da metodologia do trabalho tem início com a integração dos participantes, de modo que, em consenso, descrevam o que idealmente é necessário saber realizar no campo de atuação correspondente à qualificação profissional.
Fonte: Getty Images.
Esse marco é a referência para o desenvolvimento das competências profissionais, um conjunto de informações de natureza técnica, organizacional e socioprofissional característicos da qualificação, que contextualiza e situa o âmbito da atuação do profissional qualificado.
4.2.2 Fases da elaboração do perfil profissional
No infográfico a seguir, clique nos números e confira a linha estratégica para a identificação das competências profissionais:
Guia de estudo de prospecção: levantamento dos fatores tecnológicos, organizativos e das mudanças produzidas no campo profissional.
Principais funções e subfunções: mapeamento das funções e desenho das subfunções.
Competência geral: consolidação das funções principais que caracterizam a qualificação profissional e as capacidades de exercê-las de modo eficaz no âmbito do trabalho.
Unidade de competência: detalhamento das grandes funções que constituem o desempenho profissional e contribuem para o alcance da competência geral.
Elementos de competência: descrição do que os profissionais devem ser capazes de fazer nas situações de trabalho.
Padrões de desempenho: estabelecimento dos referenciais que especificam a qualidade do desempenho em cada elemento de competência.
Fonte: Adaptado de Senar (2023).
O perfil profissional da qualificação, devidamente estruturado pelo Comitê Técnico, é o produto gerado ao final dessa fase, constituindo-se no fundamento para a elaboração do desenho curricular com base em competências.
5. Plano de Curso do Curso Técnico em Agronegócio
Neste capítulo, vamos delinear os tópicos centrais do Curso Técnico em Agronegócio, abordando seus aspectos objetivos, perfil profissional almejado, unidades de competência, trajetória formativa, organização curricular e abordagens metodológicas, bem como as informações sobre certificação e diplomas.
Saiba mais aqui!
Informações adicionais sobre esse Curso Técnico podem ser consultadas no Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://www.etec.senar.org.br
A seguir, confira os principais dados de identificação do curso:
Dados de identificação do Curso Técnico em Agronegócio |
Habilitação profissional: Técnico em Agronegócio Cadeia produtiva: rural. Eixo tecnológico: recursos naturais. |
Nível de qualificação: 3 Tipo de oferta: EaD híbrido, com momentos presenciais e a distância. Modalidade: subsequente. |
Carga horária parcial: 1.080 horas. Carga horária do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): 120 horas. Carga horária total: 1.200 horas. |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
a) Objetivos
A formação técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.
Fonte: Getty Images.
Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica sua própria metodologia, para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição de competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.
Clique nos ícones a seguir, para conhecer os objetivos da oferta do Curso Técnico em Agronegócio:
Garantir o pleno desenvolvimento das competências pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural, ficando em condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.
Atender as demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.
Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.
b) Perfil profissional de conclusão de curso
Ao completar a carga horária total de 1.200 horas o estudante finaliza o Curso Técnico em Agronegócio e estará habilitado na seguinte competência profissional:
Clique aqui para ler
Executar ações de gestão, de operação e de supervisão no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), considerando normas legais, tecnologias, princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação.
c) Unidades de competências profissionais
A competência geral apresentada anteriormente detalha as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.
Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências. Para conhecê-las, interaja com os títulos a seguir.
Unidade de competência (função) A
Coordenar ações de gestão no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), considerando normas legais, tecnologias, princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação.
Unidade de competência (função) B
Promover ações de operação no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), considerando normas legais, tecnologias, princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação.
Unidade de competência (função) C
Supervisionar o conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), considerando normas legais, tecnologias, princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação.
Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais, com o itinerário formativo do Técnico em Agronegócio.
d) Itinerário formativo
O itinerário do Curso Técnico em Agronegócio está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.
Fonte: Curso Técnico em Agronegócio (Senar, 2021).
e) Organização curricular
A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Agronegócio é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.
Trata-se de uma decodificação das informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo pedagogicamente as competências profissionais em:
- capacidades básicas;
- capacidades técnicas;
- capacidade de gestão (sociais, organizativas e metodológicas); e
- conhecimentos.
O itinerário formativo desse curso técnico está estruturado em cinco módulos, contendo um Módulo Básico, três Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que somados totalizam 1.200 horas.
O Módulo Básico contempla todas as competências e é composto das seguintes Unidades Curriculares:
- Ambientação em Educação a Distância;
- Informação;
- Comunicação;
- Matemática Básica e Financeira;
- Fundamentos do Agronegócio; e
- Noções Gerais de Economia.
Para um efetivo desenvolvimento das capacidades básicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos, esse módulo tem um total de 260 horas.
Já os Módulos Específicos são formados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e foram subdivididos em três, que receberam as seguintes denominações:
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
A seguir, interaja com os títulos, para aprofundar seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:
Módulo Específico I – Operação das Cadeias Produtivas do Agronegócio
Contempla a Unidade de Competência B do Perfil Profissional, responsável por promover ações de operação no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), considerando normas legais, tecnologias, princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação. É constituído por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos, totalizando 340 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente de Gestão em Agronegócio.
Módulo Específico II – Gestão do Agronegócio
Contempla a Unidade de Competência A do Perfil Profissional, responsável por coordenar ações de gestão no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), considerando normas legais, tecnologias, princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação. É integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos, totalizando 300 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente de Supervisão em Agronegócio.
Módulo Específico III – Supervisão das Cadeias Produtivas do Agronegócio
Contempla a Unidade de Competência C do Perfil Profissional, cuja função é: supervisionar o conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), considerando normas legais, tecnologias, princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação. É composto de Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos, totalizando 180 horas. Esse módulo não confere certificação intermediária.
Já o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) corresponde a uma carga horária de 120 horas e faz parte da organização curricular como última etapa.
Módulos |
Denominação |
Unidades Curriculares |
Carga Horária |
Carga Horária |
BÁSICO Funções A, B, C |
Módulo Básico |
Ambientação em Educação a Distância |
30h |
260h |
Informação |
40h |
|||
Comunicação |
45h |
|||
Matemática Básica e Financeira |
45h |
|||
Fundamentos do Agronegócio |
70h |
|||
Noções Gerais de Economia |
30h |
|||
ESPECÍFICO I Função B |
Módulo Específico I Operações das Cadeias Produtivas do Agronegócio |
Técnicas e Sistemas de Produção Agropecuária |
120h |
340h |
Produção do Agronegócio e Segurança dos Alimentos nas Cadeias Produtivas |
60h |
|||
Assessoria, Consultoria e Inovação no Agronegócio |
60h |
|||
Estratégicas de Marketing e de Comercialização no Agronegócio |
40h |
|||
Custo, Mercado e Transporte |
60h |
|||
ESPECÍFICO II Função A |
Módulo Específico II Gestão do Agronegócio |
Gestão de Tecnologias e Inovação Aplicadas ao Agronegócio |
40h |
300h |
Gestão da Produção do Agronegócio |
40h |
|||
Logística Aplicada ao Agronegócio |
40h |
|||
Processos Mercadológicos do Agronegócio |
40h |
|||
Integração Agropecuária na Gestão do Agronegócio |
40h |
|||
Planejamento da Produção e Sustentabilidade do Agronegócio |
60h |
|||
Controle Administrativo e Financeiro no Agronegócio |
40h |
|||
ESPECÍFICO III Função C |
Módulo Específico III Supervisão das Cadeias Produtivas do Agronegócio |
Controle dos Sistemas Produtivos no Agronegócio |
60h |
180h |
Estruturação e Supervisão das Cadeias Produtivas do Agronegócio |
60h |
|||
Assistência Técnica e Extensão Rural no Desenvolvimento do Agronegócio Brasileiro |
60h |
|||
Subtotal |
1080h |
|||
Módulo Trabalho de Conclusão de Curso |
120h |
|||
Carga Horária Total |
1200h |
Fonte: Curso Técnico em Agronegócio (Senar, 2021).
f) Descrição do desenho curricular
Para cada Unidade Curricular, os conteúdos formativos são compostos de capacidades básicas, capacidade técnicas, capacidades de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos. Além disso, os ambientes pedagógicos são referenciados, para subsidiar o planejamento das práticas pedagógicas.
Saiba mais aqui!
Para consultar informações detalhadas sobre cada módulo e suas Unidades Curriculares, acesse o Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://www.etec.senar.org.br
g) Desenvolvimento metodológico
A implantação desse curso técnico segue os princípios das diretrizes curriculares nacionais gerais para a Educação Profissional Técnica, do Ministério da Educação, além dos critérios estabelecidos pelas políticas regimentais da instituição de ensino e do mundo do trabalho rural.
Fonte: Getty Images.
O Curso Técnico em Agronegócio deverá propiciar o desenvolvimento das competências do perfil profissional definido pelo Comitê Técnico Nacional, tanto para o itinerário formativo do curso completo quanto para as saídas intermediárias de qualificação profissional técnica, contidas no perfil profissional e na organização curricular.
Além disso, o itinerário formativo do Curso Técnico em Agronegócio contempla a integração do Módulo Básico, dos Módulos Específicos e do Módulo TCC, que compõem a organização curricular em eixo tecnológico e na respectiva cadeia produtiva do setor rural, configurando uma trajetória de estudo consistente e programada, a partir das competências profissionais definidas em cada etapa modular.
Fonte: Getty Images.
Compreende-se por competência profissional o que os profissionais devem ser capazes de fazer e desempenhar em uma determinada função. Por outro lado, quando o assunto é o processo formativo, a competência diz respeito a um conjunto interdisciplinar de saberes, capaz de mobilizar conhecimentos, atitudes e habilidades necessários para responder aos problemas da vida e aos desafios do mundo produtivo.
Na organização curricular dos módulos, destacam-se as competências de gestão que dizem respeito às capacidades socioemocionais, compreendidas como um conjunto de estratégias ou ações que potencializa não só o autoconhecimento humano, mas também a comunicação afetiva, a regulação emocional, a assertividade, o relacionamento interpessoal, a resolução de problemas, a resiliência e a habilidade organizacional.
Por fim, no itinerário formativo da Habilitação Profissional do Técnico de Nível Médio, atribui-se a etapa final ao Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que confere ao estudante o Diploma de Técnico em Agronegócio.
Fonte: Getty Images.
Em sua execução, as Administrações Regionais devem atender as diretrizes educacionais, em especial aos preceitos referentes a essa habilitação técnica, no quesito TCC, emanados pelos seguintes órgãos superiores: Conselho Institucional, Conselho Nacional de Educação e Conselho de Classe.
h) Certificados e diplomas
Ao estudante que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares, inclusive o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e provar, mediante apresentação de certificado ou diploma, a conclusão do Ensino Médio, será conferido o diploma de Técnico em Agronegócio.
O diploma será registrado pela Unidade Escolar do Senar e terá validade nacional. O estudante que não comprovar a conclusão do Ensino Médio à época da conclusão dos Módulos Específicos e do TCC da Habilitação Profissional Técnica receberá um Certificado de Qualificação Profissional Técnica, estando a expedição do diploma condicionada à apresentação do documento comprobatório de conclusão de Ensino Médio em qualquer época.
Além disso, será conferida uma certificação intermediária ao estudante que concluir, nos termos do itinerário formativo do Plano de Curso, os módulos que contemplem saída intermediária.
Por exemplo, ao estudante que finalizar o Módulo Básico e o Módulo Específico I será conferido o certificado da qualificação profissional técnica de Assistente de Gestão em Agronegócio.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
Ao estudante que concluir com aprovação o Módulo Básico e os Módulos Específicos I e II será conferido o certificado da qualificação profissional técnica de Assistente de Supervisão em Agronegócio.
6. Plano de curso do Curso Técnico em Fruticultura
Neste capítulo, vamos delinear os tópicos centrais do Curso Técnico em Fruticultura, abordando seus aspectos objetivos, perfil profissional almejado, unidades de competência, trajetória formativa, organização curricular, abordagens metodológicas e as informações sobre certificação e diplomas. O curso técnico em Fruticultura é ofertado em duas modalidades, EaD e presencial. Assim traremos primeiramente o plano de curso para a modalidade EaD e em seguida as informações da modalidade presencial.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
Saiba mais aqui!
Informações adicionais sobre esse Curso Técnico podem ser consultadas no Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://www.etec.senar.org.br
6.1 Plano de curso do Curso Técnico em Fruticultura (EaD)
A seguir, confira os principais dados de identificação do curso:
Dados de identificação do Curso Técnico em Fruticultura |
Habilitação profissional: Técnico em Fruticultura Cadeia produtiva: rural. Eixo tecnológico: recursos naturais. |
Nível de qualificação: 3 Tipo de oferta: EaD híbrido, com momentos presenciais e a distância. Modalidade: subsequente. |
Carga horária parcial: 1.200 horas. Carga horária do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): 150 horas. Carga horária total: 1.350 horas. |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
a) Objetivos
A formação técnica de nível médio em Fruticultura ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão sobre o planejar, a execução e o controle dos processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as condutas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
b) Perfil profissional de conclusão de curso
Fonte: Wenderson Araújo - Sistema CNA/Senar.
O perfil deste profissional é especializado nos processos da cadeia produtiva da fruticultura de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
c) Unidades de competências profissionais
Os objetivos apresentados anteriormente detalha as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.
Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências. Para conhecê-las, interaja com os títulos a seguir.
Unidade de Competência A
Planejar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
Unidade de Competência B
Executar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
Unidade de Competência C
Controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais, com o itinerário formativo do Técnico em Fruticultura.
d) Itinerário formativo
O itinerário do Curso Técnico em Fruticultura está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.
Fonte: Curso Técnico em Fruticultura (Senar, 2022).
e) Organização curricular
O Módulo Básico contempla todas as competências, totalizando 260 horas e é composto das seguintes Unidades Curriculares:
- Ambientação em Educação a Distância;
- Informação;
- Comunicação;
- Matemática Básica e Financeira;
- Fundamentos do Agronegócio; e
- Noções Gerais de Economia.
A seguir, interaja com os títulos, para aprofundar seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:
Módulo Específico I - Produção de Frutas
Contempla a unidade de competência B, responsável por executar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado e do perfil profissional.
Módulo Específico II - Controle da Produção
Contempla a unidade de competência C, responsável por controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado e do perfil profissional.
Módulo Específico III - Planejamento e Empreendedorismo Rural
Contempla a unidade de competência A, responsável por planejar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado e do perfil profissional.
O Módulo Específico I está integrado por oito Unidades Curriculares, que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao Curso Técnico em Fruticultura, com foco na execução dos processos de implantação do pomar e produção de frutas, num total de 580 horas.
O Módulo Específico II está integrado por três Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao Curso Técnico em Fruticultura, com foco no controle de qualidade dos processos de produção de frutas, num total de 180 horas.
Fonte: Getty Images.
Já o Módulo Específico III está integrado por quatro Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao Curso Técnico em Fruticultura, com foco na gestão e no planejamento do empreendimento de produção de frutas, num total de 180 horas.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) será o resultado do esforço de síntese, realizado pelo estudante para articular os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso com o processo de investigação e reflexão acerca de um tema de seu interesse.
O TCC pode ser feito individualmente ou em grupo, sob orientação de um professor responsável. Deverá ser realizado concomitantemente ao desenvolvimento do último módulo ou depois de tê-lo concluído, observando os pré-requisitos necessários.
Fonte: Getty Images.
Por fim, o itinerário formativo do Curso Técnico em Fruticultura está estruturado em cinco módulos, sendo um Módulo Básico de 260 horas, três Módulos Específicos de 940 horas e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de 150 horas totalizando 1.350 horas.
Módulos |
Denominação |
Unidades Curriculares |
Carga Horária |
Carga Horária |
Básico |
Básico |
Ambientação em Educação a Distância |
30h |
260h |
Informação |
40h |
|||
Comunicação |
45h |
|||
Matemática Básica e Financeira |
45h |
|||
Fundamentos do Agronegócio |
70h |
|||
Noções Gerais de Economia |
30h |
|||
Específico I |
Produção de Frutas |
Viveiro e Legislação de Viveiro |
140h |
580h |
Implantação da Área de Produção e Legislação |
100h |
|||
Técnicas de Produção de Frutas |
100h |
|||
Irrigação |
70h |
|||
Tratores e Implementos Agrícolas |
60h |
|||
Maturação, Colheita e Pós-colheita |
40h |
|||
Seleção, Embalagem e Estocagem |
30h |
|||
Logística e Comercialização |
40h |
|||
Específico II |
Controle da Produção de Frutas |
Controle de qualidade dos processos de produção de frutas |
80h |
180h |
Controle dos recursos físicos e financeiros da produção de frutas |
60h |
|||
Agricultura de Precisão e Controle Operacional de Máquinas e Equipamentos |
40h |
|||
Específico III |
Planejamento e Empreendedorismo |
Planejamento Estratégico |
40h |
180h |
Gestão de Pessoas |
40h |
|||
Planejamento da Produção |
60h |
|||
Inovações Tecnológicas |
40h |
|||
Subtotal |
1200h |
|||
Módulo Trabalho de Conclusão de Curso |
150h |
|||
Carga Horária Total |
1350h |
Fonte: Curso Técnico em Fruticultura (Senar, 2022).
Saiba mais aqui!
Para consultar informações detalhadas sobre cada módulo e suas Unidades Curriculares, acesse o Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://www.etec.senar.org.br
f) Certificados e diplomas
Ao estudante que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares, inclusive o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e provar, mediante apresentação de certificado ou diploma, a conclusão do Ensino Médio, será conferido o diploma de Técnico em Fruticultura.
O diploma será registrado pela Unidade Escolar do Senar e terá validade nacional. O estudante que não comprovar a conclusão do Ensino Médio à época da conclusão dos Módulos Específicos e do TCC da Habilitação Profissional Técnica receberá um Certificado de Qualificação Profissional Técnica, estando a expedição do diploma condicionada à apresentação do documento comprobatório de conclusão de Ensino Médio em qualquer época.
Além disso, será conferida uma certificação intermediária ao estudante que concluir, nos termos do itinerário formativo do Plano de Curso, os módulos que contemplem saída intermediária.
6.2. Plano de curso do Curso Técnico em Fruticultura (Presencial)
A seguir, confira os principais dados de identificação do curso:
Dados de identificação do Curso Técnico em Fruticultura |
Habilitação profissional: Técnico em Fruticultura Cadeia produtiva: Rural Eixo tecnológico: Recursos naturais |
Nível de qualificação: 3 Tipo de oferta: Presencial Modalidade: Subsequente |
Carga horária parcial: 1.200 horas Carga horária do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): 150 horas Carga horária total: 1.350 horas |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
a) Objetivos
A formação técnica de nível médio em Fruticultura ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão sobre o planejar, a execução e o controle dos processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as condutas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
b) Perfil profissional de conclusão de curso
Fonte: Wenderson Araújo - Sistema CNA/Senar.
O perfil deste profissional é caracterizado por planejar, executar e controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as condutas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
c) Unidades de competências profissionais
A competência geral apresentada anteriormente detalha as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.
Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências. Confira a seguir:
Unidade de Competência A
Planejar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
Unidade de Competência B
Executar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
Unidade de Competência C
Controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais, com o itinerário formativo do Técnico em Fruticultura.
d) Itinerário formativo
O itinerário do Curso Técnico em Fruticultura presencial está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.
Fonte: Curso Técnico em Fruticultura (Senar, 2022).
e) Organização curricular
O Módulo Básico referente às capacidades básicas, de gestão e os conhecimentos, sem terminalidade ocupacional e um pré-requisito para os Módulos Específicos, é composto de duas Unidades Curriculares, totalizando 260 horas.
A seguir aprofunde seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:
Módulo Específico I - Produção de Frutas
Contempla a unidade de competência B, responsável por executar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado e do perfil profissional.
Módulo Específico II - Controle da Produção
Contempla a unidade de competência C, responsável por controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado e do perfil profissional.
Módulo Específico III - Planejamento e Empreendedorismo Rural
Contempla a unidade de competência A, responsável por planejar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado e do perfil profissional.
O Módulo Específico I está integrado por três Unidades Curriculares, que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao Curso Técnico em Fruticultura, com foco na execução dos processos de implantação do pomar e produção de frutas, num total de 580 horas.
O Módulo Específico II está integrado por duas Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao Curso Técnico em Fruticultura, com foco no controle de qualidade dos processos de produção de frutas, num total de 180 horas.
Fonte: Getty Images.
Já o Módulo Específico III está integrado por uma Unidade Curricular que propicia o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao Curso Técnico em Fruticultura, com foco no planejamento do empreendimento de produção de frutas, num total de 180 horas.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) será o resultado do esforço de síntese, realizado pelo estudante para articular os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso com o processo de investigação e reflexão acerca de um tema de seu interesse.
O TCC pode ser feito individualmente ou em grupo, sob orientação de um professor responsável. Deverá ser realizado concomitantemente ao desenvolvimento do último módulo ou depois de tê-lo concluído, observando os pré-requisitos necessários.
Fonte: Getty Images.
Por fim, o itinerário formativo do Curso Técnico em Fruticultura está estruturado em cinco módulos, sendo um Módulo Básico de 260 horas, três Módulos Específicos de 940 horas e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de 150 horas totalizando 1.350 horas.
Módulos |
Denominação |
Unidades Curriculares |
Carga Horária |
Carga Horária |
Básico |
Básico |
Comunicação e informação |
100h |
260h |
Introdução ao agronegócio |
160h |
|||
Específico I |
Produção de Frutas |
Produção de mudas e implantação do pomar |
180h |
580h |
Tecnologia do manejo na produção de frutas |
200h |
|||
Tecnologia de processo de colheita, pós-colheita e comercialização de frutas |
200h |
|||
Específico II |
Controle da Produção |
Controle de qualidade dos processos de produção de frutas |
100h |
180h |
Controle dos recursos físicos e financeiros da produção de frutas |
80h |
|||
Específico III |
Planejamento e Empreendedorismo |
Planejamento da produção e empreendedorismo rural |
180h |
180h |
Total Unidades Curriculares |
1200h |
|||
Trabalho de Conclusão de Curso |
150h |
|||
Total do curso |
1350h |
Fonte: Curso Técnico em Fruticultura (Senar, 2022).
Saiba mais aqui!
Para consultar informações detalhadas sobre cada módulo e suas Unidades Curriculares, acesse o Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://etec.senar.org.br/.
f) Certificados e diplomas
Ao estudante que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares, inclusive o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e provar, mediante apresentação de certificado ou diploma, a conclusão do Ensino Médio, será conferido o diploma de Técnico em Fruticultura.
O diploma será registrado pela Unidade Escolar do Senar e terá validade nacional. O estudante que não comprovar a conclusão do Ensino Médio à época da conclusão dos Módulos Específicos e do TCC da Habilitação Profissional Técnica receberá um Certificado de Qualificação Profissional Técnica, estando a expedição do diploma condicionada à apresentação do documento comprobatório de conclusão de Ensino Médio em qualquer época.
Além disso, será conferida uma certificação intermediária ao estudante que concluir, nos termos do itinerário formativo do Plano de Curso, os módulos que contemplem saída intermediária.
7. Plano de Curso do Curso Técnico em Florestas
Neste capítulo, vamos delinear os tópicos centrais do Curso Técnico em Florestas, abordando seus aspectos objetivos, perfil profissional almejado, unidades de competência, trajetória formativa, organização curricular, abordagens metodológicas e as informações sobre certificação e diplomas. Assim como o Curso Técnico em Fruticultura, o Curso Técnico em Florestas também é oferecido nas modalidades presencial e a distância, sendo apresentados em separado a seguir.
Saiba mais aqui!
Informações adicionais sobre esse Curso Técnico podem ser consultadas no Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://www.etec.senar.org.br
7.1 Plano de Curso do Curso Técnico em Florestas (EaD)
A seguir, confira os principais dados de identificação do curso:
Dados de identificação do Curso Técnico em Florestas |
Habilitação profissional: Técnico em Florestas Cadeia produtiva: rural. Eixo tecnológico: recursos naturais. |
Nível de qualificação: 3 Tipo de oferta: EaD híbrido, com momentos presenciais e a distância. Modalidade: subsequente. |
Carga horária parcial: 1.100 horas. Carga horária do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): 100 horas. Carga horária total: 1.200 horas. |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
a) Objetivos
A formação técnica de nível médio em Florestas ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar aos profissionais as capacidades técnicas para participar do planejamento, além de executar e controlar os processos de produção florestal, visando ao desenvolvimento de povoamentos florestais cultivados e a preservação de florestas nativas no contexto brasileiro.
Fonte: Getty Images.
Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica sua própria metodologia para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição das competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.
Clique nos ícones a seguir para conhecer os objetivos da oferta do Curso Técnico em Florestas:
Garantir o pleno desenvolvimento das competências pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural, ficando em condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.
Atender as demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.
Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.
b) Perfil profissional de conclusão de curso
Ao completar a carga horária total de 1.200 horas o estudante finaliza o Curso Técnico em Florestas e estará habilitado na seguinte competência profissional:
Clique aqui para ler
Participar do planejamento, executar e controlar os processos de produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos.
c) Unidades de competências profissionais
A competência geral apresentada anteriormente detalha as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.
Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências. Para conhecê-las, interaja com os títulos a seguir.
Unidade de Competência (função) A
Participar do planejamento dos processos e atividades florestais, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos.
Unidade de Competência (função) B
Executar os processos e atividades florestais, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos.
Unidade de Competência (função) C
Controlar os processos e atividades florestais, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos.
Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais, com o itinerário formativo do Técnico em Florestas na modalidade a distância.
d) Itinerário formativo
O itinerário do Curso Técnico em Florestas está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.
Fonte: Curso Técnico em Florestas (Senar, 2022).
e) Organização curricular
A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Florestas é a concepção do curso que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional. Nessa estrutura, a organização curricular é voltada para a oferta de EaD, com momentos presenciais de práticas e avaliações de ensino, conforme orienta a legislação vigente.
Trata-se de uma decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos.
O itinerário formativo do Curso Técnico em Florestas está estruturado em cinco módulos: um Módulo Básico, três Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), totalizando 1.200 horas.
O Módulo Básico contempla todas as competências e é composto das seguintes Unidades Curriculares:
- Ambientação em Educação a Distância;
- Informação;
- Comunicação;
- Matemática Básica e Financeira;
- Fundamentos do Agronegócio; e
- Noções Gerais de Economia.
Para um efetivo desenvolvimento das capacidades básicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos, esse módulo tem um total de 260 horas.
Já os Módulos Específicos são formados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e foram subdivididos em três, que receberam as seguintes denominações:
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
A seguir, interaja com os títulos, para aprofundar seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:
Módulo Específico I – Produção Florestal
Contempla a Unidade de Competência B, responsável por executar os processos e atividades florestais considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos do perfil profissional. Ele é integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando 380 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente de Produção Florestal.
Módulo Específico II – Controle Florestal
Contempla a Unidade de Competência C, cuja função é controlar os processos e atividades florestais considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos do perfil profissional. Ele é integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando 260 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente de Controle de Produção Florestal.
Módulo Específico III – Planejamento Florestal
Contempla a Unidade de Competência A, responsável por participar do planejamento dos processos e atividades florestais considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos do perfil profissional. Ele é integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando 200 horas. Esse módulo não confere certificação intermediária.
Já o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) corresponde a uma carga horária de 100 horas e faz parte da organização curricular, como última etapa.
Módulos |
Denominação |
Unidades Curriculares |
Carga Horária |
Carga Horária |
BÁSICO Funções A, B, C |
Módulo Básico |
Ambientação em Educação a Distância |
30h |
260h |
Informação |
40h |
|||
Comunicação |
45h |
|||
Matemática Básica e Financeira |
45h |
|||
Fundamentos do Agronegócio |
70h |
|||
Noções Gerais de Economia |
30h |
|||
ESPECÍFICO I Função B |
Módulo Específico I Produção Florestal |
Propagação e Viveiros Florestais |
120h |
380h |
Implantação Florestal |
120h |
|||
Manejo Florestal |
140h |
|||
ESPECÍFICO II Função C |
Módulo Específico II Controle Florestal |
Assistência Técnica e Extensão Rural no Desenvolvimento Florestal |
80h |
260h |
Controle de Qualidade do Processo de Produção Florestal |
100h |
|||
Controle dos Recursos Físicos e Financeiros da Produção Florestal |
80h |
|||
ESPECÍFICO III Função A |
Módulo Específico III Planejamento Florestal |
Planejamento Florestal |
100h |
200h |
Gestão do Empreendimento Florestal |
100h |
|||
Subtotal |
1100h |
|||
Módulo Trabalho de Conclusão de Curso |
100h |
|||
Carga Horária Total |
1200h |
Fonte: Curso Técnico em Florestas (Senar, 2022).
f) Descrição do desenho curricular
Para cada Unidade Curricular, os conteúdos formativos são compostos de capacidades básicas, capacidades técnicas, capacidades de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos. Além disso, os ambientes pedagógicos são referenciados, para subsidiar o planejamento das práticas pedagógicas.
Saiba mais aqui!
Para consultar informações detalhadas sobre cada módulo e suas Unidades Curriculares, acesse o Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://www.etec.senar.org.br
g) Desenvolvimento metodológico
A implantação desse curso técnico segue os princípios das diretrizes curriculares nacionais gerais para a Educação Profissional Técnica, do Ministério da Educação, além dos critérios estabelecidos pelas políticas regimentais da instituição de ensino e do mundo do trabalho rural.
Fonte: Getty Images.
O Curso Técnico em Florestas deverá propiciar o desenvolvimento das competências do perfil profissional definido pelo Comitê Técnico Nacional, tanto para o itinerário formativo do curso completo quanto para as saídas intermediárias de qualificação profissional técnica, contidas no perfil profissional e na organização curricular.
Além disso, o itinerário formativo do Curso Técnico em Florestas contempla a integração do Módulo Básico, dos Módulos Específicos e do Módulo TCC, que compõem a organização curricular em eixo tecnológico e respectiva cadeia produtiva do setor rural, configurando a trajetória de estudo consistente e programada, a partir das competências profissionais definidas em cada etapa modular.
Fonte: Getty Images.
Compreende-se por competência profissional o que os profissionais devem ser capazes de fazer e desempenhar em uma determinada função. Por outro lado, quando o assunto é o processo formativo, a competência diz respeito a um conjunto interdisciplinar de saberes, capaz de mobilizar conhecimentos, atitudes e habilidades necessários para responder aos problemas da vida e aos desafios do mundo produtivo.
Na organização curricular dos módulos, destacam-se as competências de gestão que dizem respeito às capacidades socioemocionais, compreendidas como um conjunto de estratégias ou ações que potencializa não só o autoconhecimento humano, mas também a comunicação afetiva, a regulação emocional, a assertividade, o relacionamento interpessoal, a resolução de problemas, a resiliência e a habilidade organizacional.
Por fim, no itinerário formativo da Habilitação Profissional do Técnico de Nível Médio, atribui-se a etapa final ao Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que confere ao estudante o Diploma de Técnico em Florestas.
Fonte: Getty Images.
Diante desse contexto, as Administrações Regionais devem atender às diretrizes educacionais referentes a essa habilitação técnica, no quesito TCC, dando destaque ao Conselho da Instituição/CNA, ao Conselho Estadual de Educação e ao Conselho de Classe Regional.
h) Certificados e diplomas
Ao estudante que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares, inclusive o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e provar, mediante apresentação de certificado ou diploma, a conclusão do Ensino Médio, será conferido o diploma de Técnico em Florestas.
O diploma será registrado pela Unidade Escolar do Senar e terá validade nacional. O estudante que não comprovar a conclusão do Ensino Médio à época da conclusão dos Módulos Específicos e do TCC da Habilitação Profissional Técnica receberá um Certificado de Qualificação Profissional Técnica, estando a expedição do diploma condicionada à apresentação do documento comprobatório de conclusão de Ensino Médio em qualquer época.
Além disso, será conferida uma certificação intermediária ao estudante que concluir, nos termos do itinerário formativo do plano de curso, os módulos que contemplem saída intermediária.
Fonte: Getty Images.
7.2 Plano de Curso do Curso Técnico em Florestas (Presencial)
A seguir, confira os principais dados de identificação do curso:
Dados de identificação do Curso Técnico em Florestas |
Habilitação profissional: Técnico em Florestas Cadeia produtiva: Rural Eixo tecnológico: Recursos naturais |
Nível de qualificação: 3 Tipo de oferta: Presencial Modalidade: Subsequente |
Carga horária parcial: 1.200 horas Carga horária do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): 100 horas Carga horária total: 1.300 horas |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
a) Objetivos
A formação técnica de nível médio em Florestas ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar aos profissionais as capacidades técnicas para participar do planejamento, além de executar e controlar os processos de produção florestal, visando ao desenvolvimento de povoamentos florestais cultivados e a preservação de florestas nativas no contexto brasileiro.
Fonte: Getty Images.
b) Perfil profissional de conclusão de curso
Ao completar a carga horária total de 1.300 horas o estudante finaliza o Curso Técnico em Florestas e estará habilitado na seguinte competência profissional:
Habilitação
Participar do planejamento, executar e controlar os processos de produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos.
c) Unidades de competências profissionais
A competência geral apresentada anteriormente detalha as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.
Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou quatro unidades de competências. Confira a seguir:
Unidade de Competência (função) A
Participar do planejamento dos processos da produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social.
Unidade de Competência (função) B
Executar os processos da produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social.
Unidade de Competência (função) C
Executar os processos florestais, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social.
Unidade de Competência (função) D
Controlar os processos da mecanização e produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social.
Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais, com o itinerário formativo do Técnico em Florestas na modalidade presencial.
d) Itinerário formativo
O itinerário do Curso Técnico em Florestas na modalidade presencial está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.
Fonte: Curso Técnico em Florestas (Senar, 2022).
e) Organização curricular
A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Florestas na modalidade presencial é a concepção do curso que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.
O itinerário formativo do Curso Técnico em Florestas presencial está estruturado em seis módulos: um Módulo Básico, quatro Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), totalizando 1.300 horas.
O Módulo Básico referente às capacidades básicas, de gestão e os conhecimentos, sem terminalidade ocupacional e um pré-requisito para os Módulos Específicos, é composto de duas Unidades Curriculares, totalizando 260 horas.
Já os Módulos Específicos são formados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e foram subdivididos em quatro, que receberam as seguintes denominações:
- Módulo Específico I - Produção Florestal
- Módulo Específico II - Controle Florestal
- Módulo Específico III - Mecanização Florestal
- Módulo Específico IV - Planejamento Florestal
A seguir aprofunde seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:
Módulo Específico I – Produção Florestal
Contempla a unidade de competência B, cuja função é executar os processos da produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social do Perfil Profissional, e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo num total de 380 horas. Este módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente em Produção Florestal.
Módulo Específico II – Controle Florestal
Contempla a Unidade de Competência D, cuja função é controlar os processos da mecanização e produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social do perfil profissional. Ele é integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando 160 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente de Controle de Produção Florestal.
Módulo Específico III – Mecanização Florestal
Contempla a Unidade de Competência C, responsável por executar os processos de mecanização florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social do perfil profissional. Ele é integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando 240 horas, conferindo ao estudante o certificado de Assistente em Mecanização Florestal.
Módulo Específico IV – Planejamento Florestal
Contempla a Unidade de Competência A, responsável por participar do planejamento dos processos e atividades florestais considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos do perfil profissional. Ele é integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando 160 horas. Esse módulo não confere certificação intermediária.
Já o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) corresponde a uma carga horária de 100 horas e faz parte da organização curricular, como última etapa.
Módulos |
Denominação |
Unidades Curriculares |
Carga Horária |
Carga Horária |
BÁSICO |
Básico |
Comunicação e Informação |
100h |
260h |
Fundamentos Gerais do Agronegócio |
160h |
|||
ESPECÍFICO I |
Produção Florestal |
Propagação e Viveiros Florestais |
100h |
380h |
Implantação Florestal |
120h |
|||
Manejo Florestal |
160h |
|||
ESPECÍFICO II |
Controle |
Controle Físico, de Qualidade e Administrativo da Produção Florestal |
160h |
160h |
ESPECÍFICO III |
Mecanização Florestal |
Mecanização Agrícola |
120h |
240h |
Mecanização Florestal |
120h |
|||
ESPECÍFICO IV |
Planejamento Florestal |
Planejamento Florestal |
80h |
160h |
Gestão do Empreendimento Florestal |
80h |
|||
Subtotal |
1200h |
|||
Trabalho de Conclusão de Curso |
100h |
|||
Carga horária total |
1300h |
Fonte: Curso Técnico em Florestas (Senar, 2022).
f) Descrição do desenho curricular
Para cada Unidade Curricular, os conteúdos formativos são compostos de capacidades básicas, capacidades técnicas, capacidades de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos. Além disso, os ambientes pedagógicos são referenciados, para subsidiar o planejamento das práticas pedagógicas.
Saiba mais aqui!
Para consultar informações detalhadas sobre cada módulo e suas Unidades Curriculares, acesse o Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://etec.senar.org.br/.
g) Desenvolvimento metodológico
A implantação desse curso técnico segue os princípios das diretrizes curriculares nacionais gerais para a Educação Profissional Técnica, do Ministério da Educação, além dos critérios estabelecidos pelas políticas regimentais da instituição de ensino e do mundo do trabalho rural.
Fonte: Getty Images.
O Curso Técnico em Florestas deverá propiciar o desenvolvimento das competências do perfil profissional definido pelo Comitê Técnico Nacional, tanto para o itinerário formativo do curso completo quanto para as saídas intermediárias de qualificação profissional técnica, contidas no perfil profissional e na organização curricular.
Além disso, o itinerário formativo do Curso Técnico em Florestas contempla a integração do Módulo Básico, dos Módulos Específicos e do Módulo TCC, que compõem a organização curricular em eixo tecnológico e respectiva cadeia produtiva do setor rural, configurando a trajetória de estudo consistente e programada, a partir das competências profissionais definidas em cada etapa modular.
Por fim, no itinerário formativo da Habilitação Profissional do Técnico de Nível Médio, atribui-se a etapa final ao Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que confere ao estudante o Diploma de Técnico em Florestas.
Fonte: Getty Images.
Diante desse contexto, as Administrações Regionais devem atender às diretrizes educacionais referentes a essa habilitação técnica, no quesito TCC, dando destaque ao Conselho da Instituição/CNA, ao Conselho Estadual de Educação e ao Conselho de Classe Regional.
h) Certificados e diplomas
Ao estudante que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares, inclusive o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e provar, mediante apresentação de certificado ou diploma, a conclusão do Ensino Médio, será conferido o diploma de Técnico em Florestas.
O diploma será registrado pela Unidade Escolar do Senar e terá validade nacional. O estudante que não comprovar a conclusão do Ensino Médio à época da conclusão dos Módulos Específicos e do TCC da Habilitação Profissional Técnica receberá um Certificado de Qualificação Profissional Técnica, estando a expedição do diploma condicionada à apresentação do documento comprobatório de conclusão de Ensino Médio em qualquer época.
Além disso, será conferida uma certificação intermediária ao estudante que concluir, nos termos do itinerário formativo do plano de curso, os módulos que contemplem saída intermediária.
Fonte: Getty Images.
8. Plano de Curso do Curso Técnico em Zootecnia
Neste capítulo, vamos delinear os tópicos centrais do Curso Técnico em Zootecnia, abordando seus aspectos objetivos, perfil profissional almejado, unidades de competência, trajetória formativa, organização curricular, abordagens metodológicas e as informações sobre certificação e diplomas.
Fonte: Wenderson Araújo – Sistema CNA/Senar.
Saiba mais aqui!
Informações adicionais sobre esse Curso Técnico podem ser consultadas no Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://www.etec.senar.org.br
A seguir, confira os principais dados de identificação do curso:
Dados de identificação do Curso Técnico em Zootecnia |
Habilitação profissional: Técnico em Zootecnia Cadeia produtiva: rural. Eixo tecnológico: recursos naturais. |
Nível de qualificação: 3 Tipo de oferta: EaD híbrido, com momentos presenciais e a distância. Modalidade: subsequente. |
Carga horária parcial: 1.080 horas. Carga horária do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): 120 horas. Carga horária total: 1.200 horas. |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
a) Objetivos
A formação técnica de nível médio em Zootecnia ofertada pelo Senar tem por finalidade desenvolver capacidades técnicas para aplicar os procedimentos relacionados à produção pecuária e ao processamento de alimentos de origem animal, visando o setor agropecuário brasileiro.
Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica sua própria metodologia para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição de competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.
Fonte: Wenderson Araújo – Sistema CNA/Senar.
Clique nos ícones a seguir para conhecer os objetivos da oferta do Curso Técnico em Zootecnia:
Garantir o pleno desenvolvimento das competências pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural, ficando em condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.
Atender as demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.
Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.
b) Perfil profissional de conclusão de curso
Ao completar a carga horária total de 1.200 horas o estudante finaliza o Curso Técnico em Zootecnia e estará habilitado na seguinte competência profissional:
Clique aqui para ler
Atuar no processo de produção, manejo e bem-estar dos animais de interesse econômico, no gerenciamento da cadeia pecuária, nas ações de comercialização de produtos e no mercado de serviços pecuários, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação.
c) Unidades de competências profissionais
A competência geral apresentada anteriormente detalha as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.
Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências. Para conhecê-las, interaja com os títulos a seguir.
Unidade de Competência (função) A
Realizar processo de produção, manejo e bem-estar dos animais de interesse econômico, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação.
Unidade de Competência (função) B
Atuar nas ações de comercialização de produtos e no mercado de serviços pecuários, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação.
Unidade de Competência (função) C
Gerenciar operações do sistema de controle da cadeia pecuária, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação.
Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais, com o itinerário formativo do Técnico em Zootecnia.
d) Itinerário formativo
O itinerário do Curso Técnico em Zootecnia está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.
Fonte: Curso Técnico em Zootecnia (Senar, 2022).
e) Organização curricular
A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Zootecnia é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.
Trata-se de uma decodificação das informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo pedagogicamente as competências profissionais em:
- capacidades básicas;
- capacidades técnicas;
- capacidade de gestão (sociais, organizativas e metodológicas); e
- conhecimentos.
O itinerário formativo desse curso técnico está estruturado em cinco módulos, contendo um Módulo Básico, três Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que somados totalizam 1.200 horas.
O Módulo Básico contempla todas as competências e é composto das seguintes Unidades Curriculares:
- Ambientação em Educação a Distância;
- Informação;
- Comunicação;
- Matemática Básica e Financeira;
- Fundamentos do Agronegócio; e
- Noções Gerais de Economia.
Para um efetivo desenvolvimento das capacidades básicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos, esse módulo tem um total de 260 horas.
Já os Módulos Específicos são formados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e foram subdivididos em três, que receberam as seguintes denominações:
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
A seguir, interaja com os títulos, para aprofundar seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:
Módulo Específico I – Processo de Criação, Manejo e Bem-Estar dos Animais
Contempla a Unidade de Competência A, responsável por realizar o processo de produção, manejo e bem-estar dos animais de interesse econômico, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação do perfil profissional, integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando de 320 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Auxiliar no Processo de Criação, Manejo e Bem-Estar dos Animais.
Módulo Específico II – Comercialização de Produtos e Serviços Agropecuários
Contempla a Unidade de Competência B, responsável por atuar nas ações de comercialização de produtos e no mercado de serviços pecuários, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação do perfil profissional, integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando de 220 horas. Esse módulo não confere certificação intermediária.
Módulo Específico III – Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Contempla a Unidade de Competência C, responsável por gerenciar as operações do sistema de controle da cadeia pecuária, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação do perfil profissional, integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando de 280 horas. Esse módulo não confere certificação intermediária.
Já o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) corresponde a uma carga horária de 120 horas e faz parte da organização curricular, como última etapa.
Módulos |
Denominação |
Unidades Curriculares |
Carga Horária |
Carga Horária |
BÁSICO Funções A, B, C |
Módulo Básico |
Ambientação em Educação a Distância |
30h |
260h |
Informação |
40h |
|||
Comunicação |
45h |
|||
Matemática Básica e Financeira |
45h |
|||
Fundamentos do Agronegócio |
70h |
|||
Noções Gerais de Economia |
30h |
|||
ESPECÍFICO I Função A |
Módulo Específico I Processo de Criação, Manejo e Bem-Estar dos Animais |
Empreendimento Rural |
60h |
320h |
Sistema de Produção Animal |
100h |
|||
Produção e Manejo Animal |
100h |
|||
Bem-estar Animal |
60h |
|||
ESPECÍFICO II Função B |
Módulo Específico II Comercialização de Produtos e de Serviços Pecuários |
Mercado de Nutrição e Alimentação Animal |
110h |
220h |
Mercado Agropecuário |
60h |
|||
Assistência Técnica e Extensão Rural |
50h |
|||
ESPECÍFICO III Função C |
Módulo Específico III Gestão das Operações da Cadeia Pecuária |
Controle Zootécnico e Sanitário |
60h |
280h |
Gestão da Produção, do Manejo e do Bem-estar Animal |
80h |
|||
Melhoramento Genético Animal |
40h |
|||
Manejo Alimentar dos Animais |
100h |
|||
Subtotal |
1080h |
|||
Módulo Trabalho de Conclusão de Curso |
120h |
|||
Carga Horária Total |
1200h |
Fonte: Curso Técnico em Zootecnia (Senar, 2021).
Saiba mais aqui!
Para consultar informações detalhadas sobre cada módulo e suas Unidades Curriculares, acesse o Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://www.etec.senar.org.br
f) Descrição do desenho curricular
Para cada Unidade Curricular, os conteúdos formativos são compostos de capacidades básicas, capacidades técnicas, capacidades de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos. Além disso, os ambientes pedagógicos são referenciados, para subsidiar o planejamento das práticas pedagógicas.
g) Desenvolvimento metodológico
A implantação desse curso técnico segue os princípios das diretrizes curriculares nacionais gerais para a Educação Profissional Técnica, do Ministério da Educação, além dos critérios estabelecidos pelas políticas regimentais da instituição de ensino e do mundo do trabalho rural.
Fonte: Cristóbal Fraga/Morya - Sistema CNA/Senar.
O Curso Técnico em Zootecnia deverá propiciar o desenvolvimento das competências do perfil profissional definido pelo Comitê Técnico Nacional, tanto para o itinerário formativo do curso completo quanto para as saídas intermediárias de qualificação profissional técnica, contidas no perfil profissional e na organização curricular.
Além disso, o itinerário formativo desse curso contempla a integração do Módulo Básico, dos Módulos Específicos e do Módulo TCC, que compõem a organização curricular em eixo tecnológico e respectiva cadeia produtiva do setor rural, configurando a trajetória de estudo consistente e programada, a partir das competências profissionais definidas em cada etapa modular.
Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.
Compreende-se por competência profissional o que os profissionais devem ser capazes de fazer e desempenhar em uma determinada função. Por outro lado, quando o assunto é o processo formativo, a competência diz respeito a um conjunto interdisciplinar de saberes, capaz de mobilizar conhecimentos, atitudes e habilidades necessários para responder aos problemas da vida e aos desafios do mundo produtivo.
Na organização curricular dos módulos, destacam-se as competências de gestão que dizem respeito às capacidades socioemocionais, compreendidas como um conjunto de estratégias ou ações que potencializa não só o autoconhecimento humano, mas também a comunicação afetiva, a regulação emocional, a assertividade, o relacionamento interpessoal, a resolução de problemas, a resiliência e a habilidade organizacional.
Por fim, no itinerário formativo da Habilitação Profissional do Técnico de Nível Médio, atribui-se a etapa final ao Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que confere ao estudante o Diploma de Técnico em Zootecnia.
Diante desse contexto, as Administrações Regionais devem atender as diretrizes educacionais referentes a essa habilitação técnica, no quesito TCC, dando destaque ao Conselho da Instituição/CNA, ao Conselho Estadual de Educação e ao Conselho de Classe Regional.
h) Certificados e diplomas
Ao estudante que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares, inclusive o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e provar, mediante apresentação de certificado ou diploma, a conclusão do Ensino Médio, será conferido o diploma de Técnico em Zootecnia.
O diploma será registrado pela Unidade Escolar do Senar e terá validade nacional. O estudante que não comprovar a conclusão do Ensino Médio à época da conclusão dos Módulos Específicos e do TCC da Habilitação Profissional Técnica receberá um Certificado de Qualificação Profissional Técnica, estando a expedição do diploma condicionada à apresentação do documento comprobatório de conclusão de Ensino Médio em qualquer época.
Além disso, será conferida uma certificação intermediária ao estudante que concluir, nos termos do itinerário formativo do Plano de Curso, os módulos que contemplem saída intermediária. Assim, ao estudante que concluir os módulos Básico e Específico I será conferido o certificado da Qualificação Profissional Técnica de Auxiliar no Processo de Criação, Manejo e Bem-Estar dos Animais.
9. Plano de curso do Curso Técnico em Agricultura
Neste capítulo, vamos delinear os tópicos centrais do Curso Técnico em Agricultura, abordando seus aspectos objetivos, perfil profissional almejado, unidades de competência, trajetória formativa, organização curricular, abordagens metodológicas e as informações sobre certificação e diplomas.
Fonte: iStock
Saiba mais aqui!
Informações adicionais sobre esse Curso Técnico podem ser consultadas no Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://etec.senar.org.br/.
A seguir, confira os principais dados de identificação do curso:
Dados de identificação do Curso Técnico em Agricultura |
Habilitação profissional: Técnico em Agricultura Cadeia produtiva: Rural Eixo tecnológico: Recursos naturais |
Nível de qualificação: 3 Tipo de oferta: EaD (híbrido, com momentos presenciais e a distância) Modalidade: Subsequente |
Carga horária parcial: 1.060 h Carga horária do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): 150 h Carga horária total: 1.210 h |
Fonte: Elaborado pelo autor (2024).
a) Objetivos
A formação técnica de nível médio em Agricultura ofertada pelo Senar tem por finalidade desenvolver profissionais capazes de atuar no planejamento, execução e controle do processo de produção agrícola e suas atividades de mecanização.
Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica sua própria metodologia para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição de competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.
Fonte: Wenderson Araújo – Sistema CNA/Senar.
A seguir confira os objetivos da oferta do Curso Técnico em Agricultura:
Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural, em especial da produção agrícola, para responder com originalidade e criatividade aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.
Atender às demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.
Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.
Oportunizar conhecimentos de práticas agrícolas sustentáveis para atender aos requisitos do mercado rural e diminuir o impacto ambiental (econômico e da natureza).
Desenvolver ações de assistência técnica gerenciais rurais voltadas para agricultura familiar e de pesquisa.
b) Perfil profissional de conclusão de curso
Ao completar a carga horária total de 1.210 horas o estudante finaliza o Curso Técnico em Agricultura e estará habilitado na seguinte competência profissional:
Habilitação
Atuar no processo de planejar, executar e controlar o processo de produção e mecanização agrícola, com visão ampla e sustentável do agronegócio.
c) Unidades de competências profissionais
A competência geral apresentada anteriormente detalha as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.
Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências. Confira a seguir:
Unidade de Competência (função) A
Planejar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio.
Unidade de Competência (função) B
Executar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio.
Unidade de Competência (função) C
Controlar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio.
Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais, com o itinerário formativo do Técnico em Agricultura.
d) Itinerário formativo
O itinerário do Curso Técnico em Agricultura está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.
Fonte: Curso do Curso Técnico em Agricultura (Senar, 2024).
e) Organização curricular
A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Agricultura é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.
Trata-se de uma decodificação das informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo pedagogicamente as competências profissionais em:
- capacidades básicas;
- capacidades técnicas;
- capacidade de gestão (sociais, organizativas e metodológicas); e
- conhecimentos.
O itinerário formativo desse curso técnico está estruturado em cinco módulos, contendo um Módulo Básico, três Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que somados totalizam 1.210 horas.
O Módulo Básico contempla todas as competências e é composto das seguintes Unidades Curriculares:
- Ambientação em Educação a Distância;
- Informação;
- Comunicação;
- Matemática Básica e Financeira;
- Fundamentos do Agronegócio; e
- Noções Gerais de Economia.
Para um efetivo desenvolvimento das capacidades básicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos, esse módulo tem um total de 260 horas.
Já os Módulos Específicos são formados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e foram subdivididos em três, que receberam as seguintes denominações:
Fonte: Elaborado pelo autor (2024).
A seguir aprofunde seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:
Módulo Específico I – Produção e Mecanização Agrícola
Pertence à Unidade de Competência B: executar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio, e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do Módulo Específico I, num total de 400 horas. Este módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente em Processo Agrícola, com carga horária total de 660 horas.
Módulo Específico II – Controle Agrícola
Contempla a Unidade de Competência C: controlar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio, e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 200 horas. Este módulo não confere certificação intermediária.
Módulo Específico III – Planejamento Agrícola
Contempla a Unidade de Competência A: planejar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio, e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 200 horas. Este módulo não confere certificação intermediária.
Já o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) corresponde a uma carga horária de 150 horas e faz parte da organização curricular, como última etapa.
Módulos |
Denominação |
Unidades Curriculares |
Carga Horária |
Carga Horária |
BÁSICO Funções A, B, C |
Módulo Básico |
Ambientação em Educação a Distância |
30h |
260h |
Comunicação |
45h |
|||
Informação |
40h |
|||
Matemática Básica e Financeira |
45h |
|||
Fundamentos Gerais do Agronegócio |
70h |
|||
Noções Gerais de Economia |
30h |
|||
ESPECÍFICO I Função B |
Produção e Mecanização Agrícola |
Recursos Naturais |
40h |
400h |
Morfologia e Fisiologia |
80h |
|||
Cultivo Agrícola |
180h |
|||
Mecanização Agrícola |
100h |
|||
ESPECÍFICO II Função C |
Controle Agrícola |
Controle Físico, de Qualidade e Administrativo da Produção Agrícola |
120h |
200h |
Assistência Técnica e Extensão Rural no Desenvolvimento Agrícola |
80h |
|||
ESPECÍFICO III Função A |
Planejamento Agrícola |
Gestão do Empreendimento Agrícola |
80h |
200h |
Planejamento de Produção Agrícola |
120h |
|||
Subtotal |
1.060h |
|||
Trabalho de Conclusão de Curso |
150h |
|||
Carga Horária Total |
1.210h |
Fonte: Curso Técnico em Agricultura (Senar, 2024).
Saiba mais aqui!
Para consultar informações detalhadas sobre cada módulo e suas Unidades Curriculares, acesse o Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://etec.senar.org.br/.
f) Descrição do desenho curricular
Para cada Unidade Curricular, os conteúdos formativos são compostos de capacidades básicas, capacidades técnicas, capacidades de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos. Além disso, os ambientes pedagógicos são referenciados, para subsidiar o planejamento das práticas pedagógicas.
g) Desenvolvimento metodológico
A implantação desse curso técnico segue os princípios das diretrizes curriculares nacionais gerais para a Educação Profissional Técnica, do Ministério da Educação, além dos critérios estabelecidos pelas políticas regimentais da instituição de ensino e do mundo do trabalho rural.
Fonte: iStock
O Curso Técnico em Agricultura deverá propiciar o desenvolvimento das competências do perfil profissional definido pelo Comitê Técnico Nacional, tanto para o itinerário formativo do curso completo quanto para as saídas intermediárias de qualificação profissional técnica, contidas no perfil profissional e na organização curricular.
Além disso, o itinerário formativo desse curso contempla a integração do Módulo Básico, dos Módulos Específicos e do Módulo TCC, que compõem a organização curricular em eixo tecnológico e respectiva cadeia produtiva do setor rural, configurando a trajetória de estudo consistente e programada, a partir das competências profissionais definidas em cada etapa modular.
Fonte: Getty Images.
O perfil do Técnico em Agricultura formado pelo Senar é um profissional especializado na atividade de produção e mecanização agrícola, a partir de uma visão ampla e sustentável das atividades do Agronegócio.
Na organização curricular dos módulos, destacam-se as competências de gestão que dizem respeito às capacidades socioemocionais, compreendidas como um conjunto de estratégias ou ações que potencializa não só o autoconhecimento humano, mas também a comunicação afetiva, a regulação emocional, a assertividade, o relacionamento interpessoal, a resolução de problemas, a resiliência e a habilidade organizacional.
Por fim, no itinerário formativo da Habilitação Profissional do Técnico de Nível Médio, atribui-se a etapa final ao Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que confere ao estudante o Diploma de Técnico em Agricultura.
Diante desse contexto, as Administrações Regionais devem atender as diretrizes educacionais referentes a essa habilitação técnica, no quesito TCC, dando destaque ao Conselho da Instituição/CNA, ao Conselho Estadual de Educação e ao Conselho de Classe Regional.
h) Certificados e diplomas
Ao estudante que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares, inclusive o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e provar, mediante apresentação de certificado ou diploma, a conclusão do Ensino Médio, será conferido o diploma de Técnico em Agricultura.
Fonte: Getty Images.
O diploma será registrado pela Unidade Escolar do Senar e terá validade nacional. O estudante que não comprovar a conclusão do Ensino Médio à época da conclusão dos Módulos Específicos e do TCC da Habilitação Profissional Técnica receberá um Certificado de Qualificação Profissional Técnica, estando a expedição do diploma condicionada à apresentação do documento comprobatório de conclusão de Ensino Médio em qualquer época.
Além disso, será conferida uma certificação intermediária ao estudante que concluir, nos termos do itinerário formativo do Plano de Curso, os módulos que contemplem saída intermediária. Assim, ao estudante que concluir os módulos Básico e Específico I será conferido o certificado da Qualificação Profissional Técnica de Assistente em Processo Agrícola.
10. Plano de curso do Curso Técnico em Agropecuária (presencial)
Neste capítulo, vamos delinear os tópicos centrais do Curso Técnico em Agropecuária (presencial), abordando seus aspectos objetivos, perfil profissional almejado, unidades de competência, trajetória formativa, organização curricular, abordagens metodológicas e as informações sobre certificação e diplomas.
Saiba mais aqui!
Informações adicionais sobre esse Curso Técnico podem ser consultadas no Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://www.etec.senar.org.br
A seguir, confira os principais dados de identificação do curso:
Dados de identificação do Curso Técnico em Agropecuária (presencial) |
Habilitação profissional: Técnico em Agropecuária Cadeia produtiva: rural. Eixo tecnológico: recursos naturais. |
Nível de qualificação: 3 Tipo de oferta: presencial. Modalidade: subsequente. |
Carga horária parcial: 1.250 horas. Carga horária do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): 150 horas. Carga horária total: 1.400 horas. |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
a) Competência geral
Esse curso visa planejar, executar e controlar os processos da produção de animais com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável.
Fonte: Getty Images.
b) Unidades de competências profissionais
Para conhecer as unidades de competências profissionais desse curso, interaja com os títulos a seguir.
Função 1
Planejar os processos produtivos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável.
Função 2
Executar os processos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável.
Função 3
Controlar os processos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável.
c) Organização curricular
A organização curricular do Curso Técnico em Agropecuária (presencial) é a concepção do curso que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.
Trata-se de uma decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, capacidades técnicas, capacidades de gestão e os conhecimentos.
d) Itinerário formativo
O itinerário do Curso Técnico em Agropecuária (presencial) está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.
Fonte: Curso Técnico em Agropecuária (Senar, 2023).
e) Matriz curricular
O itinerário formativo do Curso Técnico em Agropecuária (presencial) está estruturado em quatro módulos, contendo um Módulo Básico de 260 horas, dois Módulos Específicos de 990 horas e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de 150 horas, totalizando 1.400 horas.
O Módulo Básico referente às capacidades básicas, de gestão e os conhecimentos, sem terminalidade ocupacional e um pré-requisito para os Módulos Específicos, é composto de duas Unidades Curriculares, totalizando 260 horas.
A seguir, interaja com os títulos, para aprofundar seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:
Módulo Específico I – Execução e Controle da Produção
Contempla a Unidade de Competência B, responsável por executar os processos produtivos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável. Também contempla a Unidade de Competência C, responsável por controlar os processos produtivos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável do perfil profissional. Esse módulo apresenta duas Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao Curso Técnico em Agropecuária (presencial), com foco na execução e controle dos processos de produção da agropecuária, totalizando 770 horas.
Módulo Específico II – Planejamento da Produção e Desenvolvimento de Projeto
Contempla a Unidade de Competência A, responsável por planejar os processos produtivos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável, do perfil profissional. Esse módulo é integrado por uma Unidade Curricular que propicia o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo correspondente ao Curso Técnico em Agropecuária (presencial), com foco na gestão dos processos e da empresa rural, totalizando de 220 horas.
Já o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) será o resultado do esforço de síntese realizado pelo estudante, para articular os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso com o processo de investigação e reflexão acerca de um tema de seu interesse.
O TCC pode ser feito individualmente ou em grupo, sob orientação de um professor responsável. Deverá ser realizado concomitantemente ao desenvolvimento do último módulo ou depois de tê-lo concluído, observando os pré-requisitos necessários.
Fonte: Getty Images.
A seguir, confira a matriz curricular com todos os Módulos e as Unidades Curriculares previstos, bem como suas respectivas cargas horárias.
Módulos |
Denominação |
Unidades Curriculares |
Carga Horária |
Carga Horária |
Básico |
Básico |
Comunicação e Informação |
100h |
260h |
Fundamentos Gerais do Agronegócio |
160h |
|||
Específico I |
Execução e Controle da Produção |
Produção Agropecuária |
520h |
770h |
Serviços de Apoio Agropecuários |
250h |
|||
Específico II |
Planejamento Produção |
Gestão da Empresa Rural e desenvolvimento de projeto |
220h |
220h |
Subtotal |
1250h |
|||
Módulo Trabalho de Conclusão de Curso |
150h |
|||
Carga Horária Total |
1400h |
Fonte: Curso Técnico em Agropecuária (Senar, 2023).
f) Desenvolvimento metodológico
A implantação do Curso Técnico em Agropecuária (presencial) deverá propiciar o desenvolvimento das competências do perfil profissional estabelecido pelo Comitê Técnico Nacional, tanto para a saída intermediária quanto para o itinerário formativo do curso completo.
Fonte: Tony Oliveira – Sistema CNA/Senar.
A organização curricular do curso é constituída do Módulo Básico, dos Módulos Específicos e do Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
O Módulo Básico contempla o desenvolvimento das capacidades básicas de gestão e dos conhecimentos e é composto das seguintes Unidades Curriculares, que totalizam 260 horas:
- Informação e Comunicação (100 horas); e
- Fundamentos Gerais do Agronegócio (160 horas).
Clique nos títulos a seguir para conhecer as características dos Módulos Específicos:
Módulo Específico I – Execução e Controle da Produção
É composto pelas Unidades Curriculares “Produção Agropecuária” e “Serviços de Apoio Agropecuários”. Foi proposto para permitir o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos. O foco principal dessas Unidades Curriculares é desenvolver e controlar as atividades dos processos da agropecuária, utilizando corretamente máquinas, implementos e equipamentos, considerando as definições do planejamento da empresa rural, seus objetivos e recursos disponíveis, mantendo uma visão sistêmica e envolvendo aspectos operacionais e estratégicos.
Módulo Específico II – Planejamento da Produção e Desenvolvimento de Projeto
É composto de uma Unidade Curricular, a “Gestão da Empresa Rural e Desenvolvimento de Projetos”. Foi proposto para permitir o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos. O foco principal dessa Unidade Curricular é a realização do diagnóstico e do planejamento estratégico e operacional da empresa rural, assim como a elaboração de projetos agropecuários, considerando os objetivos da empresa.
Ao aluno que concluir com aprovação o Módulo Básico e o Módulo Específico I poderá ser conferido o Certificado de Qualificação Profissional Técnica de Nível Médio em Assistente de Produção Agropecuária, totalizando 1.030 horas.
Ao aluno que concluir com aprovação o Módulo Básico, os Módulos Específicos I e II, mais o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) será conferido o Diploma de Habilitação Profissional de Técnico em Agropecuária, totalizando 1.400 horas.
Embora esse curso seja modularizado, ele deve ser visto como um todo pelos docentes, especialmente no momento da realização do planejamento de ensino, de modo que sejam observados o foco de cada módulo e os objetivos das suas Unidades Curriculares, sem acarretar a fragmentação do currículo. Para tanto, sugere-se que o grupo de docentes e a supervisão pedagógica definam uma proposta didático-pedagógica que se constitua em fio condutor, perpassando cada um dos módulos.
Fonte: Getty Images.
O desenvolvimento do curso parte do princípio de que os processos de ensino e aprendizagem são dinâmicos, sujeitos às mudanças decorrentes de transformações que ocorrem segundo contextos socioculturais. Dessa forma, docentes e alunos devem atuar como parceiros.
Está na legislação
De acordo com a legislação vigente e com o parecer CNE/CEB nº 11/12, aprovado em 2012, não há dissociação entre teoria e prática. Dessa forma, a prática não se configura como situações ou momentos distintos do curso, mas como uma metodologia de ensino que contextualiza e põe em ação o aprendizado.
Nesse sentido, os conteúdos teóricos e práticos serão enfocados por meio de estratégias diversificadas que facilitem sua compreensão, possibilitando ao aluno perceber a aplicabilidade dos conceitos em situações reais, contextualizando os conhecimentos apreendidos. Além disso, as práticas pedagógicas devem partir do princípio de que esse processo é contínuo e, assim, está sujeito às mudanças decorrentes de transformações que ocorrem segundo contextos sociais e históricos em que tanto alunos quanto docentes estão inseridos.
g) Certificados e diplomas
Ao estudante que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares, inclusive o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e provar, mediante apresentação de certificado ou diploma, a conclusão do Ensino Médio, será conferido o diploma de Técnico em Agropecuária.
O diploma será registrado pela Unidade Escolar do Senar e terá validade nacional. O estudante que não comprovar a conclusão do Ensino Médio à época da conclusão dos Módulos Específicos e do TCC da Habilitação Profissional Técnica receberá um Certificado de Qualificação Profissional Técnica, estando a expedição do diploma condicionada à apresentação do documento comprobatório de conclusão de Ensino Médio em qualquer época.
Além disso, será conferida uma certificação intermediária ao estudante que concluir, nos termos do itinerário formativo do plano de curso, os módulos que contemplem saída intermediária.
11. Plano de Curso do Curso Técnico em Cafeicultura (Presencial)
Neste capítulo, vamos delinear os tópicos centrais do Curso Técnico em Cafeicultura, abordando seus aspectos objetivos, perfil profissional almejado, unidades de competência, trajetória formativa, organização curricular, abordagens metodológicas e as informações sobre certificação e diplomas.
Fonte: iStock.
Saiba mais aqui!
Informações adicionais sobre esse Curso Técnico podem ser consultadas no Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://etec.senar.org.br/.
A seguir, confira os principais dados de identificação do curso:
Dados de identificação do Curso Técnico em Cafeicultura |
Habilitação profissional: Técnico em Cafeicultura Cadeia produtiva: Rural Eixo tecnológico: Recursos naturais |
Nível de qualificação: 3 Tipo de oferta: Presencial (híbrido, com momentos presenciais e a distância) Modalidade: Subsequente |
Carga horária parcial: 1.340 h Carga horária do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): 120 h Carga horária total: 1.460 h |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
a) Objetivos
A formação técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.
Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica sua própria metodologia para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição de competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.
Fonte: Getty Images.
A seguir confira os objetivos da oferta do Curso Técnico em Cafeicultura:
Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural, em condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.
Atender as demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.
Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.
b) Perfil profissional de conclusão de curso
Ao completar a carga horária total de 1.460 horas o estudante finaliza o Curso Técnico em Cafeicultura e estará habilitado na seguinte competência profissional:
Habilitação
Planejar, executar e controlar os processos da cadeia produtiva da cafeicultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.
c) Unidades de competências profissionais
A competência geral apresentada anteriormente detalha as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.
Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou quatro unidades de competências. Confira a seguir:
Unidade de Competência (função) A
Planejar os processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio.
Unidade de Competência (função) B
Executar os processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio.
Unidade de Competência (função) C
Controlar os processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio.
Unidade de Competência (função) D
Participar no desenvolvimento e difusão tecnológica dos processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio.
Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais, com o itinerário formativo do Técnico em Cafeicultura.
d) Itinerário formativo
O itinerário do Curso Técnico em Cafeicultura está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.
Fonte: Curso Técnico em Cafeicultura (Senar, 2024).
e) Organização curricular
A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Cafeicultura é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.
Trata-se de uma decodificação das informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo pedagogicamente as competências profissionais em:
- capacidades básicas;
- capacidades técnicas;
- capacidade de gestão (sociais, organizativas e metodológicas); e
- conhecimentos.
O itinerário formativo desse curso técnico está estruturado em seis módulos, contendo um Módulo Básico, quatro Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que somados totalizam 1.460 horas.
O Módulo Básico contempla todas as competências e é composto das seguintes Unidades Curriculares:
- Ambientação em Educação a Distância;
- Informação;
- Comunicação;
- Matemática Básica e Financeira;
- Fundamentos do Agronegócio; e
- Noções Gerais de Economia.
Para um efetivo desenvolvimento das capacidades básicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos, esse módulo tem um total de 260 horas.
Já os Módulos Específicos são formados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e foram subdivididos em quatro, que receberam as seguintes denominações:
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
A seguir aprofunde seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:
Módulo Específico I – Planejamento da Produção Cafeeira
Contempla a Unidade de Competência A: Planejar os processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio do perfil profissional e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 300 horas. Esse módulo não confere certificação intermediária.
Módulo Específico II – Operação da Cadeia Produtiva do Café
Contempla a Unidade de Competência B: Promover ações de operação no conjunto da cadeia produtiva do café do Perfil Profissional e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 400 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente no Processo Produtivo do Café.
Módulo Específico III – Controle da Produção de Café
Contempla a Unidade de Competência C: Controlar os processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio do Perfil Profissional e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 200 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente de Mercado e Planejamento da Produção Cafeeira.
Módulo Específico III – Tecnologia e Inovação Cafeeira
Contempla a Unidade de Competência D: Participar no desenvolvimento e difusão tecnológica dos processos produtivos do café do Perfil Profissional e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 180 horas. Esse módulo não confere certificação intermediária.
Já o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) corresponde a uma carga horária de 120 horas e faz parte da organização curricular, como última etapa.
Módulos |
Denominação |
Unidades Curriculares |
Carga Horária |
Carga Horária |
BÁSICO Funções A, B, C |
Módulo Básico |
Ambientação em Educação à Distância |
30h |
260h |
Informação |
40h |
|||
Comunicação |
45h |
|||
Matemática Básica e Financeira |
45h |
|||
Fundamentos Gerais do Agronegócio |
70h |
|||
Noções Gerais de Economia |
30h |
|||
ESPECÍFICO I (Função A) |
Planejamento da Produção Cafeeira |
Planejamento do empreendimento cafeeiro |
100h |
300h |
Mercado de Café |
60h |
|||
Planejamento do Sistema Produtivo de Café |
80h |
|||
Planejamento de Controle do Empreendimento |
60h |
|||
ESPECÍFICO II (Função B) |
Operação da Cadeia Produtiva do Café |
Formação da Lavoura Cafeeira |
100h |
400h |
Manejo da Lavoura Cafeeira |
120h |
|||
Colheita, Pós-Colheita, Benefício e Armazenagem |
100h |
|||
Certificação, Rastreabilidade e Comercialização do Café |
80h |
|||
ESPECÍFICO III (Função C) |
Controle da Produção de Café |
Controle Administrativo e Financeiro do Empreendimento |
50h |
200h |
Gestão de Processos e Resultados na Produção do Café |
60h |
|||
Sistema de Certificação do Café |
40h |
|||
Assistência Técnica e Gerencial |
50h |
|||
ESPECÍFICO IV (Função D) |
Tecnologia e Inovação Cafeeira |
Assistência Técnica e Gerencial |
50h |
180h |
Tecnologia e Inovação na Cafeicultura |
80h |
|||
Transferência e Difusão de Tecnologias Cafeeiras |
60h |
|||
Associativismo e Cooperativismo |
40h |
|||
Subtotal |
1.340h |
|||
Módulo Trabalho de Conclusão de Curso |
120h |
|||
Carga Horária Total |
1.460h |
Fonte: Curso Técnico em Cafeicultura (Senar, 2024).
Saiba mais aqui!
Para consultar informações detalhadas sobre cada módulo e suas Unidades Curriculares, acesse o Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://etec.senar.org.br/.
f) Descrição do desenho curricular
Para cada Unidade Curricular, os conteúdos formativos são compostos de capacidades básicas, capacidades técnicas, capacidades de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos. Além disso, os ambientes pedagógicos são referenciados, para subsidiar o planejamento das práticas pedagógicas.
g) Desenvolvimento metodológico
A implantação desse curso técnico segue os princípios das diretrizes curriculares nacionais gerais para a Educação Profissional Técnica, do Ministério da Educação, além dos critérios estabelecidos pelas políticas regimentais da instituição de ensino e do mundo do trabalho rural.
Fonte: Cristóbal Fraga/Morya - Sistema CNA/Senar.
O Curso Técnico em Cafeicultura deverá propiciar o desenvolvimento das competências do perfil profissional definido pelo Comitê Técnico Nacional, tanto para o itinerário formativo do curso completo quanto para as saídas intermediárias de qualificação profissional técnica, contidas no perfil profissional e na organização curricular.
Além disso, o itinerário formativo desse curso contempla a integração do Módulo Básico, dos Módulos Específicos e do Módulo TCC, que compõem a organização curricular em eixo tecnológico e respectiva cadeia produtiva do setor rural, configurando a trajetória de estudo consistente e programada, a partir das competências profissionais definidas em cada etapa modular.
Fonte: Getty Images.
Compreende-se por competência profissional o que os profissionais devem ser capazes de fazer e desempenhar em uma determinada função. Por outro lado, quando o assunto é o processo formativo, a competência diz respeito a um conjunto interdisciplinar de saberes, capaz de mobilizar conhecimentos, atitudes e habilidades necessários para responder aos problemas da vida e aos desafios do mundo produtivo.
Na organização curricular dos módulos, destacam-se as competências de gestão que dizem respeito às capacidades socioemocionais, compreendidas como um conjunto de estratégias ou ações que potencializa não só o autoconhecimento humano, mas também a comunicação afetiva, a regulação emocional, a assertividade, o relacionamento interpessoal, a resolução de problemas, a resiliência e a habilidade organizacional.
Por fim, no itinerário formativo da Habilitação Profissional do Técnico de Nível Médio, atribui-se a etapa final ao Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que confere ao estudante o Diploma de Técnico em Cafeicultura.
Diante desse contexto, as Administrações Regionais devem atender as diretrizes educacionais referentes a essa habilitação técnica, no quesito TCC, dando destaque ao Conselho da Instituição/CNA, ao Conselho Estadual de Educação e ao Conselho de Classe Regional.
h) Certificados e diplomas
Ao estudante que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares, inclusive o Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e provar, mediante apresentação de certificado ou diploma, a conclusão do Ensino Médio, será conferido o diploma de Técnico em Cafeicultura.
O diploma será registrado pela Unidade Escolar do Senar e terá validade nacional. O estudante que não comprovar a conclusão do Ensino Médio à época da conclusão dos Módulos Específicos e do TCC da Habilitação Profissional Técnica receberá um Certificado de Qualificação Profissional Técnica, estando a expedição do diploma condicionada à apresentação do documento comprobatório de conclusão de Ensino Médio em qualquer época.
Além disso, será conferida duas certificações intermediárias ao estudante que concluir, nos termos do itinerário formativo do Plano de Curso, os módulos que contemplem saída intermediária. Assim, ao estudante que concluir os módulos Básico, Específico I e Específico II será conferido o certificado da Qualificação Profissional Técnica de Assistente no Processo Produtivo do Café, ao concluir os módulos Básico, Específico I, Específico II e Específico III será conferido o certificado da Qualificação Profissional Técnica de Assistente de Mercado e Planejamento da Produção Cafeeira.
12. Plano de curso do Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes (presencial)
Neste capítulo, vamos delinear os tópicos centrais do Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes, abordando seus aspectos objetivos, perfil profissional almejado, unidades de competência, trajetória formativa, organização curricular, abordagens metodológicas e as informações sobre certificação e diplomas.
Fonte: iStock.
Saiba mais aqui!
Informações adicionais sobre esse Curso de Especialização Técnica podem ser consultadas no Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://etec.senar.org.br/.
A seguir, confira os principais dados de identificação do curso:
Dados de identificação do Curso Técnico em Cafeicultura |
Habilitação profissional: Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes Cadeia produtiva: Rural Eixo tecnológico: Recursos naturais |
Tipo de oferta: Presencial Modalidade: Subsequente (é necessário ter o ensino técnico em nível médio completo em Agropecuária, Zootecnia ou superior completo em Medicina Veterinária, Zootecnia e Agronomia) |
Carga horária total: 360 h |
Fonte: Elaborado pelo autor (2024).
a) Objetivos
A especialização técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade formar profissionais capazes de realizar os processos produtivos, operacionais e administrativos de Sistemas de Produção de Animais Ruminantes, considerando a visão sistêmica da cadeia produtiva da carne como negócio sustentável.
Na realização dos cursos de especialização técnica, o Senar aplica sua própria metodologia para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição de competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.
Fonte: Wenderson Araújo – Sistema CNA/Senar.
A seguir confira os objetivos da oferta do Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes:
✔ Realizar os processos produtivos, operacionais e administrativos da Sistemas de Produção de Animais Ruminantes, considerando a visão sistêmica da cadeia produtiva da carne como negócio sustentável;
✔ Prestar assistência e consultoria técnica;
✔ Promover organização, extensão e capacitação rural;
✔ Fiscalizar produções agropecuárias;
✔ Administrar empresas rurais;
✔ Recomendar procedimentos de biosseguridade;
✔ Desenvolver tecnologias;
✔ Analisar, aplicar e gerenciar sistemas de produção de bovinos de corte;
✔ Dominar as tecnologias ligadas à nutrição, reprodução, genética e sanidade animal, visando aumentar a eficiência produtiva e econômica da atividade;
✔ Atuar com ética na produção animal, compromissado com o desenvolvimento regional sustentável;
✔ Comunicar-se;
✔ Demonstrar competências pessoais;
✔ Buscar resultados eficientes para uma produção segura e de qualidade.
b) Perfil profissional de conclusão de curso
Ao completar a carga horária total de 360 horas o estudante finaliza o Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes e estará habilitado na seguinte competência profissional:
Habilitação
Planejar, executar e controlar os processos da produção de animais com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável.
c) Unidades de competências profissionais
A competência geral apresentada anteriormente detalha as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.
Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências. Confira a seguir:
Unidade de Competência (função) A
Planejar os processos produtivos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o desenvolvimento da propriedade rural.
Unidade de Competência (função) B
Executar os processos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o desenvolvimento da propriedade rural.
Unidade de Competência (função) C
Controlar os processos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o desenvolvimento da propriedade rural.
Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais, com o itinerário formativo do Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes.
d) Itinerário formativo
O itinerário do Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, sem saídas intermediárias.
Fonte: Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes (Senar, 2024).
e) Organização curricular
A organização curricular da habilitação profissional da Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.
Trata-se de uma decodificação das informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo pedagogicamente as competências profissionais em:
- capacidades técnicas;
- capacidade de gestão (sociais, organizativas e metodológicas); e
- conhecimentos.
O itinerário formativo do curso de especialização está estruturado em: 03 (três) módulos específicos e o trabalho final. O curso tem uma carga horária total de 360 horas, ofertado na modalidade presencial.
Os Módulos Específicos são formados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e foram subdivididos em três, que receberam as seguintes denominações:
Fonte: Elaborado pelo autor (2024).
A seguir aprofunde seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:
Módulo Específico I – Produção
Neste módulo os estudantes desenvolvem as capacidades e os conhecimentos necessários para aplicar as boas práticas agropecuárias, contribuindo para que o incremento da produção de ruminantes ocorra de maneira cada vez mais sustentável, econômica, social e ambientalmente correta, num total de 212 horas.
Módulo Específico II – Mecanização
Neste módulo os estudantes desenvolvem as capacidades e os conhecimentos necessários para executar com excelência as atividades que envolvam: operação e manutenção de máquinas e implementos agrícolas, atendendo às necessidades de recuperação, formação e manutenção de pastagens, forrageiras e culturas, a fim de suprir as necessidades nutricionais da produção de ruminantes, num total de 48 horas.
Módulo Específico III – Gestão
No módulo final, os estudantes desenvolvem as capacidades e conhecimentos necessários para contribuir com a construção do planejamento da empresa rural, organização do uso dos recursos, monitoramento de processos e liderança de equipe. Estas unidades seguem a metodologia do SENAR: “aprender a fazer, fazendo”, ou seja, as aulas serão teóricas e práticas, num total de 80 horas.
Para a conclusão do curso há a produção de um Artigo obrigatório, proporcionando um desenvolvimento técnico voltado para a produção ruminantes, considerando as definições do planejamento da empresa rural, seus objetivos e recursos disponíveis, mantendo uma visão sistêmica envolvendo aspectos operacionais e estratégicos.
MÓDULO: PRODUÇÃO ANIMAL |
|
UNIDADE CURRICULAR |
CARGA HORÁRIA TOTAL |
Sistemas de produção de animais ruminantes |
20 |
Manejo geral dos animais |
28 |
Manejo alimentar dos animais |
24 |
Manejo sanitário dos animais |
24 |
Manejo reprodutivo dos animais |
28 |
Instalações rurais |
20 |
Legislação e meio ambiente |
16 |
Principais espécies de forrageiras e conservação das forragens |
24 |
Degradação, renovação e recuperação de pastagens |
28 |
Pastejo Rotacionado |
20 |
232 |
MÓDULO: MECANIZAÇÃO |
|
UNIDADE CURRICULAR |
CARGA HORÁRIA TOTAL |
Manutenção de tratores agrícolas |
24 |
Operação de tratores agrícolas |
24 |
48 |
MÓDULO: GESTÃO DA PRODUÇÃO |
|
UNIDADE CURRICULAR |
CARGA HORÁRIA TOTAL |
Gestão de pessoas na pecuária |
20 |
Empresa e a atividade |
60 |
80 |
Fonte: Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes (Senar, 2024).
Saiba mais aqui!
Para consultar informações detalhadas sobre cada módulo e suas Unidades Curriculares, acesse o Plano de Curso completo, disponível no endereço eletrônico http://etec.senar.org.br/.
f) Descrição do desenho curricular
Para cada Unidade Curricular, os conteúdos formativos são compostos de capacidades técnicas, capacidades de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos. Além disso, os ambientes pedagógicos são referenciados, para subsidiar o planejamento das práticas pedagógicas.
g) Desenvolvimento metodológico
A implantação desse curso especialização técnica segue os princípios das diretrizes curriculares nacionais gerais para a Educação Profissional Técnica, do Ministério da Educação, além dos critérios estabelecidos pelas políticas regimentais da instituição de ensino e do mundo do trabalho rural.
Fonte: Getty Images.
O Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes deverá propiciar o desenvolvimento das competências do perfil profissional definido pelo Comitê Técnico Nacional contidas no perfil profissional e na organização curricular.
Além disso, o itinerário formativo desse curso contempla a integração dos Módulos Específicos que compõem a organização curricular em eixo tecnológico e respectiva cadeia produtiva do setor rural, configurando a trajetória de estudo consistente e programada, a partir das competências profissionais definidas em cada etapa modular.
Fonte: iStock.
Compreende-se por competência profissional o que os profissionais devem ser capazes de fazer e desempenhar em uma determinada função. Por outro lado, quando o assunto é o processo formativo, a competência diz respeito a um conjunto interdisciplinar de saberes, capaz de mobilizar conhecimentos, atitudes e habilidades necessários para responder aos problemas da vida e aos desafios do mundo produtivo.
Na organização curricular dos módulos, destacam-se as competências de gestão que dizem respeito às capacidades socioemocionais, compreendidas como um conjunto de estratégias ou ações que potencializa não só o autoconhecimento humano, mas também a comunicação afetiva, a regulação emocional, a assertividade, o relacionamento interpessoal, a resolução de problemas, a resiliência e a habilidade organizacional.
Por fim, no itinerário formativo da Habilitação Profissional da Especialização Técnica de Nível Médio, atribui-se a etapa final ao Artigo Final Obrigatório, que confere ao estudante o Diploma de Especialista em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes.
h) Certificados e diplomas
Ao estudante que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares, inclusive realizar a entrega do Artigo Científico ou do Relatório Técnico, e provar, mediante apresentação de certificado ou diploma, a conclusão de curso técnico em nível médio completo em Agropecuária, Zootecnia ou superior completo em Medicina Veterinária, Zootecnia e Agronomia, será conferido o diploma de Especialista em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes.
O diploma será registrado pela Unidade Escolar do Senar e terá validade nacional. Este curso não apresenta certificações intermediárias.
Encerramento
Neste volume, apresentamos uma visão abrangente da formação profissionalizante oferecida pelo Senar. Exploramos como essa abordagem se alinha ao Plano Pedagógico Institucional e à formação por competência, que é um paradigma educacional que diverge significativamente dos métodos tradicionais de ensino, por meio de itinerários formativos.
Além disso, examinamos detalhadamente a estrutura do Plano Pedagógico Institucional do Senar e compreendemos sua importância para a definição da metodologia dos cursos, dos materiais didáticos, dos cursos oferecidos e das vagas disponíveis.
Em seguida, conhecemos a identificação institucional que permite uma visão completa do Senar como organização, a partir de princípios, missão, principais produtos e serviços, programas em parceria com o Governo Federal, infraestrutura e localização, responsabilidade social, capacidade técnica e perfil do público-alvo.
Também tivemos a oportunidade de compreender todos os fatores que integram o projeto institucional do Senar, desde a justificativa até sua metodologia e seus objetivos.
Ao reconhecer a atuação do Comitê Técnico Nacional na construção dos cursos, vimos quais são as atividades desempenhadas por esse grupo e compreendemos sua importância.
Por fim, analisamos detalhadamente os cursos técnicos oferecidos pelo Senar, abordando seus aspectos objetivos, perfil profissional, unidades de competência, trajetória formativa, organização curricular, abordagens metodológicas e as informações sobre certificação e diplomas.
Esperamos que essa leitura tenha impactado positivamente sua atuação profissional!
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