Apresentação

Como este volume foi organizado?

Um compêndio é uma coleção concisa de informações sobre um assunto ou uma temática. É estruturado de maneira a facilitar a consulta rápida e o acesso a informações sobre um tema. Pode ser usado como um recurso de referência para obter uma visão geral ou um entendimento mais aprofundado sobre um tópico específico.

Para compilar, estruturar e selecionar os conteúdos presentes neste volume, recorremos aos quatro volumes da Série Metodológica do Senar, revisados entre os anos de 2020 e 2022. Adicionalmente, pesquisamos informações no website do Senar e em documentos oficiais relacionados aos cursos técnicos profissionalizantes.

Receba nossas boas-vindas ao volume A Formação técnica profissionalizante do Senar do compêndio da Formação Técnica Profissionalizante do Senar. Este volume oferece uma rica exploração da formação técnica do Senar, com informações que abrangem vários aspectos essenciais para a oferta desta modalidade educativa pelo Senar.

Iniciamos com um aprofundamento na história da formação técnica profissionalizante. Esta seção traça um panorama completo da evolução da educação técnica, com foco no ano de 2012.

Avançamos para a explanação do conceito de formação profissionalizante adotado pelo Senar, uma concepção única que incorpora várias nuances. Esta seção vai além da simples definição ao explorar como essa abordagem se alinha à formação por competências, às considerações sobre o aprendizado do adulto e à necessidade de produzir profissionais com o perfil adequado para atender às demandas do setor rural.

Uma das principais características deste volume é a análise completa da estrutura e da rede de ensino do Senar. Aqui, detalhamos a organização do Senar, que permite a coordenação e a oferta de cursos técnicos e de especialização técnica em todo o país, com foco nos Centros de Excelência e nos polos de ensino presenciais, que atuam como pilares fundamentais dessa estrutura.

Em seguida, este volume apresenta uma visão detalhada das modalidades de formação técnica que o Senar oferece. Esta parte é uma investigação intensiva, que ilustra as características distintas das modalidades presencial e à distância e demonstra como elas se complementam para atender, de forma abrangente, às necessidades do meio rural.

Fonte: Getty Images.

Fornecemos também um panorama abrangente da educação profissional técnica de nível médio oferecida pelo Senar, desde as principais áreas de atuação até as especificidades de cada curso. Aqui, exploramos a gama completa de cursos disponíveis e oferecemos uma visão clara de como esses programas são direcionados para atender a uma diversidade de necessidades do setor rural.

O volume também destaca os componentes dos cursos e apresenta todos os elementos essenciais, inclusive os polos/unidades de ensino presenciais, os cursos, as unidades curriculares, as avaliações e os recursos didáticos.

Finalizamos com uma discussão sobre as concepções pedagógicas e metodológicas adotadas pelo Senar. Este último segmento aborda os princípios pedagógicos do Senar e ilustra a importância da aprendizagem por meio de itinerários formativos, competências e habilidades.

Esperamos que você encontre neste segundo volume um recurso valioso que aprimore sua compreensão da Formação Técnica Profissionalizante do Senar e ajude a promover uma educação rural mais robusta e direcionada para o futuro.

1. História da formação técnica profissionalizante

O Senar é uma instituição relativamente recente, se comparada a outros serviços de aprendizagem, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), criados na década de 1940. Instituído pela Lei n.º 8.315/91, regulamentada pelo Decreto no 566/92, o Senar tem características semelhantes às demais instituições do chamado Sistema S, mas identidade própria e singular, finalidades claramente definidas e autonomia para conduzir estudos e estabelecer prioridades quanto às ações de Formação Profissional Rural (FPR), Promoção Social (PS) e Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).

Prédio da Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil – CNA.

Fonte: Wenderson Araújo/Trilux – Sistema CNA/SENAR.

O Senar é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos, constituída sob a forma de serviço social autônomo. A principal fonte de custeio para as ações é a contribuição incidente sobre a receita proveniente da comercialização da produção rural. Vinculado à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Senar é mantido pela classe patronal.

Embora adote uma atuação descentralizada, por meio das Administrações Regionais – e, com isso, respeite a autonomia das regionais e as peculiaridades locais –, o Senar preconiza uma unidade em sua ação educacional por entender que isso garante ações de Formação Profissional Rural e atividades de Promoção Social mais uniformes e consistentes no âmbito nacional, além de fortalecer a identidade institucional.

O Senar conduz o trabalho de acordo com parâmetros de nível nacional, internacional e institucional. Clique nos botões de “+” a seguir para saber mais sobre cada um deles.

Nacional: a legislação educacional, do âmbito do Ministério da Educação (MEC), e a legislação que rege a aprendizagem, do âmbito do Ministério da Economia, que embasam a estruturação de cursos da chamada educação formal, ou seja, regulamentados por lei em termos de carga horária e currículo mínimo estabelecidos.

Internacional: as recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Centro Interamericano para o Desenvolvimento do Conhecimento na Formação Profissional (Cinterfor).

Institucional: o Regimento do Senar, as normas internas e as orientações metodológicas da Administração Central, os planos estratégicos – nacional e regionais – e as demandas de Formação Profissional Rural (FPR) e de Promoção Social (PS) do setor econômico do agronegócio.

1.1 Vertentes de atuação

O Senar atua em Formação Profissional Rural FPR, Assistência Técnica e Gerencial e Promoção Social (PS). Cada uma dessas vertentes de atuação institucional tem identidade, finalidade ou propósito próprio, se complementam-se e se inter-relacionam no âmbito da formação integral do ser humano. Buscam melhores condições de vida em sociedade em termos não apenas econômicos, mas também de crescimento pessoal e coletivo. Nesse sentido, a missão do Senar é:

Realizar ações educacionais de formação profissional rural, assistência técnica e promoção social, contribuindo para o desenvolvimento do produtor e do trabalhador rural brasileiro com foco na produção sustentável, na inovação e na valorização das pessoas do campo.

Assim, o Senar estabeleceu princípios e diretrizes para cada uma das vertentes de atuação. Neste compêndio e neste volume, vamos tratar exclusivamente da educação formal profissionalizante de nível técnico.

1.1.1 Formação Profissional Rural (FPR)

Trata-se de um processo educativo, sistematizado, que se integra aos diferentes níveis e às modalidades da educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, com o objetivo de desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes para a vida produtiva e social, e atender às necessidades de efetiva qualificação para o trabalho com perspectiva de elevação da condição socioprofissional das pessoas.

Fonte: Wenderson Araújo/Trilux – Sistema CNA/SENAR.

De acordo com a metodologia educacional do Senar, a FPR deve vislumbrar o aumento da renda do trabalhador, da capacidade de autogestão no trabalho, da autonomia, da proatividade e da empregabilidade, além de promover o aumento da qualidade de produtos, processos e da produtividade do setor, de acordo com os princípios de sustentabilidade (ambiental, social e econômica).

No decorrer da sua trajetória, o Senar implementou a FPR por meio de educação exclusivamente presencial, mas adotou, também, alternativas diferenciadas de desenvolvimento:

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

1.2 Princípios e diretrizes da formação técnica profissionalizante

O desenvolvimento das ofertas de Formação Profissional Rural é orientado por princípios e diretrizes que têm como horizonte a legislação da educação profissional, do mundo do trabalho e da cidadania. A seguir, veremos quais são os princípios da formação técnica e profissionalizante.

1.2.1 Princípios da formação técnica profissionalizante

a) Foco na aprendizagem autônoma

A formação técnica profissionalizante deve fomentar a aprendizagem autônoma e fornecer ao estudante recursos e ferramentas para desenvolver habilidades de gestão do próprio aprendizado. Essa abordagem incentiva o estudante a definir seus objetivos, acessar recursos de maneira independente e avaliar seu progresso.

Isso engloba o desenvolvimento de habilidades de metacognição, a consciência de como o indivíduo aprende e a capacidade de ajustar estratégias de aprendizado ao longo dos cursos. No entanto, ainda que se valorize a independência do estudante, o suporte de tutores/instrutores, monitores e equipes técnicas permanece crucial, uma vez que são responsáveis por oferecer orientações e feedbacks presenciais no polo ou a distância.

b) Democratização do acesso

Visa a uma abordagem inclusiva no ensino. Com a oferta de cursos da educação profissional técnica de nível médio, espera-se que todos, independentemente de status socioeconômico, gênero, raça, religião ou convicção política, tenham a oportunidade de participar e se beneficiar dos cursos.

Isso se reflete na eliminação de barreiras que possam impedir o acesso e na criação de um ambiente de aprendizagem acolhedor e acessível. A democratização do acesso busca garantir que a educação técnica profissionalizante seja um direito alcançável para todos para, assim, promover igualdade e justiça social.

c) Acesso a recursos tecnológicos

Em um mundo cada vez mais digital, é vital que o acesso à tecnologia não seja uma barreira para a aprendizagem. Esse princípio busca garantir que os estudantes tenham acesso às ferramentas e aos recursos tecnológicos necessários, independentemente da sua localização ou condição socioeconômica.

Por meio de dispositivos adequados, conexões de internet estáveis ou plataformas de aprendizagem acessíveis, o objetivo é permitir que todos possam participar plenamente dos cursos ofertados, sem impedimentos tecnológicos. Isso reflete um compromisso com a igualdade e a inclusão na era digital.

d) Atualização contínua do conteúdo e avaliações

Este princípio destaca a necessidade de os cursos se adaptarem às transformações do mundo moderno. Não se trata apenas de renovar o conteúdo, mas de revisar as avaliações a fim de que correspondam ao currículo atualizado.

A sincronização entre conteúdo e avaliações garante que os estudantes cursem unidades curriculares atualizadas e relevantes e que o aprendizado seja significativo e aplicável. Esse princípio reflete a compreensão de que a educação é um campo dinâmico, e a capacidade de responder às mudanças é vital para manter a qualidade e a relevância dos cursos.

e) Estímulo à interação e ao engajamento

Este princípio enfatiza a importância das conexões humanas no processo de aprendizagem nos cursos. Ao incentivar interações significativas entre estudantes, tutores/instrutores e recursos didáticos, a experiência educacional se torna mais envolvente e eficaz. A interação não se restringe a conversas entre estudantes e tutores; inclui como o estudante se envolve com todos os recursos didáticos do curso, as avaliações e as aulas presenciais e a distância.

Esta abordagem responsabiliza educadores e estudantes por criarem um ambiente de aprendizagem colaborativo e dinâmico, que transcenda as barreiras físicas e estimule o pensamento crítico e a participação ativa.

f) Suporte e feedback constantes

Destaca a necessidade de um sistema de apoio contínuo para estudantes e tutores/instrutores. Isso significa que os estudantes devem receber orientação regular, não apenas em relação ao conteúdo do curso, mas quanto ao seu desenvolvimento e progresso.

O feedback constante permite aos estudantes compreenderem suas áreas de força e os pontos que precisam ser aprimorados. Este princípio reconhece que a aprendizagem é um processo dinâmico, em que o suporte contínuo é essencial para ajudar os estudantes a alcançarem seus objetivos.

O feedback constante cria um ambiente de aprendizagem mais personalizado e responsivo, no qual os estudantes se sentem apoiados e motivados a prosperar. Nesse mesmo sentido, os tutores/instrutores devem receber apoio e acompanhamento constante das equipes técnicas da Administração Central e das Administrações Regionais.

g) Formação integral do estudante

Este princípio destaca a importância de uma abordagem holística no ensino, que abranja não apenas o desenvolvimento de habilidades técnicas, mas aspectos sociais e emocionais. A ênfase em soft skills, como comunicação e trabalho em equipe, é fundamental, pois complementa as competências técnicas.

Além disso, a inclusão de uma carga horária significativa dedicada a atividades práticas reforça o entendimento e a aplicação dos conhecimentos e contribui para o alcance das competências estabelecidas no projeto de cada curso. Essa abordagem integrada ajuda a formar estudantes mais completos e preparados para os desafios do mundo contemporâneo.

h) Modelo de ensino híbrido

Este princípio ressalta a combinação de métodos presenciais e a distância nos cursos. Essa combinação ocorre tanto em cursos ofertados na modalidade a distância quanto em cursos ofertados na modalidade presencial, quando adotam metodologia híbrida.

Essa abordagem busca maximizar o desenvolvimento de habilidades práticas aplicáveis no setor rural. Com parte da carga horária presencial, os estudantes têm a oportunidade de praticar e aplicar conceitos em um ambiente controlado, sob a orientação direta de um tutor/instrutor presencial. A carga horária a distância, por sua vez, permite flexibilidade e acesso a uma vasta gama de recursos. Juntas, essas estratégias educacionais se complementam e oferecem uma educação sólida e alinhada com as necessidades e os desafios específicos do setor rural.

Está na legislação

É importante salientar que os cursos de formação técnica profissionalizante estão alinhados à legislação educacional, que regulamenta tal nível e modalidades de ensino.

i) Atendimento à legislação

A formação técnica profissionalizante do Senar oferta cursos de nível médio, todos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). A legislação educacional, no âmbito do MEC, embasa a estruturação de cursos da chamada educação formal, ou seja, regulamentados por lei em termos de carga horária e currículo mínimo estabelecidos.

O MEC estabelece que a habilitação profissional técnica de nível médio permite o exercício de uma função reconhecida pelo mercado de trabalho, com base em conhecimentos e competências profissionais fundamentados em ciência e tecnologia.

Para direcionar e orientar a oferta de cursos técnicos no Brasil, o MEC disponibiliza o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), que estabelece as diretrizes e os referenciais curriculares para cada curso ofertado, como as competências a serem desenvolvidas, carga horária mínima, sugestões de itinerário formativo, infraestrutura mínima, entre outros aspectos.

Neste sentido, e guiados pelas diretrizes curriculares nacionais específicas para a educação técnica de nível médio, todos os cursos do Senar e-Tec consideram esses fatores, desde o planejamento da organização curricular, desenvolvimento de materiais didáticos, até a operacionalização das aulas, sejam nos cursos EaD ou Presenciais.

j) Formação inicial e continuada de profissionais que atuam nos cursos técnicos

Este princípio enfatiza a formação inicial e continuada dos profissionais envolvidos nos cursos técnicos profissionalizantes. A ênfase na educação contínua assegura que todos estejam sempre atualizados com as melhores práticas e tendências em suas áreas.

k) Responsabilidade compartilhada entre a Administração Central e as Administrações Regionais

O último princípio refere-se à responsabilidade compartilhada entre a Administração Central e as Administrações Regionais na oferta dos cursos. Este modelo de colaboração assegura que as etapas presenciais e a distância ocorram de forma alinhada e conforme o planejado, garantindo uma abordagem unificada, promovendo consistência e qualidade em todos os níveis.

A cooperação entre as diferentes administrações ajuda na implementação eficiente dos programas de ensino e permite uma coordenação mais estreita e efetiva. Além disso, fortalece a integração das políticas educacionais e a coesão na entrega dos cursos, o que resulta em uma experiência educacional mais uniforme e de alta qualidade para os estudantes, refletindo o compromisso do Senar com a excelência educacional.

1.2.2 Diretrizes da formação técnica profissionalizante

A seguir, veremos quais são as diretrizes da formação técnica e profissionalizante.

a) Projetos de cursos em sintonia com as necessidades do setor rural

Os projetos dos cursos técnicos do Senar têm o compromisso de estar em sintonia com as necessidades do setor rural no Brasil. Isso significa que a formação não se baseia apenas em conhecimentos teóricos, mas se alinha às técnicas e às práticas inovadoras relevantes no campo.

Fonte: Wenderson Araújo - Sistema CNA/Senar.

Ao focar nas demandas específicas do setor rural, os cursos garantem que os estudantes estejam preparados para enfrentar os desafios reais do trabalho agrícola, com habilidades que vão além de conteúdos teóricos. Essa abordagem direcionada contribui para o desenvolvimento do setor e potencializa a produtividade e a inovação do setor rural do Brasil.

b) Implementação de plataformas tecnológicas adequadas

A implementação de plataformas tecnológicas adequadas é vital para o sucesso dos cursos que adotam o ensino híbrido, seja na modalidade a distância ou presencial. Essas plataformas devem ser robustas e acessíveis a fim de garantir uma experiência de aprendizado eficaz e interativa. Isso envolve a disponibilidade de conteúdo de alta qualidade e de ferramentas que permitam comunicação clara e colaboração entre estudantes e tutores/instrutores.

Fonte: Getty Images.

As plataformas devem ser intuitivas, para que os estudantes de todos os níveis de habilidade tecnológica possam participar plenamente. Além disso, devem ser constantemente atualizadas e adaptadas para refletir as melhores práticas e inovações no campo da educação on-line a fim de garantir que o aprendizado seja envolvente e alinhado às necessidades do setor rural.

c) Desenvolvimento de conteúdo interativo

O desenvolvimento de conteúdo interativo nos cursos técnicos e de especialização técnica do Senar é crucial para uma aprendizagem eficaz. Isso significa criar materiais que informem e envolvam o estudante em um processo ativo de aprendizagem. Essa abordagem estimula o pensamento crítico, favorece a aplicação prática de conceitos e ajuda na retenção do conhecimento.

A interatividade também facilita a personalização do aprendizado, pois permite que os estudantes explorem os tópicos de acordo com suas necessidades e interesses, o que torna a educação mais adaptável e relevante para o setor rural.

d) Formação continuada dos tutores/instrutores

A formação continuada dos tutores/instrutores presenciais e a distância é essencial para manter a qualidade e a eficácia dos cursos técnicos do Senar. Com a evolução constante das ferramentas e das metodologias de ensino on-line, é vital que esses profissionais dominem as técnicas mais eficientes para envolver os estudantes virtual e presencialmente, sobretudo nos momentos de visitas de campo.

Isso pode incluir treinamento em facilitação on-line, uso de tecnologia educacional e estratégias para promover interatividade e engajamento. Esse investimento contínuo garante que os tutores estejam aptos a proporcionar uma experiência de aprendizagem enriquecedora, alinhada às necessidades e aos desafios do setor rural.

e) Suporte técnico disponível ao longo da jornada do estudante

O suporte técnico ao longo da jornada do estudante é crucial para garantir uma experiência de aprendizagem contínua e sem interrupções. Desde o momento da inscrição até a conclusão do curso, os estudantes podem encontrar diversos desafios tecnológicos ou metodológicos.

Ter um suporte técnico prontamente disponível significa que essas questões podem ser resolvidas rapidamente, a fim de minimizar qualquer impacto negativo na aprendizagem ou mesmo a evasão. Esse suporte não só ajuda a superar obstáculos técnicos, mas fortalecer a confiança do estudante no processo e demonstrar comprometimento em oferecer um ambiente completo e acessível.

Fonte: Getty Images.

f) Avaliação regular do desempenho do estudante

A avaliação regular do desempenho do estudante é fundamental para monitorar o progresso e garantir a eficácia da aprendizagem. Por meio de avaliações formativas, tanto teóricas quanto práticas, os tutores/instrutores podem identificar os pontos fortes e as áreas que precisam de melhoria.

Essas avaliações não são apenas uma medida do que o estudante aprendeu, mas uma oportunidade de realimentação, que orienta o ensino e a aprendizagem subsequentes. Ao alinhar as avaliações e os objetivos do curso, elas se tornam ferramentas poderosas para guiar o estudante em sua trajetória de aprendizagem, incentivar a reflexão, a autoavaliação e o desenvolvimento contínuo.

Fonte: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar.

g) Adaptação à realidade local

A adaptação à realidade local é crucial na oferta dos cursos, pois considera as características únicas dos estudantes e suas comunidades. Ao adaptar os cursos às condições locais, inclusive fatores culturais, sociais e econômicos, a aprendizagem torna-se mais relevante e acessível.

Fonte: Getty Images.

A colaboração entre a Administração Regional e os tutores/instrutores presenciais no planejamento da parte presencial de cada curso, módulo e Unidade Curricular permite uma abordagem mais personalizada, responder às necessidades específicas da comunidade rural onde vivem e trabalham e tornar a educação mais significativa e eficaz.

h) Atualização constante dos cursos

A atualização constante dos cursos é vital na era da rápida transformação tecnológica e mercadológica. Os cursos da Educação Profissional Técnica de Nível Médio devem refletir as mudanças e as tendências mais recentes a fim de garantir que os estudantes estejam preparados para o mundo do trabalho atual.

Isso envolve não apenas a incorporação de conteúdos atualizados, mas a implementação de inovações tecnológicas em todas as etapas, desde o processo de captação e de retenção até as formas de interação entre estudantes e tutores/instrutores.

Fonte: Getty Images.

i) Certificação intermediária e final dos cursos

A certificação dos cursos é um aspecto fundamental e obrigatório, quando todos os requisitos são cumpridos pelos estudantes. A certificação intermediária e final não é apenas um reconhecimento do esforço e da dedicação do estudante, mas uma ferramenta vital no mundo profissional, uma vez que fornece prova tangível de qualificação em uma área específica.

j) Pesquisa de estudantes egressos

A pesquisa junto aos estudantes egressos é vital para aprimorar e ajustar os cursos continuamente. Esse feedback direto permite que a Administração Central e as Administrações Regionais entendam como a formação é aplicada na realidade do setor rural e avaliem sua efetividade.

Ao conhecer a realidade do estudante após a conclusão do curso, é possível identificar lacunas, forças e áreas que podem ser melhoradas. Essa análise orienta a atualização e a qualificação dos cursos existentes e pode revelar novas oportunidades de formação.

Essa pesquisa fortalece a conexão entre a educação e a aplicação prática, garantindo que os cursos se mantenham relevantes, alinhados com as necessidades do setor e contribuam para o desenvolvimento contínuo dos estudantes ao longo de suas vidas profissionais.

1.3 História da oferta de cursos técnicos profissionalizantes

No ano de 2011, o governo federal sancionou a Lei n.º 12.513, que criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) com o objetivo de ampliar a oferta de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) mediante ações, projetos e programas específicos.

Entre as novas providências expressas na referida lei, destaca-se o art. 20, no qual os serviços nacionais de aprendizagem passam a integrar o sistema federal de ensino, com autonomia de atuação para criar e ofertar cursos e programas de educação profissional e tecnológica.

Essa medida acontece no instante em que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar amplia seu escopo de atuação para oferta de formação profissional técnica de nível médio (formação técnica), conforme seu compromisso estratégico e a perspectiva de preparar o trabalhador rural para enfrentar os desafios do setor agropecuário brasileiro (Resolução n.º 034/12/CD).

Fonte: Tony Oliveira – Sistema CNA/Senar.

Dessa forma, o Senar propõe oferecer cursos técnicos de nível médio com o objetivo de atender à demanda de formação profissional rural qualificada, mediante o desenvolvimento de competências, habilidades, conhecimentos teóricos e práticos nas atividades produtivas do campo, com o diferencial de desempenho educacional, a capilaridade e a experiência de formação inicial e continuada no atendimento à população rural.

Fonte: Getty Images.

Nesse sentido, amparada no dispositivo legal, a Secretaria-Executiva do Senar submeteu à apreciação da Comissão Temática do Conselho Deliberativo a proposta de regulamento para a criação e a oferta de cursos e programa de educação técnica e tecnológica, que, mediante Parecer n.º 010/2012, considerou a iniciativa relevante e a encaminhou para deliberação do Conselho.

Em 15 de março de 2012, o Conselho Deliberativo aprovou a proposta, por meio da Resolução n.º 034/12/CD. Esse ato regimental estabeleceu, a partir daquela ocasião, as diretrizes, as normas e os procedimentos que orientam a oferta e a criação de cursos e programas de educação técnica e tecnológica, pelas Unidades de Ensino do Senar, para que sejam coerentes, organizadas e alinhadas às demandas e às tendências do setor produtivo a fim de buscar a formação e a qualificação profissional com elevação de escolaridade para jovens e trabalhadores do setor rural.

A proposta de implantação da Rede e-Tec Senar se fundamenta na utilização da metodologia de educação a distância como mecanismo gerador de mais oportunidades de acesso à educação qualificada ao homem do campo. A modalidade de educação a distância tem como atributo a flexibilidade no processo de ensino-aprendizagem. O aluno pode organizar seu horário de estudo, sem prejuízo às demais atividades que já desempenha.

Fonte: Getty Images.

O Senar identificou no projeto da Rede e-Tec Brasil, vinculado ao Pronatec, a possibilidade de ampliar a oferta de oportunidades de estudos para a população do campo e, por isso, formalizou a adesão em janeiro de 2014.

A Rede e-Tec Brasil foi criada pelo Ministério da Educação (MEC) em 2007 como uma ação estratégica para a democratização, a expansão e a interiorização da oferta de cursos técnicos e profissionais de nível médio no país por meio da modalidade a distância.

Está na legislação

A Rede e-Tec foi estabelecida a partir da criação do Decreto n.º 6.301, de 12 de dezembro de 2007. A mesma segue os parâmetros estabelecidos na Resolução CNE/CP Nº 1, de 5 de janeiro 2021, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional e tecnológica.

O programa permitiu, a partir de 2011, que instituições de ensino técnico e profissionalizante, como o Senar, fornecessem seus programas de formação para estudantes em todo o Brasil e, assim, ampliou o acesso à educação de qualidade, especialmente nas regiões mais afastadas e rurais do país.

Fonte: Wenderson Araújo/Trilux – Sistema CNA/SENAR.

Na direção da expansão dos seus serviços de educação profissional e tecnológica ao homem do campo, cumpre destacar, ainda, a adesão, desde 2012, e a participação crescente do Senar junto ao Pronatec e Emprego do MEC, do qual a Rede e-Tec Brasil fez parte até 2018. A partir de 2018, o Senar passou a planejar e ofertar cursos técnicos profissionalizantes com recursos próprios.

Em 2014, o Senar aderiu a essa iniciativa, o que marcou um importante avanço em sua missão de promover a educação profissional e a formação técnica no meio rural. A adesão à Rede e-Tec permitiu ao Senar expandir seu alcance e oferecer cursos técnicos de nível médio a distância para pessoas em regiões rurais que talvez não tivessem acesso a esse tipo de educação. O curso Técnico em Agronegócio contou com 954 estudantes matriculados, teve 18 polos/unidades presenciais ativos e sete Regionais aderiram ao projeto naquela ocasião.

A adesão ao Rede e-Tec é um exemplo de como o Senar tem se adaptado e evoluído para atender às necessidades de uma indústria rural em constante mudança e garantir que as pessoas em áreas rurais tenham acesso à educação profissional de qualidade, bem como de observância à legislação nacional e às resoluções internas para a oferta dos cursos técnicos profissionalizantes.

Clique nas setas coloridas a seguir para conhecer um pouco do histórico dessa base regulatória.

Base Regulatória do Senar

Fonte: Senar 2023.

No Brasil, a formação técnica de nível médio é dividida em três tipos principais: integrado, concomitante e subsequente. Essas modalidades dependem do estágio de formação do estudante, da escolha da instituição e da infraestrutura disponível. Clique nos títulos para conhecê-los.

Curso técnico integrado ao médio

Nesta modalidade, o estudante cursa o ensino médio junto à formação técnica em uma mesma instituição de ensino. A ideia é integrar a formação geral e a técnica desde o início, geralmente para estudantes que concluíram o ensino fundamental.

Curso técnico concomitante ao médio

Aqui, o estudante faz o curso técnico e o ensino médio simultaneamente, mas em instituições de ensino diferentes. Por exemplo, o estudante pode cursar o ensino médio em uma escola regular e, ao mesmo tempo, o técnico em outra instituição.

Curso técnico subsequente ao médio

Esta modalidade é para aqueles que já concluíram o ensino médio e querem ter formação técnica. Os cursos técnicos subsequentes, normalmente, têm duração de um a dois anos e meio. Esta foi a escolha do Senar para a oferta dos cursos técnicos.

Cursos superiores de tecnologia

Além disso, no nível pós-médio, temos, também, os cursos superiores de tecnologia. São cursos de graduação com duração mais curta (geralmente de 2 a 3 anos) e foco em áreas tecnológicas específicas. Esses cursos podem ser encontrados na Faculdade CNA.

Cursos de qualificação profissional

Por fim, existem os cursos de qualificação profissional, de curta duração e voltados para o desenvolvimento de competências profissionais específicas, sem a necessidade de o aluno ter o ensino médio completo. Não são de nível técnico, mas parte importante da formação profissional.

1.3.1 Cursos técnicos profissionalizantes ofertados pelo Senar

Desde 2014, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural oferece cursos técnicos profissionalizantes voltados especificamente para quem já concluiu o ensino médio, seguindo o modelo de ensino subsequente, como visto acima.

A modalidade de ensino subsequente permite aos estudantes adquirir novas habilidades e competências após o término do ensino médio e preparar-se para os desafios e as oportunidades do setor rural.

Os cursos do Senar são oferecidos no modelo híbrido, combinação de ensino presencial e a distância. No entanto, é importante salientar que, para o MEC, há somente duas modalidades: presencial e a distância, e o Senar oferta cursos em ambas. Na abordagem híbrida, a parte dos estudos realizada a distância proporciona flexibilidade para os estudantes, pois lhes permite ajustar o aprendizado de acordo com suas necessidades e situações individuais. A seguir, acompanhe algumas das vantagens do modelo híbrido.

Os encontros presenciais proporcionam a oportunidade de interagir diretamente com tutores e colegas, participar de atividades práticas e ter acesso a recursos de aprendizagem que podem não estar disponíveis no ambiente a distância.

O componente a distância permite que os estudantes estudem no conforto de suas casas e no seu próprio ritmo, além de desenvolverem habilidades autônomas de aprendizado que serão valiosas em toda sua vida.

Vale ressaltar que a oferta desses cursos técnicos profissionalizantes é responsabilidade compartilhada entre a Administração Central do Senar e suas Administrações Regionais. Clique nos títulos a seguir para conhecer mais sobre as responsabilidades de cada uma.

Administração Central

A Administração Central estabelece as diretrizes e os padrões gerais para os cursos, além de ser responsável pela oferta da parte a distância.

Administrações Regionais

As Administrações Regionais, por sua vez, são responsáveis pela implementação desses cursos em nível local, ou seja, da etapa presencial, e de levar em conta as características e as necessidades específicas de suas respectivas regiões.

Esta estrutura permite ao Senar combinar uma abordagem consistente e unificada com a capacidade de responder efetivamente às diversas condições e às demandas nacionais e regionais.

A seguir, apresentamos uma visão condensada dos cursos, inclusive as informações mais relevantes de cada um. Ao avançarmos neste capítulo, vamos aprofundar nossas discussões sobre cada curso individualmente. Clique nos ícones a seguir para ter um panorama de cada curso.

Eixo tecnológico (Setec/MEC): Recursos naturais

Nome do curso: Curso Técnico de Nível Médio em Agronegócio

Habilitação profissional: Técnico em Agronegócio

Nível de ensino: Técnico de nível médio

Modalidade de ensino: Ensino a distância (80% on-line e 20% presencial)

Forma de oferta: Subsequente

Carga horária total: 1.200 horas

Duração do curso: 2 anos

Início da oferta: 2014

Eixo tecnológico (Setec/MEC): Recursos naturais

Nome do Curso: Curso Técnico de Nível Médio em Fruticultura

Habilitação profissional: Técnico em Fruticultura

Nível de ensino: Técnico de nível médio

Modalidade de ensino: Ensino a distância (70% on-line e 30% presencial) e Ensino Presencial

Forma de oferta: Subsequente

Carga horária total: 1.350 horas

Duração do curso: 2,5 anos

Início da oferta: 2018 (Presencial) e 2021 (EaD)

Eixo tecnológico (Setec/MEC): Recursos naturais

Nome do curso: Curso Técnico de Nível Médio em Zootecnia

Habilitação profissional: Técnico em Zootecnia

Nível de ensino: Técnico de nível médio

Modalidade de ensino: Ensino a distância (60% on-line e 40% presencial)

Forma de oferta: Subsequente

Carga horária total: 1.200 horas

Duração do curso: 2 anos

Início da oferta: 2022

Eixo tecnológico (Setec/MEC): Recursos naturais

Nome do curso: Curso Técnico de Nível Médio em Florestas

Habilitação profissional: Técnico em Florestas

Nível de ensino: Técnico de nível médio

Modalidade de Ensino: Ensino a distância (70% on-line e 30% presencial) e Ensino Presencial

Forma de Oferta: Subsequente (é necessário ter o ensino médio completo)

Carga Horária Total: 1.200 horas (modalidade EaD) e 1300 horas (modalidade Presencial)

Duração do Curso: 2 anos

Início da oferta: 2014 (Presencial) e 2023 (EaD)

Eixo tecnológico (Setec/MEC): Recursos naturais

Nome do curso: Curso Técnico de Nível Médio em Agropecuária

Habilitação profissional: Técnico em Agropecuária

Nível de ensino: Técnico de nível médio

Modalidade de ensino: Presencial

Forma de oferta: Subsequente (é necessário ter o ensino médio completo)

Carga horária total: 1.400 horas

Duração do curso: 2 anos

Início da oferta: 2018

Eixo tecnológico (Setec/MEC): Recursos naturais

Nome do curso: Curso Técnico de Nível Médio em Agricultura

Habilitação profissional: Técnico em Agricultura

Nível de ensino: Técnico de nível médio

Modalidade de ensino: Ensino a distância (70% on-line e 30% presencial)

Forma de oferta: Subsequente

Carga horária total: 1.210 horas

Duração do curso: 2 anos

Início da oferta: 2024

Eixo tecnológico (Setec/MEC): Recursos naturais

Nome do curso: Curso Técnico de Nível Médio em Cafeicultura

Habilitação profissional: Técnico em Cafeicultura

Nível de ensino: Técnico de nível médio

Modalidade de ensino: Ensino Presencial (80% presencial e 20% on-line)

Forma de oferta: Subsequente

Carga horária total: 1.460 horas

Duração do curso: 2,5 anos

Início da oferta: 2024

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

1.3.2 Perspectiva de novos cursos

As perspectivas para novos cursos dependem das necessidades do mercado de trabalho, das demandas da sociedade, das tendências tecnológicas e da articulação e do planejamento conjunto da Administração Central e das Administrações Regionais do Senar.

No que diz respeito à perspectiva de novos cursos no Senar para o setor rural nos próximos anos, algumas áreas se destacam como promissoras. Clique nos botões de “+” para conferir.

Tecnologia agrícola: com o avanço da agricultura de precisão e da digitalização no setor rural, podemos esperar novos cursos focados em tecnologias agrícolas, como drones para monitoramento de plantações, automação de maquinário, gestão de dados agropecuários, entre outros.

Sustentabilidade e meio ambiente: há uma crescente conscientização sobre a necessidade de práticas agrícolas sustentáveis. Portanto, o Senar pode introduzir novos cursos focados em agricultura orgânica, manejo sustentável de recursos naturais, conservação do solo e da água, entre outros.

Economia rural: com o aumento do empreendedorismo rural e da diversificação na economia do campo, podemos ver novos cursos voltados para a gestão de negócios rurais, agronegócios, marketing e vendas de produtos rurais, entre outros.

Saúde animal e segurança alimentar: dada a importância da saúde animal e da segurança alimentar para o setor agropecuário, o Senar pode oferecer novos cursos nessas áreas.

Desenvolvimento rural e social: o Senar também pode expandir seus cursos na área de desenvolvimento rural e social, inclusive temas como educação rural, liderança comunitária e inclusão digital.

Vale lembrar que essas são apenas possibilidades com base em tendências e demandas atuais e futuras previstas para o setor rural. A oferta de novos cursos depende de muitos fatores, inclusive estratégias específicas do Senar, entidades parceiras e necessidades identificadas em suas interações com o setor rural e as Administrações Regionais.

2. Conceito de formação profissionalizante para o Senar

A FPR é um processo educativo, sistematizado, que se integra aos diferentes níveis e modalidades da educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. Seu objetivo é desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes para a vida produtiva e social e atender às necessidades de efetiva qualificação para o trabalho com perspectiva de elevação da condição socioprofissional do indivíduo.

Fonte: Getty Images.

A formação profissionalizante é um pilar fundamental da estratégia educacional do Senar. Este conceito se refere à educação orientada para o desenvolvimento de habilidades específicas, competências e conhecimentos técnicos necessários para uma carreira profissional. Ao contrário da educação acadêmica tradicional, que tende a ter uma abordagem mais teórica e generalista, a formação profissionalizante é altamente prática e focada na preparação direta dos estudantes para o mercado de trabalho.

Importante

No Senar, o objetivo principal da formação profissionalizante é responder diretamente à demanda nacional por profissionais qualificados no setor rural. Isso significa que os cursos e os programas oferecidos pelo Senar são projetados para subsidiar os estudantes com conhecimentos, habilidades e competências necessários para contribuir efetivamente para uma variedade de carreiras no setor rural.

Ao preparar os estudantes para uma gama tão diversa de carreiras, o Senar desempenha um papel crucial na promoção do desenvolvimento sustentável do setor rural brasileiro. A formação de profissionais qualificados e capazes não apenas melhora a eficiência e a produtividade das operações rurais, mas contribui para a utilização de práticas mais sustentáveis, que respeitam o meio ambiente e promovem o bem-estar social.

Está na legislação

No âmbito da formação profissionalizante, o Senar usa um modelo educacional baseado na legislação brasileira, em particular a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei n.º 9.394/96). A LDB estabelece as diretrizes e as normas para a educação nacional, inclusive a educação profissional.

Além disso, o Senar opera de acordo com algumas normas que tratam sobre a oferta de cursos técnicos, profissionalizantes, presenciais e a distância.

Decreto n.º 5.154

O Senar também rege seus cursos por meio do Decreto n.º 5.154, de 23 de junho de 2004, e do Decreto n.º 8.268, de 18 de junho de 2014, que regulamentam a oferta de cursos técnicos profissionalizantes no país.

Resolução CNE/CP Nº 1, de 5 de janeiro 2021

A metodologia de formação profissionalizante do Senar está em conformidade com os parâmetros estabelecidos na Resolução CNE/CP Nº 1, de 5 de janeiro 2021, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional e tecnológica.

Decreto n.º 9.057

O Senar opera em conformidade com o Decreto n.º 9.057, de 25 de maio de 2017, que regulamenta e define as normas e as diretrizes para a oferta de programas de educação a distância (EAD). Ele regulamenta o artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que trata sobre a educação a distância.

A formação por competência, uma abordagem educacional que prioriza o desenvolvimento da capacidade dos estudantes de aplicar seus conhecimentos em situações de trabalho reais, é um elemento-chave dos cursos do Senar. Essa metodologia está alinhada à Resolução n.º 06/2012 do Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno (CNE/CP), que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio.

Assim, ao seguir todas essas regulamentações e diretrizes, o Senar compromete-se a oferecer uma formação profissionalizante de alta qualidade e preparar seus estudantes para contribuir efetivamente para o setor rural.

Fonte: Senar (2023).

O Senar valoriza e reconhece a singularidade do estudante adulto no processo de aprendizagem. Esse reconhecimento se baseia no princípio da Andragogia, a ciência que trata do aprendizado da pessoa adulta, diferentemente da Pedagogia, voltada ao ensino de crianças e jovens.

Um dos princípios-chave da Andragogia é que os adultos trazem consigo uma riqueza de experiências prévias que podem ser usadas como valiosos recursos de aprendizado. Isso significa que, ao contrário de abordagens mais tradicionais, que veem o aprendizado como um processo unidirecional, o Senar vê o aprendizado como um diálogo constante entre o estudante e o professor.

Fonte: Senar (2023).

Nesse sentido, as experiências de vida dos estudantes são vistas como pontos de partida para novos aprendizados e a sala de aula, um espaço onde essas experiências podem ser compartilhadas, discutidas e analisadas.

Aprofundando no tema

De acordo com Soek e Haracemiv (2021), Knowles, em 1970, trouxe à tona as ideias de Linderman e introduziu, em 1973, o termo andragogia (do grego: andros = adulto e gogos = educar), como “a arte e a ciência de ajudar adultos a aprender”.

As autoras afirmam que, de acordo com Lindeman (1926), a educação de adultos se estrutura em quatro grandes princípios:

1

Formação

A formação é um processo vital, e não apenas um treinamento para a vida.

2

Instrução

A instrução para os indivíduos mais velhos se fundamenta em conceitos que ultrapassam o âmbito puramente profissional.

3

Cenários da vida real

Ao invés de focar em tópicos ou materiais didáticos específicos, a abordagem para a educação de adultos deve considerar os cenários da vida real; e

4

Vivências

O elemento mais valioso na educação de adultos são as vivências adquiridas ao longo da vida.

Por fim, os adultos geralmente precisam ver a aplicabilidade imediata do que aprendem. Querem saber como o que estão aprendendo vai ajudá-los em suas carreiras e vidas pessoais. Para atender a essa necessidade, o Senar se esforça para tornar suas aulas práticas e voltadas à realidade do campo e garantir que os estudantes possam ver como suas novas habilidades e novos conhecimentos podem ser aplicados no dia a dia.

Finalmente, o Senar reconhece que sua missão de formação profissionalizante é parte integrante de um objetivo maior, que é contribuir para a prosperidade e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

Ao formar profissionais competentes e bem-preparados, a instituição desempenha um papel vital na promoção da inovação, da eficiência e da sustentabilidade no setor rural. Assim, o Senar busca não apenas preparar indivíduos para carreiras de sucesso, mas ajudar a moldar o futuro do setor rural no Brasil.

Fonte: Getty Images.

O conceito de formação profissionalizante do Senar é um compromisso multifacetado com a excelência educacional, o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes e a sustentabilidade e a prosperidade do setor rural.

3. Administração Central e Administrações Regionais

3.1 Infraestrutura e localização das Administrações Regionais do Senar

O Senar é composto por uma Administração Central, com sede em Brasília, e por 27 Administrações Regionais, sediadas em cada estado e no Distrito Federal.

A Administração Central assegura suporte administrativo, metodológico e jurídico, além de ser responsável pela interface com os órgãos federais, as instituições nacionais e internacionais ligadas à educação e ao trabalho. Irradia experiências exitosas para as Administrações Regionais, que oferecem ao público do Senar, em todo o país, ações de Formação Profissional Rural, atividades de Promoção Social e ações de Assistência Técnica e Gerencial.

Áreas de atuação do Senar

Fonte: Adaptado de Senar 2020.

Cada Administração Regional do Senar disponibiliza ao seu público uma oferta educativa variada, específica e definida no Planejamento Anual de Trabalho (PAT), desenvolvido a partir das necessidades identificadas por FPR, PS e ATeG.

Para viabilizar a execução dos eventos associados acima, as Administrações Regionais estabelecem parcerias com entidades; sindicatos rurais; associações de produtores; entidades de classe organizadas; Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia; órgãos de assistência técnica e outros que as auxiliem a alcançar a clientela de modo abrangente e efetivo no maior número possível de municípios do país.

Essas entidades, por seu poder de atuação como lideranças locais e junto a seus associados, em geral, atingem a capilaridade almejada pela instituição e contribuem para o levantamento das necessidades locais de capacitação profissional, promoção social, mobilização e composição das turmas.

As Administrações Regionais também desenvolvem e promovem cursos, treinamentos, seminários etc., que contribuem com ações e atividades regulares da Responsabilidade Social do Senar.

Fonte: Senar (2023).

No seu constante trabalho de mobilização para a educação, o Senar desenvolveu uma ampla rede de trabalho que compreende tanto sua estrutura interna de superintendentes, gerentes, supervisores e equipes técnicas das Administrações Regionais como parceiros externos, especialmente os sindicatos rurais, mobilizadores e instrutores.

3.1.1 Agentes no processo de ensino e aprendizagem na Administração Central

No tocante às atribuições da Administração Central do Senar, com a implantação do Departamento de Inovação e Conhecimento, coube a esse setor a gestão da Educação Formal. Dentre suas atribuições, destacam-se algumas atividades. Clique no título a seguir para conferi-las.

Atividades
  • elaboração do modelo e da metodologia de EaD para cursos técnicos de nível médio híbridos, presenciais e a distância;
  • coordenação e elaboração dos modelos orientadores dos projetos pedagógicos e planos de curso;
  • gestão do portfólio de cursos;
  • avaliação, supervisão e habilitação de polos/unidades de ensino presenciais;
  • produção de conteúdo e desenvolvimento dos materiais didáticos;
  • seleção dos professores conteudistas;
  • desenvolvimento dos recursos instrucionais dos cursos;
  • capacitação contínua de pessoal (acadêmico e de gestão); e
  • desenvolvimento de processo seletivo de alunos.

3.1.2 Agentes no processo de ensino e aprendizagem na Administração Regional

Cada Administração Regional conta com uma equipe técnica qualificada e experiente, formada por pedagogos, licenciados e profissionais da educação em geral, responsáveis pelo planejamento e pela execução dos diversos projetos de educação e promoção social desenvolvidos pelo Senar para a população do meio rural.

3.1.3 Infraestrutura física e tecnológica

Com o objetivo de viabilizar o projeto de educação formal, e oportunizar o acesso à educação profissional de qualidade por parte das comunidades rurais do interior do país, o Senar empreende esforços no sentido de formar sua própria rede de ensino, de alcance nacional, composta por Centros de Excelências e polos de ensino.

A finalidade é compor uma rede de ensino de abrangência nacional, presente em todos os estados brasileiros, preferencialmente em áreas rurais e cidades do interior, por intermédio da qual seja ofertado o portfólio completo de educação profissional, desde a formação inicial continuada, o ensino técnico de nível médio e o ensino superior.

a) Os polos presenciais

O polo de apoio presencial para cursos técnicos e tecnológicos a distância do Senar são unidades de apoio à execução das atividades acadêmicas e administrativas de programas e cursos oferecidos na modalidade a distância, sobretudo aqueles oferecidos pela Rede e-Tec Brasil.

Os polos são dotados de infraestrutura física, tecnológica e de pessoal, bem como de mobiliário e equipamentos adequados, inclusive requisitos de acessibilidade, de modo a assegurar a correta condução das aulas e avaliações presenciais, presentes nos cursos a distância.

Fonte: Senar (2023).

Clique nos ícones para conhecer o que o projeto dos polos compreende:

Infraestrutura física

Acessibilidade

Infraestrutura tecnológica e lógica

Pessoas

O quadro abaixo apresenta os ambientes físicos e as respectivas especificações gerais dos polos de apoio presencial para EaD do Senar:

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

Além disso, é importante atender às legislações e às normas vigentes, principalmente quanto a acessibilidade (Lei n.º 13.146, de 06 de julho de 2015), boa iluminação, acústica, ventilação, segurança, comodidade e conservação nas instalações do polo.

Que tal conhecer mais detalhes sobre a escolha da localização dos polos e a composição da rede Senar? Clique nos títulos a seguir.

Aspectos considerados para a localização geográfica dos polos de apoio presencial
  • vocação agropecuária do município e microrregião;
  • densidade demográfica do município/região;
  • existência de sindicatos rurais próximos ao polo; e
  • número de formandos e egressos do ensino médio.
Composição da rede de polos do Senar
  • espaços próprios ou alugados pela AR;
  • sindicatos rurais;
  • escolas públicas e/ou privadas;
  • cooperativas e empresas do setor agropecuário;
  • polos da Universidade Aberta do Brasil – UAB; e
  • universidades públicas e privadas.

b) Os Centros de Excelência

Os Centros de Excelência do Senar são unidades de ensino, em âmbito nacional, vocacionadas ou especializadas nas principais cadeias produtivas do agronegócio, com sede nos estados produtores.

Ademais, estes espaços funcionam também como polos de apoio presencial para cursos técnicos e superiores à distância.

Os Centros de Excelência têm infraestruturas modernas, e o projeto arquitetônico foi elaborado de forma padronizada, com implantação de um conjunto edificado em blocos modulares, independentes e harmônicos entre si, o que permite amplas possibilidades de locação, e que levam em consideração as premissas de acessibilidade.

Seus projetos executivos foram elaborados para atender à grande diversidade ambiental, geográfica e climática do país, de modo a garantir a sustentabilidade ambiental, por meio do uso de recursos renováveis e econômicos, como: implantação de energias alternativas, bem como o sistema de reúso de água.

Os Centros de Excelência do Senar disseminam conhecimento, inovação e incentivam a pesquisa e o empreendedorismo. Os alunos têm acesso às boas práticas de produção e gestão e adquirem competências para atender ao elevado nível de sofisticação dos processos produtivos que, hoje, exigem profissionais cada vez mais preparados, inovadores, criativos e competentes, capazes de transferir e aplicar, no campo todo, o conhecimento adquirido em aulas práticas e teóricas, e atuar em todo o Brasil.

Atualmente, o Senar conta com três unidades de ensino em operação e outras três em implantação, conforme descrito a seguir.

Total de Centros de Excelência em operação

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

Total de Centros de Excelência em implantação

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

4. Formação técnica presencial e a distância

O Senar, ao reconhecer as diversas demandas e necessidades do setor rural, oferece formação técnica de nível médio em duas modalidades: presencial e a distância, com a prevalência do ensino híbrido.

A formação técnica do Senar proporciona um ambiente de aprendizagem dinâmico e interativo, em que a prática e a experiência direta são centrais para o processo educacional. Esse modelo permite um engajamento direto entre os estudantes e os instrutores e cria um ambiente de aprendizagem colaborativo onde os estudantes podem fazer perguntas e receber feedback imediato e personalizado.

Nas aulas presenciais, os estudantes são expostos a uma variedade de atividades práticas. Isso pode incluir a manipulação de ferramentas e equipamentos agrícolas, condução de experimentos em laboratórios ou campos agrícolas, e execução de procedimentos técnicos relacionados a diversos aspectos do setor rural, como agricultura, pecuária, gestão de recursos naturais, entre outros.

Fonte: Getty Images.

Essas atividades práticas, executadas sob a supervisão direta de tutores/instrutores e técnicos de laboratórios, permitem que os estudantes apliquem o conhecimento teórico que adquiriram em situações reais e relevantes e, assim, podem aumentar sua compreensão e, consequentemente, o alcance das habilidades e das competências estabelecidas no planejamento da respectiva Unidade Curricular.

As aulas e avaliações presenciais presentes nos cursos fomentam o desenvolvimento de habilidades sociais e de trabalho em equipe. Ao interagir face a face com instrutores e colegas de classe, os estudantes têm a oportunidade de aprender a se comunicar de forma eficaz, resolver conflitos, cooperar uns com os outros para alcançar objetivos comuns e lidar com diferentes personalidades e pontos de vista.

Fonte: Getty Images.

Essas habilidades são inestimáveis no ambiente de trabalho e contribuem para a formação de profissionais capazes de executar tarefas técnicas, trabalhar em equipe, liderar e se adaptar a um ambiente de trabalho em constante mudança.

Fonte: Getty Images.

A etapa a distância, presente nos cursos da educação profissional técnica de nível médio oferecidos pelo Senar, constitui uma abordagem de aprendizagem inovadora e flexível, especialmente concebida para se ajustar às diversas necessidades e às circunstâncias dos estudantes do setor rural. Para a oferta de aulas e avaliações nesse formato, há o uso de uma combinação de tecnologias educacionais para oferecer uma experiência de aprendizagem completa e envolvente, mesmo a distância.

Os componentes on-line incluem uma variedade de recursos didáticos, como vídeos, podcasts, leituras digitais, recursos multimídia interativos, exercícios, avaliações e fóruns de discussão.

O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), plataforma que comporta os recursos citados, bem como ferramentas para comunicação, pode ser acessado pelos estudantes quando e onde quiserem. Isso oferece aos estudantes a flexibilidade para aprender no seu próprio ritmo e programar seu estudo de acordo com suas rotinas pessoais e profissionais, de acordo com o cronograma de cada Unidade Curricular. Além disso, nos momentos on-line, os estudantes recebem o acompanhamento e a mediação de tutores/instrutores e monitores.

O Senar também se destaca pela sua equipe multidisciplinar, responsável pela organização e oferta dos cursos. Essa equipe inclui especialistas em conteúdo, designers instrucionais, monitores e tutores/instrutores, que trabalham juntos para criar materiais de aprendizagem de alta qualidade, gerir a plataforma de aprendizagem e apoiar os estudantes durante seu percurso educativo.

Assim, os momentos presenciais e a distância nos cursos híbridos não são opostos, mas complementares. Cada uma tem suas próprias vantagens e desvantagens e, juntos, oferecem uma formação técnica completa e robusta, que atende às diferentes necessidades e às circunstâncias dos estudantes do meio rural. O Senar está comprometido em aproveitar o melhor do ensino híbrido, tanto na modalidade presencial quanto na modalidade a distância, para oferecer uma educação de alta qualidade, que prepare os estudantes para as demandas do setor rural brasileiro.

5. Cursos ofertados

Atualmente, o Senar oferece cinco cursos técnicos profissionalizantes na modalidade à distância, além de quatro cursos presenciais e uma especialização técnica. Para cada um desses cursos, existe um documento denominado Plano de Curso, elaborado para orientar estudantes, tutores e equipes técnicas sobre as especificidades do curso.

Esses Planos de Curso são organizados de acordo com os elementos que vamos ver neste capítulo. Embora façamos uma síntese dos principais elementos aqui, é crucial que você explore o documento completo, disponível no Volume Portfólio dos cursos técnicos profissionalizantes.

O Plano de Curso é composto pelos itens a seguir. Clique nos títulos para saber mais sobre cada um deles.

Justificativa

É a seção que explica a razão pela qual o curso é oferecido.

Objetivos

Lista os objetivos de aprendizagem que se espera que os estudantes alcancem ao fim do curso.

Requisitos de acesso

Indica as qualificações ou os pré-requisitos necessários para um estudante se inscrever no curso.

Perfil profissional de conclusão de curso

Descreve as competências e as habilidades que o estudante deverá ter adquirido ao concluir o curso, bem como o tipo de ocupações e funções que poderá desempenhar no mercado de trabalho.

Unidades de competências profissionais

Delimita as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.

Mapeamento de competências profissionais

Detalha as competências a serem adquiridas, de acordo com as unidades de competências profissionais elencadas no item acima.

Itinerário formativo

Esquema detalhado do progresso esperado do estudante ao longo do curso, o que inclui módulos e unidades curriculares a serem concluídos e a sequência recomendada.

Organização curricular

Fornece uma visão geral do conteúdo do curso, inclusive os principais tópicos a serem abordados, a carga horária dedicada a cada módulo etc.

Desenho curricular

Ilustra a estrutura e a sequência dos módulos.

Descrição do desenho curricular

Fornece detalhes adicionais sobre o currículo, com base no desenho curricular, como módulos, unidades curriculares, competências, conhecimentos a serem aprendidos, conteúdos, ambientes pedagógicos, bibliografias etc.

Desenvolvimento metodológico

Descreve de que forma o curso foi organizado no que diz respeito aos itinerários formativos, módulos e unidades curriculares.

Módulo trabalho de conclusão de curso (TCC)

Detalha as expectativas e requisitos para o TCC.

Critérios e procedimentos de avaliação

Define como os estudantes serão avaliados durante o curso, inclusive a natureza das avaliações, os critérios etc.

Critérios de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores

Indica como a experiência e o aprendizado prévios do estudante podem ser reconhecidos e creditados no curso.

Perfil do tutor e do técnico

Descreve as qualificações e as competências necessárias para os tutores que farão a mediação na parte presencial e a distância.

Certificados e diplomas

Específica a certificação final e as certificações intermediárias.

Controle de revisões

Registra as revisões ou atualizações feitas no plano de curso, inclusive a data da revisão e a natureza da alteração.

Agora, vamos prosseguir com a apresentação das informações principais acerca dos cursos. Todos os detalhes foram extraídos dos respectivos planos de curso.

5.1 Curso técnico em Agronegócio

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

a) Objetivos

A formação técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.

Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica metodologia própria para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição das competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.

Clique nos botões de “+” a seguir para visualizar os objetivos do Curso Técnico em Agronegócio.

Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural e oferecer condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.

Atender às demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.

Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.

b) Perfil profissional de conclusão de curso

Ao completar a carga horária total de 1.200 horas, o estudante finaliza o Curso Técnico em Agronegócio e estará habilitado na seguinte competência profissional: executar ações de gestão, de operação e de supervisão no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), dadas as normas legais, as tecnologias, os princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação.

c) Unidades de competências profissionais

A competência geral, apresentada no item anterior, explicita as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.

Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências, conforme descritas abaixo. Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais; e, por último, o itinerário formativo do Técnico em Agronegócio EaD.

Coordenar ações de gestão no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), dadas as normas legais, as tecnologias, os princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação.

Promover ações de operação no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), dadas as normas legais, as tecnologias, os princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação.

Supervisionar o conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), dadas as normas legais, as tecnologias, os princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação.

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

d) Itinerário formativo

O itinerário do Curso Técnico em Agronegócio está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao matricular-se na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.

Itinerários formativos.

Fonte: Plano de curso. Curso Técnico de Agronegócio (2021).

e) Organização curricular

A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Agronegócio é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.

Trata-se da decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos.

O itinerário formativo do curso técnico está estruturado em cinco módulos: um Módulo Básico, três Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso, que, somados, totalizam 1.200 horas.

O Módulo Básico contempla todas as unidades de competências e é integrado por Unidades Curriculares (Ambientação em Educação a Distância; Informação; Comunicação; Matemática Básica e Financeira; Fundamentos do Agronegócio; Noções Gerais de Economia) para desenvolvimento das capacidades básicas, capacidades de gestão e conhecimentos, com um total de 260 horas.

Os Módulos Específicos são formados por unidades curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas). Foram subdivididos em três e receberam as seguintes denominações:

  • Módulo Específico I – Operação das Cadeias Produtivas do Agronegócio;
  • Módulo Específico II – Gestão do Agronegócio; e
  • Módulo Específico III – Supervisão das Cadeias Produtivas do Agronegócio.

Clique nos títulos para conhecê-los.

Módulo Específico I – Operação das Cadeias Produtivas do Agronegócio

Contempla a Unidade de Competência B do Perfil Profissional, responsável por promover ações de operação no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), dadas as normas legais, tecnologias, os princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação; é constituído de unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos e totaliza 340 horas. Este módulo tem saída intermediária e confere ao estudante o certificado de Assistente de Gestão em Agronegócio.

Módulo Específico II – Gestão do Agronegócio

Contempla a Unidade de Competência A do Perfil Profissional: coordenar ações de gestão no conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), dadas as normas legais, as tecnologias, os princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação. É integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos, num total de 300 horas. Este módulo tem saída intermediária e confere ao estudante o certificado de Assistente de Supervisão em Agronegócio.

Módulo Específico III – Supervisão das Cadeias Produtivas do Agronegócio

Contempla a Unidade de Competência C do Perfil Profissional, cuja função é: supervisionar o conjunto da cadeia produtiva do agronegócio (produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços), dadas as normas legais, as tecnologias, os princípios de sustentabilidade, de qualidade e de inovação. É composto de unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos, num total de 180 horas. Este módulo não confere certificação intermediária.

Módulo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

Corresponde a uma carga horária de 120 horas e faz parte da organização curricular como última etapa.

A carga horária do Curso Técnico em Agronegócio totaliza 1.200 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

5.2 Curso Técnico em Florestas

O Curso Técnico em Florestas é oferecido nas modalidades presencial e a distância, sendo apresentados em separado a seguir.

5.2.1 Curso Técnico em Florestas EaD

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

a) Objetivos

A formação técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.

Na realização das ofertas dos cursos técnicos, o Senar aplica metodologia própria para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição das competências, dos conhecimentos e das habilidades indispensáveis ao exercício profissional.

Clique nos botões de “+” a seguir para visualizar os objetivos da oferta do Curso Técnico em Florestas.

Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural, em condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.

Atender às demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.

Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.

b) Perfil profissional de conclusão de curso

Ao integralizar a carga horária total de 1.200 horas, o estudante que finalizar o curso Técnico em Florestas estará habilitado na seguinte competência profissional: participar do planejamento, executar e controlar os processos de produção florestal, dada a legislação técnica, de segurança do trabalho, de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos.

c) Unidades de competências profissionais

A competência geral, apresentada no item anterior, explicita as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.

Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências descritas abaixo. Na sequência, é apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais e, por último, o itinerário formativo do Técnico em Florestas.

Participar do planejamento dos processos e das atividades florestais, dada a legislação técnica, de segurança do trabalho, de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos.

Executar os processos e as atividades florestais, dada a legislação técnica, de segurança do trabalho, de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos.

Controlar os processos e atividades florestais, dada a legislação técnica, de segurança do trabalho, de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos.

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

d) Itinerário formativo

O itinerário do curso Técnico em Florestas está organizado para permitir que o estudante o frequente de forma integral e matricule-se na habilitação profissional e na qualificação profissional de nível técnico que integra essa habilitação.

Itinerários formativos.

Fonte: Plano de curso. Curso Técnico em Florestas (2022).

e) Organização curricular

A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Florestas é a concepção do curso que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional. Nessa estrutura, a organização curricular é voltada para a oferta de EaD, com momentos presenciais de práticas e avaliações de ensino, conforme orienta a legislação vigente.

Trata-se da decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos.

O itinerário formativo do curso técnico está estruturado em cinco módulos: um Módulo Básico, três Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), com total de 1.200 horas.

O Módulo Básico contempla todas as unidades de competências e é integrado por Unidades Curriculares (Ambientação em Educação a Distância; Informação; Comunicação; Matemática Básica e Financeira; Fundamentos do Agronegócio; Noções Gerais de Economia) para desenvolvimento das capacidades básicas, capacidades de gestão e conhecimentos, com total de 260 horas.

Os Módulos Específicos são integrados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas), assim denominados:

  • Módulo Específico I – Produção Florestal;
  • Módulo Específico II – Controle Florestal; e
  • Módulo Específico III – Planejamento Florestal.

Clique nos títulos para conhecê-los.

Módulo Específico I – Produção Florestal

Contempla a unidade de competência (função) B: executar os processos e as atividades florestais dada a legislação técnica, de segurança do trabalho, de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos do perfil profissional. É integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e dos conhecimentos do módulo, com um total de 380 horas. Este módulo tem saída intermediária e confere ao estudante o certificado de Assistente de Produção Florestal.

Módulo Específico II – Controle Florestal

Contempla a unidade de competência (função) C: controlar os processos e as atividades florestais dada a legislação técnica, de segurança do trabalho, de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos do perfil profissional. É integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e dos conhecimentos do módulo, com um total de 260 horas. Esse módulo tem saída intermediária e confere ao estudante o certificado de Assistente de Controle de Produção Florestal.

Módulo específico III – Planejamento Florestal

Contempla a unidade de competência (função) A: participar do planejamento dos processos e atividades florestais dada a legislação técnica, de segurança do trabalho, de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos do perfil profissional. É integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e dos conhecimentos do módulo, com um total de 200 horas. Este módulo não confere certificação intermediária.

Módulo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

O módulo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) corresponde a uma carga horária de 100 horas e faz parte da organização curricular como última etapa.

A carga horária do curso completo totaliza 1.200 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

5.2.2 Curso Técnico em Florestas presencial

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

a) Objetivos

A formação técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.

Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica metodologia própria para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição das competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.

Veja a seguir quais são os objetivos do Curso Técnico em Florestas na modalidade presencial.

Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural e oferecer condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.

Atender às demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.

Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.

b) Perfil profissional de conclusão de curso

Ao completar a carga horária total de 1.300 horas, o estudante finaliza o Curso Técnico em Florestas e estará habilitado na seguinte competência profissional: participar do planejamento, executar e controlar os processos de produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos.

c) Unidades de competências profissionais

A competência geral, apresentada no item anterior, explicita as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.

Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou quatro unidades de competências, conforme descritas abaixo. Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais; e, por último, o itinerário formativo do Técnico em Florestas Presencial.

Participar do planejamento dos processos da produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social.

Executar os processos da produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social.

Executar os processos florestais, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social.

Controlar os processos da mecanização e produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social.

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

d) Itinerário formativo

O itinerário do Curso Técnico em Florestas na modalidade presencial está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao se matricular na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.

Itinerários formativos.

Fonte: Plano de curso. Curso Técnico em Florestas (2022).

e) Organização curricular

A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Florestas na modalidade presencial é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.

Trata-se da decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos.

O itinerário formativo do Curso Técnico em Florestas presencial está estruturado em seis módulos: um Módulo Básico, quatro Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), totalizando 1.300 horas.

O Módulo Básico referente às capacidades básicas, de gestão e os conhecimentos, sem terminalidade ocupacional e um pré-requisito para os Módulos Específicos, é composto de duas Unidades Curriculares, totalizando 260 horas.

Já os Módulos Específicos são formados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e foram subdivididos em quatro, que receberam as seguintes denominações:

  • Módulo Específico I - Produção Florestal
  • Módulo Específico II - Controle Florestal
  • Módulo Específico III - Mecanização Florestal
  • Módulo Específico IV - Planejamento Florestal

Acompanhe, a seguir, as características de cada um dos módulos.

Módulo Específico I – Produção Florestal

Contempla a unidade de competência B, cuja função é executar os processos da produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social do Perfil Profissional, e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo num total de 380 horas. Este módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente em Produção Florestal.

Módulo Específico II – Controle Florestal

Contempla a Unidade de Competência D, cuja função é controlar os processos da mecanização e produção florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social do perfil profissional. Ele é integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando 160 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente de Controle de Produção Florestal.

Módulo Específico III – Mecanização Florestal

Contempla a Unidade de Competência C, responsável por executar os processos de mecanização florestal, considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente e a responsabilidade social do perfil profissional. Ele é integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando 240 horas, conferindo ao estudante o certificado de Assistente em Mecanização Florestal.

Módulo Específico IV – Planejamento Florestal

Contempla a Unidade de Competência A, responsável por participar do planejamento dos processos e atividades florestais considerando a legislação técnica, a de segurança do trabalho, a de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos do perfil profissional. Ele é integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo, totalizando 160 horas. Esse módulo não confere certificação intermediária.

Por fim, temos o Módulo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que corresponde a uma carga horária de 100 horas e faz parte da organização curricular como última etapa.

A carga horária do Curso Técnico em Florestas na modalidade presencial totaliza 1.300 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

5.3 Curso Técnico em Fruticultura

O curso técnico em Fruticultura é ofertado em duas modalidades, EaD e presencial. Assim traremos primeiramente o plano de curso para a modalidade EaD e em seguida as informações da modalidade presencial.

5.3.1 Curso Técnico em Fruticultura (EaD)

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

a) Objetivos

Participar do planejamento e executar e controlar os processos de produção florestal, dada a legislação técnica, de segurança do trabalho, de meio ambiente, a responsabilidade social e os aspectos econômicos, a fim de contribuir para o desenvolvimento de povoamentos florestais cultivados, com vistas à produção para fins comerciais, à diligência e à preservação de florestas nativas.

b) Perfil profissional de conclusão de curso

Planejar, executar e controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, as normas técnicas, as legislações e as necessidades do mercado.

c) Unidades de competências profissionais

A competência geral, apresentada no item anterior, explicita as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com oco no alcance da competência geral.

Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências, conforme descritas abaixo. Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais; e, por último, o itinerário formativo.

Planejar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, as normas técnicas, as legislações e as necessidades do mercado.

Executar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, as normas técnicas, as legislações e as necessidades do mercado.

Controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, as normas técnicas, as legislações e as necessidades do mercado.

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

d) Itinerário formativo

O itinerário do Curso Técnico em Fruticultura está organizado para permitir que o estudante o frequente tanto de forma integral, matriculado na habilitação profissional, como separadamente, matriculado em cada uma das distintas qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.

Itinerários formativos.

Fonte: Plano de curso. Curso Técnico em Fruticultura (2022).

e) Organização curricular

O Módulo Básico referente às capacidades básicas, de gestão e os conhecimentos, sem terminalidade ocupacional; é pré-requisito para os módulos específicos, composto por duas unidades curriculares, com total de 260 horas.

Os Módulos Específicos são integrados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas), assim denominados:

  • Módulo Específico I – Produção de Frutas;
  • Módulo específico II – Controle da Produção; e
  • Módulo específico III – Planejamento e Empreendedorismo Rural.

Clique nos títulos para conhecê-los.

Módulo Específico I – Produção de Frutas

Contempla a Unidade de Competência B: executar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, as normas técnicas, as legislações, as necessidades do mercado e do perfil profissional.

O Módulo Específico I é integrado por três Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao curso Técnico em Fruticultura com foco na execução dos processos de implantação do pomar e da produção de frutas, num total de 580 horas.

Módulo Específico II – Controle da Produção

Contempla a Unidade de Competência C: controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, as normas técnicas, as legislações, as necessidades do mercado e do perfil profissional.

O Módulo Específico II é integrado por duas Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao curso Técnico em Fruticultura com foco no controle de qualidade dos processos de produção de frutas, num total de 180 horas.

Módulo Específico III – Planejamento e Empreendedorismo Rural

Contempla a Unidade de Competência A: planejar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, as normas técnicas, as legislações, as necessidades do mercado e do perfil profissional.

O Módulo Específico III é integrado por uma Unidade Curricular que propicia o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao curso Técnico em Fruticultura com foco no planejamento do empreendimento de produção de frutas, num total de 180 horas.

Módulo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) será o resultado do esforço de síntese, executado pelo estudante, para articular os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso com o processo de investigação e reflexão acerca de um tema de seu interesse. O TCC pode ser feito individualmente ou em grupo, sob orientação de um professor responsável. Deverá ser feito a partir da conclusão do último módulo ou, ainda, concomitantemente de acordo com os pré-requisitos necessários.

O itinerário formativo do curso Técnico em Fruticultura está estruturado em quatro módulos, a saber: um Módulo Básico de 260 horas; três Módulos Específicos de 940 horas, que totalizam 1.200 horas.

5.3.2 Curso Técnico em Fruticultura (Presencial)

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

a) Objetivos

A formação técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.

Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica metodologia própria para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição das competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.

Veja a seguir quais são os objetivos do Curso Técnico em Fruticultura.

Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural e oferecer condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.

Atender às demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.

Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.

b) Perfil profissional de conclusão de curso

Ao completar a carga horária total de 1.350 horas, o estudante finaliza o Curso Técnico em Fruticultura na modalidade presencial e estará habilitado na seguinte competência profissional: planejar, a execução e o controle dos processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as condutas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.

c) Unidades de competências profissionais

A competência geral, apresentada no item anterior, explicita as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.

Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências, conforme descritas abaixo. Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais; e, por último, o itinerário formativo do Técnico em Agronegócio EaD.

Planejar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.

Executar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.

Controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

d) Itinerário formativo

O itinerário do Curso Técnico em Fruticultura na modalidade presencial está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao matricular-se na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.

Itinerários formativos.

Fonte: Plano de curso. Curso Técnico em Fruticultura (2022).

e) Organização curricular

A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Fruticultura na modalidade presencial é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.

Trata-se da decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos.

O Módulo Básico referente às capacidades básicas, de gestão e os conhecimentos, sem terminalidade ocupacional e um pré-requisito para os Módulos Específicos, é composto de duas Unidades Curriculares, totalizando 260 horas.

Os Módulos Específicos são formados por unidades curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas). Foram subdivididos em três e receberam as seguintes denominações:

  • Módulo Específico I – Produção de Frutas;
  • Módulo Específico II – Controle da Produção; e
  • Módulo Específico III – Planejamento e Empreendedorismo.

A seguir aprofunde seus conhecimentos sobre cada Módulo Específico:

Módulo Específico I – Produção de Frutas

Contempla a unidade de competência B, responsável por executar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado e do perfil profissional e totaliza 580 horas. Este módulo tem saída intermediária e confere ao estudante o certificado de Assistente em Produção de Fruta.

Módulo Específico II – Controle da Produção

Contempla a unidade de competência C, responsável por controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado e do perfil profissional e totaliza 180 horas. Este módulo tem saída intermediária e confere ao estudante o certificado de Assistente em Controle da Produção.

Módulo Específico III - Planejamento e Empreendedorismo Rural

Contempla a unidade de competência A, responsável por planejar os processos da cadeia produtiva da fruticultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado e do perfil profissional e totaliza 180 horas. Este módulo não confere certificação intermediária.

Por fim, temos o Módulo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que corresponde a uma carga horária de 150 horas e faz parte da organização curricular como última etapa.

A carga horária do Curso Técnico em Agronegócio totaliza 1.350 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

5.4 Curso Técnico em Zootecnia

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

a) Objetivos

A formação técnica de nível médio, ofertada pelo Senar, tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.

Na realização das ofertas dos cursos técnicos, o Senar aplica metodologia própria para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição de competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.

Clique nos botões de “+” a seguir para conferir os objetivos da oferta do Curso Técnico em Zootecnia.

Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural e dar condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.

Atender às demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.

Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.

b) Perfil profissional de conclusão de curso

Ao integralizar a carga horária total de 1.200 horas, o estudante finaliza o Curso Técnico em Zootecnia e estará habilitado na seguinte competência profissional: atuar no processo de produção, manejo e bem-estar dos animais de interesse econômico, no gerenciamento da cadeia pecuária e nas ações de comercialização de produtos e no mercado de serviços pecuários, dadas as normas sanitárias e os princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação.

c) Unidades de competências profissionais

A competência geral, apresentada no item anterior, explicita as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.

Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências descritas abaixo. Na sequência, é apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais e, por fim, o itinerário formativo do Técnico em Zootecnia EaD.

Realizar processo de produção, manejo e bem-estar dos animais de interesse econômico, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação.

Atuar nas ações de comercialização de produtos e no mercado de serviços pecuários, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação.

Gerenciar operações do sistema de controle da cadeia pecuária, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação.

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

d) Itinerário formativo

O itinerário do Curso Técnico em Zootecnia está organizado para permitir que o estudante o frequente de forma integral, matriculado na habilitação profissional e na qualificação profissional de nível técnico que integra essa habilitação.

Itinerários formativos.

Fonte: Plano de curso. Curso Técnico em Zootecnia (2022).

e) Organização curricular

A Organização Curricular da Habilitação Profissional do Técnico em Zootecnia é a concepção do curso que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.

Trata-se da decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos.

O itinerário formativo do curso técnico está estruturado em cinco módulos: um Módulo Básico, três Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), num total de 1.200 horas.

O Módulo Básico contempla todas as unidades de competências e é integrado por Unidades Curriculares (Ambientação em Educação a Distância; Informação; Comunicação; Matemática Básica e Financeira; Fundamentos Gerais do Agronegócio; Noções Gerais de Economia) para desenvolvimento das capacidades básicas, capacidades de gestão e conhecimentos, num total de 260 horas.

Os Módulos Específicos são integrados por Unidades Curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas). Foram denominados:

  • Módulo Específico I – Processo de Criação, Manejo e Bem-estar dos Animais;
  • Módulo Específico II – Comercialização de Produtos e de Serviços Pecuários; e
  • Módulo Específico III – Gestão das Operações da Cadeia Pecuária.

Clique nos títulos para conhecê-los.

Módulo Específico I – Processo de Criação

Contempla a Unidade de Competência A: conduzir processos de produção, manejo e bem-estar dos animais de interesse econômico, dadas as normas sanitárias, os princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação do Perfil Profissional, integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 320 horas. Este módulo tem saída intermediária e confere ao estudante o certificado de Auxiliar no Processo de Produção, Manejo e Bem-estar dos Animais.

Módulo Específico II – Comercialização de Produtos e de Serviços Pecuários

Contempla a Unidade de Competência B: atuar nas ações de comercialização de produtos e no mercado de serviços pecuários, dadas as normas sanitárias, os princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação do Perfil Profissional, integrado por Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 220 horas. Este módulo não confere certificação intermediária.

Módulo Específico III – Gestão das Operações da Cadeia Pecuária

Contempla a Unidade de Competência C: gerenciar operações do sistema de controle da cadeia pecuária, dadas as normas sanitárias, os princípios de sustentabilidade, qualidade e inovação do Perfil Profissional, integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 280 horas. Este módulo não confere certificação intermediária.

Módulo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

Corresponde a uma carga horária de 120 horas e faz parte da organização curricular como última etapa.

A carga horária totaliza 1.200 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

5.5 Curso técnico em Agricultura

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

a) Objetivos

A formação técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.

Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica metodologia própria para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição das competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.

Veja a seguir quais são os objetivos do Curso Técnico em Agricultura.

Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural e oferecer condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.

Atender às demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.

Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.

b) Perfil profissional de conclusão de curso

Ao completar a carga horária total de 1.210 horas, o estudante finaliza o Curso Técnico em Agricultura e estará habilitado na seguinte competência profissional: atuar no processo de planejar, executar e controlar o processo de produção e mecanização agrícola, com visão ampla e sustentável do agronegócio.

c) Unidades de competências profissionais

A competência geral, apresentada no item anterior, explicita as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.

Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências, conforme descritas abaixo. Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais; e, por último, o itinerário formativo do Técnico em Agricultura EaD.

Planejar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio.

Executar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio.

Controlar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio.

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

d) Itinerário formativo

O itinerário do Curso Técnico em Agricultura está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao matricular-se na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.

Itinerários formativos.

Fonte: Plano de curso. Curso Técnico de Agricultura (2024).

e) Organização curricular

A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Agricultura é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.

Trata-se da decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos.

O itinerário formativo do curso técnico está estruturado em cinco módulos: um Módulo Básico, três Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso, que, somados, totalizam 1.210 horas.

O Módulo Básico contempla todas as unidades de competências e é integrado por Unidades Curriculares (Ambientação em Educação a Distância; Informação; Comunicação; Matemática Básica e Financeira; Fundamentos do Agronegócio; Noções Gerais de Economia) para desenvolvimento das capacidades básicas, capacidades de gestão e conhecimentos, com um total de 260 horas.

Os Módulos Específicos são formados por unidades curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas). Foram subdivididos em três e receberam as seguintes denominações:

  • Módulo Específico I – Produção e Mecanização Agrícola;
  • Módulo Específico II – Controle Agrícola; e
  • Módulo Específico III – Planejamento Agrícola.

Acompanhe, a seguir, as características de cada um dos módulos.

Módulo Específico I – Produção e Mecanização Agrícola

Contempla a Unidade de Competência B do Perfil Profissional, responsável por executar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio, e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do Módulo Específico I, num total de 400 horas. Este módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente em Processo Agrícola, com carga horária total de 660 horas.

Módulo Específico II – Controle Agrícola

Contempla a Unidade de Competência C do Perfil Profissional: controlar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio, e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 200 horas. Este módulo não confere certificação intermediária.

Módulo Específico III – Supervisão das Cadeias Produtivas do Agronegócio

Contempla a Unidade de Competência A do Perfil Profissional, cuja função é: planejar o processo de produção agrícola e as atividades de mecanização, com visão ampla e sustentável do agronegócio, e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 200 horas. Este módulo não confere certificação intermediária.

Por fim, temos o Módulo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que corresponde a uma carga horária de 150 horas e faz parte da organização curricular como última etapa.

A carga horária do Curso Técnico em Agricultura totaliza 1.210 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

5.6 Curso técnico em Agropecuária (presencial)

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

a) Objetivos

A formação técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.

Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica metodologia própria para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição das competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.

Veja a seguir quais são os objetivos do Curso Técnico em Agropecuária.

Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural e oferecer condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.

Atender às demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.

Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.

b) Perfil profissional de conclusão de curso

Ao completar a carga horária total de 1.400 horas, o estudante finaliza o Curso Técnico em Agropecuária e estará habilitado na seguinte competência profissional: planejar, executar e controlar os processos da produção de animais com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável.

c) Unidades de competências profissionais

A competência geral, apresentada no item anterior, explicita as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.

Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou três unidades de competências, conforme descritas abaixo. Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais; e, por último, o itinerário formativo do Técnico em Agropecuária na modalidade presencial.

Planejar os processos produtivos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável.

Executar os processos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável.

Controlar os processos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável.

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

d) Itinerário formativo

O itinerário do Curso Técnico em Agropecuária está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao matricular-se na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.

Itinerários formativos.

Fonte: Plano de curso. Curso Técnico de Agropecuária (2021).

e) Organização curricular

A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Agropecuária é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.

Trata-se da decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos.

O itinerário formativo do curso técnico está estruturado em quatro módulos: um Módulo Básico, dois Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso, que, somados, totalizam 1.400 horas.

O Módulo Básico referente às capacidades básicas, de gestão e os conhecimentos, sem terminalidade ocupacional e um pré-requisito para os Módulos Específicos, é composto de duas Unidades Curriculares, totalizando 260 horas.

Os Módulos Específicos são formados por unidades curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas). Foram subdivididos em três e receberam as seguintes denominações:

  • Módulo Específico I – Execução e Controle da Produção; e
  • Módulo Específico II – Planejamento da produção.

Acompanhe, a seguir, as características de cada um dos módulos.

Módulo Específico I – Execução e Controle da Produção

Contempla a Unidade de Competência B, responsável por executar os processos produtivos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável. Também contempla a Unidade de Competência C, responsável por controlar os processos produtivos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável do perfil profissional. Esse módulo apresenta duas Unidades Curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos correspondentes ao Curso Técnico em Agropecuária (presencial), com foco na execução e controle dos processos de produção da agropecuária, totalizando 770 horas. Este módulo tem saída intermediária e confere ao estudante o certificado de Assistente de produção agropecuária.

Módulo Específico II – Planejamento da produção

Contempla a Unidade de Competência A, responsável por planejar os processos produtivos das atividades agropecuárias, com enfoque operacional e administrativo, contribuindo para o fortalecimento das cadeias como negócio sustentável, do perfil profissional. Esse módulo é integrado por uma Unidade Curricular que propicia o desenvolvimento das capacidades técnicas, das capacidades de gestão e dos conhecimentos do módulo correspondente ao Curso Técnico em Agropecuária (presencial), com foco na gestão dos processos e da empresa rural, totalizando de 220 horas. Este módulo não confere certificação intermediária.

Por fim, temos o Módulo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que corresponde a uma carga horária de 150 horas e faz parte da organização curricular como última etapa.

A carga horária do Curso Técnico em Agropecuária totaliza 1.400 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

5.7 Curso técnico em Cafeicultura (presencial)

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

a) Objetivos

A formação técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.

Na realização dos cursos técnicos, o Senar aplica metodologia própria para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição das competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.

Veja a seguir quais são os objetivos do Curso Técnico em Cafeicultura.

Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural e oferecer condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.

Atender às demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.

Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.

b) Perfil profissional de conclusão de curso

Ao completar a carga horária total de 1.460 horas, o estudante finaliza o Curso Técnico em Cafeicultura e estará habilitado na seguinte competência profissional: planejar, executar e controlar os processos da cadeia produtiva da cafeicultura, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado.

c) Unidades de competências profissionais

A competência geral, apresentada no item anterior, explicita as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.

Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou quatro unidades de competências, conforme descritas abaixo. Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais; e, por último, o itinerário formativo do Técnico em Cafeicultura, na modalidade presencial.

Planejar os processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio.

Executar os processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio.

Controlar os processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio.

Participar no desenvolvimento e difusão tecnológica dos processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio.

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

d) Itinerário formativo

O itinerário do Curso Técnico em Cafeicultura está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao matricular-se na habilitação profissional, com saídas intermediárias em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.

Itinerários formativos.

Fonte: Plano de curso. Curso Técnico de Cafeicultura (2024).

e) Organização curricular

A organização curricular da habilitação profissional do Técnico em Cafeicultura é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.

Trata-se da decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos.

O itinerário formativo do curso técnico está estruturado em seis módulos: um Módulo Básico, quatro Módulos Específicos e um Módulo de Trabalho de Conclusão de Curso, que, somados, totalizam 1.460 horas.

O Módulo Básico contempla todas as unidades de competências e é integrado por Unidades Curriculares (Ambientação em Educação a Distância; Informação; Comunicação; Matemática Básica e Financeira; Fundamentos do Agronegócio; Noções Gerais de Economia) para desenvolvimento das capacidades básicas, capacidades de gestão e conhecimentos, com um total de 260 horas.

Os Módulos Específicos são formados por unidades curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas). Foram subdivididos em três e receberam as seguintes denominações:

  • Módulo Específico I – Planejamento da Produção Cafeeira;
  • Módulo Específico II – Operação da Cadeia Produtiva do Café;
  • Módulo Específico III – Controle da Produção Cafeeira; e
  • Módulo Específico IV - Tecnologia e Inovação Cafeeira.

Acompanhe, a seguir, as características de cada um dos módulos.

Módulo Específico I – Planejamento da Produção Cafeeira

Contempla a Unidade de Competência A: Planejar os processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio do perfil profissional e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 300 horas. Esse módulo não confere certificação intermediária.

Módulo Específico II – Operação da Cadeia Produtiva do Café

Contempla a Unidade de Competência B: Promover ações de operação no conjunto da cadeia produtiva do café do Perfil Profissional e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 400 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente no Processo Produtivo do Café.

Módulo Específico III – Controle da Produção de Café

Contempla a Unidade de Competência C: Controlar os processos produtivos de café, com visão ampla do processo como negócio do Perfil Profissional e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 200 horas. Esse módulo tem saída intermediária, conferindo ao estudante o certificado de Assistente de Mercado e Planejamento da Produção Cafeeira.

Módulo Específico IV – Tecnologia e Inovação Cafeeira

Contempla a Unidade de Competência D: Participar no desenvolvimento e difusão tecnológica dos processos produtivos do café do Perfil Profissional e é integrado por unidades curriculares que propiciam o desenvolvimento das capacidades técnicas, de gestão e os conhecimentos do módulo, num total de 180 horas. Esse módulo não confere certificação intermediária.

Por fim, temos o Módulo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que corresponde a uma carga horária de 120 horas e faz parte da organização curricular como última etapa.

A carga horária do Curso Técnico em Agronegócio totaliza 1.460 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

5.8 Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes (presencial)

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

a) Objetivos

A formação técnica de nível médio ofertada pelo Senar tem por finalidade proporcionar a compreensão global do processo produtivo e da cultura do trabalho rural, o que envolve, além do saber tecnológico, o reconhecimento e a aplicação das habilidades necessárias à tomada de decisões.

Na realização dos cursos de especialização técnica, o Senar aplica metodologia própria para assegurar, no processo formativo das pessoas, a aquisição das competências, conhecimentos e habilidades indispensáveis ao exercício profissional.

Veja a seguir quais são os objetivos do Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes.

Garantir o pleno desenvolvimento das competências profissionais e pessoais requeridas pela natureza do mundo do trabalho rural e oferecer condições de responder, com originalidade e criatividade, aos constantes e novos desafios da vida cidadã e profissional.

Atender às demandas socioeconômicas, rurais e ambientais dos cidadãos e do mundo do trabalho rural.

Promover a articulação com o mundo do trabalho rural, com as tecnologias e com os avanços dos setores produtivos pertinentes, de forma a responder às demandas de profissionalização.

b) Perfil profissional de conclusão de curso

Ao completar a carga horária total de 360 horas, o estudante finaliza o Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes e estará habilitado na seguinte competência profissional: realizar os processos produtivos, operacionais e administrativos da bovinocultura de corte, considerando a visão sistêmica da cadeia produtiva da carne como negócio sustentável.

c) Unidades de competências profissionais

A competência geral, apresentada no item anterior, explicita as principais funções profissionais e as capacidades para exercê-las. Já as unidades de competência delimitam as funções referentes ao desempenho profissional, com foco no alcance da competência geral.

Na elaboração do perfil profissional, o Comitê Técnico identificou uma unidade de competência, conforme descrita a seguir. Na sequência, será apresentado o resultado do trabalho de mapeamento das competências profissionais; e, por último, o itinerário formativo do Especialista Técnico em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes, na modalidade presencial.

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

d) Itinerário formativo

O itinerário do Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes está organizado para permitir que o estudante frequente as aulas de forma integral, ao matricular-se na habilitação profissional em cada uma das qualificações profissionais de nível técnico que integram essa habilitação.

Itinerários formativos.

Fonte: Plano de curso. Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes (2024).

e) Organização curricular

A organização curricular da habilitação profissional do Especialista Técnico em Sistemas de Produção de Animais Ruminante é a concepção do curso, que deve propiciar o desenvolvimento das competências profissionais identificadas no perfil profissional.

Trata-se da decodificação de informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências profissionais em capacidades básicas, técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas) e conhecimentos.

O itinerário formativo do curso de especialização está estruturado em: 03 (três) módulos específicos e o trabalho final. O curso tem uma carga horária total de 360 horas, ofertado na modalidade presencial.

Os Módulos Específicos são formados por unidades curriculares referentes às capacidades técnicas e de gestão (sociais, organizativas e metodológicas). Foram subdivididos em três e receberam as seguintes denominações:

  • Módulo Específico I – Produção;
  • Módulo Específico II – Mecanização; e
  • Módulo Específico III – Gestão.

Acompanhe as características de cada um dos módulos.

Módulo Específico I – Produção

Neste módulo os estudantes desenvolvem as capacidades e os conhecimentos necessários para aplicar as boas práticas agropecuárias, contribuindo para que o incremento da produção de ruminantes ocorra de maneira cada vez mais sustentável, econômica, social e ambientalmente correta, num total de 212 horas.

Módulo Específico II – Mecanização

Neste módulo os estudantes desenvolvem as capacidades e os conhecimentos necessários para executar com excelência as atividades que envolvam: operação e manutenção de máquinas e implementos agrícolas, atendendo às necessidades de recuperação, formação e manutenção de pastagens, forrageiras e culturas, a fim de suprir as necessidades nutricionais da produção de ruminantes, num total de 48 horas.

Módulo Específico III – Gestão

No módulo final, os estudantes desenvolvem as capacidades e conhecimentos necessários para contribuir com a construção do planejamento da empresa rural, organização do uso dos recursos, monitoramento de processos e liderança de equipe. Estas unidades seguem a metodologia do SENAR: “aprender a fazer, fazendo”, ou seja, as aulas serão teóricas e práticas, num total de 80 horas.

Para a conclusão do curso há a produção de um Artigo obrigatório, proporcionando um desenvolvimento técnico voltado para a produção ruminantes, considerando as definições do planejamento da empresa rural, seus objetivos e recursos disponíveis, mantendo uma visão sistêmica envolvendo aspectos operacionais e estratégicos.

A carga horária do Curso de Especialização Técnica em Sistemas de Produção de Animais Ruminantes totaliza 360 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

6. Componentes dos cursos técnicos

A oferta dos cursos técnicos e de especialização técnica do Senar ocorre por meio das modalidades presencial e a distância, com metodologia híbrida, ou seja, independentemente da modalidade, há momentos presenciais e a distância.

Vale destacar que o Senar também oferta cursos exclusivamente presenciais e, neste caso, não adotam metodologia híbrida: as aulas e avaliações ocorrem integralmente na unidade de ensino presencial.

Para os cursos híbridos, há dois espaços principais: o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e os polos de apoio presencial (cursos EaD) ou Unidades de Ensino (cursos presenciais), campos de atuação do tutor a distância e do tutor presencial, respectivamente, bem como de outros profissionais dedicados às ofertas.

6.1 Sistemas de informações e comunicação

6.1.1 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)

As atividades a distância dos cursos técnicos de nível médio do Senar, na modalidade a distância e presencial, com metodologia híbrida, ocorrem por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem. Ele conta com recursos interativos que facilitam o acesso ao conteúdo e ferramentas de comunicação entre os participantes. Acompanhe a seguir algumas delas.

Agenda

Permite registrar eventos que vão ocorrer na UC em determinado período. Ótimo para agendar chats, fóruns e períodos de estudo dos temas.

Avaliação a Distância

Espaço para resolver atividades objetivas e subjetivas. Por meio desta avaliação, é possível mensurar, somado à Avaliação Presencial e Prática, o desempenho dos estudantes na Unidade Curricular. Ferramenta utilizada nos cursos com oferta a distância.

Avaliação Diagnóstica

Permite comparar o conhecimento prévio do estudante sobre o conteúdo no início e ao fim da Unidade Curricular. A avaliação fica disponível nos primeiros sete dias e nos últimos sete dias da UC. Ferramenta utilizada nos cursos com oferta a distância.

Biblioteca

Espaço para inserção de material didático, como apostila, sites, videoaulas, material complementar e tutoriais.

Chat

Espaço para que estudantes e tutores possam se comunicar de maneira síncrona. Pode ser usado, por exemplo, para sessões de atendimento coletivo e simultâneo.

Enquete

Permite aos tutores fazerem perguntas aos estudantes no formato de enquete. Pode ser usado para uma pesquisa de tema, sobre um conteúdo que gera dúvidas, entre outras.

Fórum

Espaço para que estudantes e os tutores possam se comunicar de maneira assíncrona, ou seja, não simultânea. É ideal para debater tópicos relevantes sobre o conteúdo. Por meio desta participação e da Avaliação a Distância é possível mensurar, somado à Avaliação Presencial e Prática, o desempenho dos estudantes em uma Unidade Curricular.

Mensagem

É uma espécie de correio eletrônico dentro do Ambiente Virtual de Aprendizagem. Com esta ferramenta, os tutores, monitores e estudantes podem se comunicar.

Mural de Avisos

Permite fixar avisos por determinado período, pode ser usado para fixar aviso de prazos como período de chat, abertura da Avaliação a Distância, período de Fórum, entre outros.

Tira-dúvidas

Permite a comunicação um para um. Desta forma, sempre que o estudante tiver uma dúvida, poderá enviá-la ao agente responsável (monitor para dúvidas técnicas e tutor a distância para dúvidas de conteúdo, nos cursos na modalidade distância). Ao recebê-la, o profissional responde com a indicação da categoria para que possam ser geradas estatísticas das principais dúvidas dos estudantes. Caso a dúvida não seja de sua responsabilidade, ele a encaminhará ao agente responsável.

Essas ferramentas fazem parte do dia a dia do tutor a distância, mas é importante que o tutor/instrutor presencial também esteja ciente de cada uma delas e observe a movimentação no AVA. Isso permite a integração entre os conhecimentos que os estudantes constroem a distância e presencialmente.

6.1.2 Sistema Integrado de Gestão Educacional – Sige

O Sistema Integrado de Gestão Educacional (Sige) é o sistema on-line de gerenciamento das atividades escolares do aluno nos cursos de formação técnica profissionalizante do Senar.

Nesse sistema, acontece o registro do calendário escolar, que abrange todas as atividades obrigatórias do aluno (a distância e presencial), períodos de trancamento e destrancamento, desistência, pedido de regime domiciliar e processos de matrícula e rematrícula.

O Sige está integrado ao sistema Procseletivo para permitir a matrícula dos candidatos aprovados e das vagas remanescentes durante o período previsto no edital. Ele também está integrado ao Portal dos cursos Senar e-Tec, (Área do Aluno), e ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) para permitir o acesso dos alunos aos conteúdos de cada Unidade Curricular, nos cursos com metodologia híbrida (a distância e presencial).

Nesse sistema, agentes e alunos têm acesso à informação e podem executar ações importantes. Clique em cada um dos ícones para saber mais.

Os agentes dos polos de polos/unidades de ensino e das Administrações Regionais do Senar executam as atividades de acompanhamento do aluno e encontram documentos e requerimentos.

Os alunos acompanham os registros de controle curricular, seu progresso nos períodos letivos cursados, suas notas e frequências e enviam os documentos pessoais necessários para emissão do diploma pelo Senar.

6.1.3 Procseletivo

O sistema on-line Procseletivo tem por objetivo fazer a gestão do processo seletivo de ingresso nos cursos de formação técnica do Senar. Nesse sistema, acontece a criação do calendário das etapas do processo seletivo:

  1. Inscrição de candidatos;
  2. Análise das inscrições;
  3. Classificação/aprovação;
  4. Recursos de inscrição e classificação; e
  5. Matrículas.

O Procseletivo é integrado ao Portal e-Tec Senar, com acesso pela Área do Candidato, o que permite a inscrição dos interessados nos cursos de formação técnica. É integrado também ao Sige, o que permite a condução do processo de integralização da matrícula do candidato aprovado.

6.2 Polo de ensino

Nos polos de apoio presencial (cursos EaD) ou nas unidades de ensino presenciais (cursos presenciais), ocorrem aulas teóricas, atividades de campo, aplicação das Avaliações Presenciais e reuniões de tutoria. Estes espaços físicos oferecem a infraestrutura tecnológica para o desenvolvimento do curso para as aulas presenciais e para os alunos que necessitarem de suporte.

É no polo que o estudante terá as aulas e avaliações mediadas pelo tutor / instrutor presencial e laboratório(s) equipado(s). É também neste local que se encontra o assistente de secretaria escolar, com o qual o estudante pode resolver questões escolares e de registro de suas atividades no curso.

Fonte: Senar (2023).

6.3 Recursos didáticos

Os cursos técnicos profissionalizantes foram cuidadosamente projetados para atender a variados estilos de aprendizagem. Reconhecemos que cada estudante tem um modo único de absorver e processar informações, e, por isso, é fundamental que nossa abordagem didática seja diversificada.

O desenvolvimento das Unidades Curriculares conta com diferentes mídias e recursos que se complementam. O estudante será estimulado a participar do AVA, ler o conteúdo da apostila, realizar a leitura de conteúdo interativo do AVA (e-learning), assistir às videoaulas (nos cursos híbridos) e fazer atividades e avaliações nos encontros presenciais.

Clique nos botões de “+” a seguir e confira a proposta de cada material.

A apostila contempla todo conteúdo da Unidade Curricular. Apresenta uma estrutura de temas, tópicos e subtópicos, com atividades de aprendizagem. É disponibilizada aos estudantes de forma online no AVA (para os cursos com metodologia híbrida).

O e-learning (conteúdo no AVA) apresenta conteúdos que merecem destaque e evidência em mídias diferentes, com o objetivo de reforçar a aprendizagem. A proposta do e-learning é trabalhar o conteúdo da apostila de outra forma, com recursos interativos, infográficos, entre outros. Nele, o aluno pode, ainda, responder às atividades de aprendizagem e receber um feedback sobre os resultados. Este recurso está disponível nos cursos com metodologia híbrida.

As videoaulas também têm o objetivo de reforçar assuntos importantes, mas seu uso é indicado para conteúdos que merecem ser enfatizados com uma linguagem ainda mais dialógica e explicativa. Este recurso está disponível nos cursos com metodologia híbrida.

O material complementar e os anexos são textos para leitura e análise, casos para estudo ou histórias, listas de exercícios e documentos orientativos. São disponibilizados na biblioteca do AVA, nos cursos híbridos, e podem ser atualizados ou complementados pelos tutores. O objetivo é oferecer informações que permitam ao estudante aprofundar seu conhecimento.

Entre os materiais complementares, nos cursos a distância, também existe o Plano de Estudos cujo objetivo é disponibilizar ao aluno um cronograma para o planejamento do tempo de estudos por tema e o período para fazer as atividades do momento EaD da Unidade Curricular.

6.4 Atividades práticas

As aulas presenciais poderão também ser em propriedades rurais ou em instituições parceiras, previamente agendados no calendário escolar. Para cada uma das atividades, o tutor/instrutor presencial deve desenvolver um Plano de Aula e apresentá-lo ao coordenador de tutoria.

Fonte: Senar (2023).

6.5 Avaliações presenciais e a distância

6.5.1 Avaliação Presencial Prática

A Avaliação Prática é presencial e corresponde a 30% da média do período da Unidade Curricular. Deve possibilitar aos estudantes a verificação da aprendizagem por meio de uma atividade prática avaliativa. O ideal é contemplar a maior gama possível de competências da Unidade Curricular, de forma a oportunizar ao aluno a experimentação e a aplicação de conhecimentos e habilidades. É responsabilidade do tutor/instrutor presencial elaborar, aplicar e corrigir a Avaliação Presencial Prática.

Essa avaliação tem apenas questões discursivas e vale até 10,00 pontos para as Unidades Curriculares que têm apenas encontros teóricos. Para as Unidades Curriculares que têm atividade(s) de campo, a prova presencial prática vale até 8,0 pontos. A participação e a entrega de relatório(s) ao tutor/instrutor presencial valem até 2,0 pontos na composição da nota.

6.5.2 Avaliações teóricas

Além da Avaliação Prática, existem Avaliações Teóricas a distância e presenciais. Está prevista uma Avaliação a Distância e uma Avaliação Presencial Teórica para cada UC, nos cursos ofertados na modalidade a distância. As avaliações são compostas por 12 questões cada, duas discursivas e 10 objetivas. O objetivo destas avaliações é aferir a mudança cognitiva e técnica do aluno no processo de aprendizagem. Essas avaliações estão contempladas no conteúdo da Unidade Curricular preparadas pelos especialistas no conteúdo.

A pontuação atribuída às questões que compõem a Avaliação a Distância equivale até 8,50 pontos. Soma-se à nota da Avaliação a Distância a pontuação de até 1,50 ponto correspondente à participação efetiva do aluno no(s) fórum(ns) de discussão da Unidade Curricular.

6.5.3 Avaliação Final

Além das avaliações previstas ao fim de cada Unidade Curricular, o estudante poderá fazer uma Avaliação Final, caso esteja com média do período entre 2,0 e 5,69. A avaliação será feita no Polo presencial e contempla todo conteúdo da Unidade Curricular. Assim como as Avaliações Presenciais, deverá ser acompanhada e corrigida pelo tutor/instrutor presencial.

6.6 Profissionais envolvidos na oferta dos cursos

Além da tecnologia e da infraestrutura, a oferta de um curso com qualidade e capaz de promover bons resultados depende de uma boa equipe, da qual você faz parte. O trabalho integrado envolve agentes de todo o país. Clique nos títulos a seguir e conheça mais sobre o trabalho de cada agente no processo de oferta dos cursos.

Coordenador Regional

Agente responsável pelo acompanhamento e o desenvolvimento geral dos cursos e polos/unidades de ensino vinculados à Administração Regional do Senar (uma por estado). A responsabilidade pela contratação deste profissional é da Administração Regional.

Coordenador Pedagógico Regional

Principal responsável pela gestão acadêmica do curso, na Administração Regional. Cabe a ele planejar, organizar e acompanhar a execução das atividades pedagógicas do curso em colaboração com os demais membros da equipe. A responsabilidade pela contratação deste profissional é da Administração Regional.

Coordenador de Polo

Responsável pela manutenção, administração e organização das atividades do polo de apoio presencial. A responsabilidade pela contratação deste profissional é da Administração Regional.

Secretária(o) Escolar Regional

Responsável por controle, verificação, organização, registro e arquivamento de toda a documentação da vida dos estudantes no curso técnico de nível médio do Senar, desde seu ingresso na instituição de ensino até a conclusão e/ou expedição do diploma ou certificado. Responde pela operação e pelo lançamento de dados escolares no Sige. Também orienta os estudantes sobre os procedimentos e os prazos administrativos a serem observados. A responsabilidade pela contratação deste profissional é da Administração Regional.

Coordenador de Tutoria Regional

Responsável pela equipe de tutores/instrutores presenciais de cada polo de apoio. Atua na organização geral dos polos e no apoio às equipes de tutores/instrutores presenciais, de forma a garantir as diretrizes educacionais e a operação pedagógica do curso. A responsabilidade pela contratação deste profissional é da Administração Regional.

Coordenador de Tutoria a Distância

É o responsável pela equipe de tutores a distância. Sua atuação é de fundamental importância para que o processo de ensino e aprendizagem a distância siga as diretrizes do curso e, por isso, é o apoio central dos tutores a distância. A responsabilidade pela contratação deste profissional é da Administração Regional.

Professores Conteudistas

São responsáveis pela elaboração dos conteúdos das Unidades Curriculares baseados nas ementas e matriz curricular prevista no Projeto Pedagógico de Curso. Também elaboram o plano de ensino e as avaliações da Unidade Curricular.

Tutor a Distância

Responsável por acompanhar os alunos nas atividades a distância no AVA durante cada Unidade Curricular. Monitoram os acessos, orientam, tiram dúvidas e incentivam a pesquisa. Além disso, monitoram e corrigem as avaliações a distância, os fóruns de discussão e as demais atividades pedagógicas necessárias à Unidade Curricular.

Tutor/Instrutor Presencial

Atuam diretamente nos polos/unidades de ensino com atividades teóricas e práticas, apoiam o tutor a distância, nos cursos na modalidade a distância, e atendem presencialmente os estudantes para orientar, tirar dúvidas e incentivar os estudos e a frequência de acessos no AVA, nos cursos a distância e presencial híbrido.

Além disso, acompanham, corrigem as avaliações presenciais e elaboram a Avaliação Presencial Prática. Controlam a frequência e a participação dos estudantes nas atividades presenciais. Colaboram com a motivação e a integração dos estudantes. A responsabilidade pela contratação deste profissional é da Administração Regional.

O instrutor presencial dos cursos presenciais híbridos, também são responsáveis pelo planejamento, agendamento e acompanhamento das atividades a distância disponibilizadas no AVA para os alunos.

Monitor

Auxilia os alunos durante todo o curso, quanto às questões administrativas e técnicas do AVA, sem se envolver nos tópicos referentes ao conteúdo.

A oferta dos cursos técnicos profissionalizantes do Senar requer uma estrutura organizacional sólida, uma abordagem pedagógica eficaz e a participação de profissionais comprometidos. A modalidade de ensino a distância visa capacitar os alunos a enfrentarem os desafios do setor rural, promover seu desenvolvimento profissional e contribuir para o crescimento do setor como um todo.

7. Concepções pedagógicas e metodológicas

7.1 Conceito de educação

O que é educação? Por que ela é capaz de transformar a vida das pessoas? O que ela pode fazer pela sociedade? A partir dessas perguntas, pode-se ter uma noção sobre como a educação é importante para o desenvolvimento de cada indivíduo, da sociedade e do mundo.

Há uma enorme variedade de definições existentes para explicar o que é educação. Muitos autores e pensadores já escreveram sobre o tema e cada um deles produziu em uma época, influenciado por condições sociais e culturais diferentes, o que faz com que os conceitos sejam distintos.

Clique nos títulos a seguir para visualizar algumas definições.

Exemplo 1

Processo que visa ao desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano, por meio da aplicação de métodos próprios, com o intuito de assegurar-lhe a integração social e a formação da cidadania.

Exemplo 2

A educação é um conjunto de elementos que mantêm entre si uma inter-relação funcional com um propósito específico, pois ela, além de levar à pesquisa e à descoberta, acarreta mudanças, provocando novos problemas que devem ser resolvidos, recomeçando o ciclo. Pesquisa, descoberta, mudança, homem e sociedade. Podemos assim dizer que a educação realimenta todo o sistema social injetando na sociedade novos problemas e novos resultados, recomeçando, assim, o ciclo, que cada vez mais leva o homem a estudar, sendo assim um fenômeno próprio do ser humano (Buscaglia apud Senai, 2009, p. 9).

Exemplo 3

Educação é a transmissão e o aprendizado das técnicas culturais, que são as técnicas de uso, produção e comportamento, mediante as quais um grupo de homens é capaz de satisfazer suas necessidades, proteger-se contra a hostilidade do ambiente físico e biológico e trabalhar em conjunto, de modo mais ou menos ordenado e pacífico. Ao conjunto dessas técnicas se chama cultura, e uma sociedade humana não pode sobreviver se sua cultura não for transmitida de geração para geração. A forma de realizar ou garantir essa transmissão chama-se educação (Abbagnano, 2007).

Nos três exemplos acima, podemos observar pontos relevantes, tais como a educação como transmissão da cultura, de geração a geração, e como meio de integração individual e social.

Em qualquer sociedade e nos grupos que a compõem, podem-se observar os processos de ensinar e aprender. A educação é responsável pela manutenção e a perpetuação da sociedade por meio da transmissão, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro ao seu grupo ou à sociedade.

A educação também é, ao mesmo tempo, um ato social, cultural e individual. Clique nos títulos a seguir para conhecer mais sobre cada um deles.

Ato social

Como ato social, considera a sociedade um todo e cada meio social em particular, e determina, assim, um ideal. Em todas as sociedades, a educação tem um componente homogeneizador, contribui para que todos os indivíduos tenham valores, crenças e normas de condutas semelhantes, e como componente diferenciador, prepara diferentemente os indivíduos para as diversas necessidades da sociedade (distintas profissões).

Ato cultural

Como ato cultural, a educação inclui todos os produtos da consciência e da interação coletiva de determinada sociedade: a linguagem, a ciência e a tecnologia, os valores, as crenças, as normas, os hábitos, os costumes e as artes. O conteúdo da educação é, essencialmente, formado por esses elementos da cultura de uma sociedade em dado momento de sua história e, portanto, depende da situação em que se encontra e do que é valorizado nesses momentos.

Ato individual

Como ato individual, refere-se ao esforço dos próprios indivíduos para se apropriarem desses elementos que lhes servem para interpretar os acontecimentos e orientar suas ações, com o objetivo de aperfeiçoar a convivência, a mobilidade social e a transformação dessa mesma sociedade.

A educação está associada aos aspectos pessoais, culturais, sociais e econômicos da vida dos indivíduos, do grupo, da comunidade e da sociedade, possibilita transformações na pessoa, modifica a visão dela mesma e do mundo em que vive de modo a capacitar a interagir com outras pessoas e com a natureza para transformar a realidade em que está inserida.

Fonte: Getty Images.

O Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI propõe que a educação seja organizada em torno de quatro aprendizagens fundamentais ao longo da vida. Essas aprendizagens serão os pilares do conhecimento e, dada sua interdependência, não podem ser consideradas de forma estanque ou fragmentada pelas disciplinas escolares: aprender a conhecer, ou seja, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio externo; aprender a conviver, a fim de participar e cooperar com os outros; e aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes.

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Para compreender os quatro pilares citados no relatório acima, consulte a série metodológica: Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Série Metodológica: Metodologia de Ensino do Senar Formação Profissional Rural e Promoção Social – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Brasília: Senar, 2021. O relatório completo está no site da Unesco: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000109590_por

7.2 A andragogia como concepção pedagógica

A andragogia é a ciência e a arte que, como parte da antropologia e imersa na educação permanente, desenvolve-se por meio de uma prática fundamentada nos princípios da participação e da horizontalidade, cujo processo, orientado com características sinérgicas pelo facilitador do aprendizado, permite incrementar o pensamento, a autogestão, a qualidade de vida e a criatividade do participante adulto, com o propósito de proporcionar uma oportunidade para que se atinja a autorrealização (ALCALÁ, 1999).

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Masetto (1992) aponta alguns princípios que norteiam os processos de ensino e aprendizagem do adulto e que podem propiciar condições para facilitar a aprendizagem. Destacamos alguns deles a seguir. Clique nos títulos para conhecê-los.

Participação

O processo de aprendizagem de adultos ocorre pela troca de ideias, informações, habilidades e experiências. Essa troca deve englobar os instrutores da FPR ou da atividade da PS e os participantes, os participantes entre si e ambos com o ambiente.

Valorização da experiência e da contribuição dos participantes

No caso do adulto, o interesse pelo aprendizado está diretamente ligado às experiências por ele vivenciadas no seu cotidiano. Sugerimos que você, instrutor, dê condições para que a experiência dos participantes seja aproveitada como contribuição ao desenvolvimento dos conteúdos estabelecidos nas ações/atividades. Para uma aprendizagem significativa, é fundamental apresentar o tema e os conteúdos da aula com base em dúvidas, questões, interesses e exemplos trazidos pelos estudantes.

Explicitação do significado

É de suma importância a apreensão do significado da aprendizagem. Os conteúdos desenvolvidos precisam relacionar-se às vivências e às experiências dos participantes das ações/atividades. Isso permitirá que os participantes se sintam seguros para estabelecer paralelos entre os conteúdos desenvolvidos e as práticas vivenciadas, para as quais serão revertidos os conhecimentos construídos. Isso vai levá-los a se sentirem estimulados a modificar o comportamento em relação ao outro e ao mundo.

Exposição clara dos objetivos

Os objetivos a serem alcançados devem ser claros e fundamentados na identificação de necessidades, carências, expectativas e interesses dos participantes. Esse aspecto é determinante no processo de aprendizagem do adulto.

Criação de um sistema de retroalimentação/retorno contínuo

O instrutor deve propor, como parte dos processos de ensino e aprendizagem, um sistema que possibilite que ele e os participantes façam a avaliação do alcance dos objetivos estabelecidos, bem como oferecer comentários e considerações que visem fazer ajustes e redirecionamentos.

Desenvolvimento de um pensamento crítico

Uma vez que a FPR e a PS são processos educativos, devem propiciar oportunidades para que os participantes possam analisar criticamente suas situações de trabalho, as relações pessoais e as perspectivas sociais na busca por alternativas que possam melhorar suas condições como profissionais e cidadãos.

Estabelecimento de uma agenda comum/objetivos em comum

No processo da FPR e da PS, é necessário estabelecer com os participantes uma agenda comum.

Dessa forma, você desenvolverá um equilíbrio entre a sua proposta e as necessidades e as expectativas dos participantes, por meio do diálogo. Nesse momento, é oportuno esclarecer ao grupo aspectos sobre o desenvolvimento da ação/atividade e das exigências a serem cumpridas.

7.3 Formação com base em competências

Existem diversos significados para o termo competência, o que confere a ele uma característica polissêmica. Clique nos ícones a seguir para ver algumas definições.

Depresbiteris (2011) apresenta vários exemplos, entre eles os de que, na perspectiva popular, o termo “competência” é usado como “ser capaz de fazer algo de modo bem-feito”.

Na perspectiva jurídica, é entendido como a faculdade concedida por lei a um funcionário, juiz ou tribunal, para apreciar e julgar certas ações. Outros exemplos poderiam ser citados, uma vez que o termo adquire conotações diferentes a depender do contexto em que é empregado.

Na educação geral, as competências constituem instrumentos importantes para o aprender a aprender: por exemplo, diferenciar, identificar, classificar, analisar, sintetizar e resolver problemas, entre outras. Elas têm complexidades diferentes: dialogar, por exemplo, requer a mobilização de competências, tais como saber se expressar claramente e fazer uso da linguagem corretamente. Por outro lado, argumentar é uma competência mais complexa, porque exige outras competências, tais como expor e defender uma ideia.

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

O surgimento do termo vem como proposta de superação de uma prática educativa voltada a transmitir conteúdos, afastada do desenvolvimento da capacidade de aplicá-los. A abordagem das competências vem, principalmente, como uma forma de atribuir significado ao que se aprende.

Está na legislação

No Brasil, o enfoque em competências se fez presente na legislação educacional a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e vem sendo adotado nos âmbitos tanto da educação geral quanto da educação profissional.

Na verdade, por sua própria natureza, a educação profissional sempre teve grande proximidade com o conceito de competência profissional, visto que o desenvolvimento de habilidades não somente cognitivas é fundamental – trata-se do saber-fazer. A diferença, quando se fala em competência, é que o ponto essencial é a mobilização de saberes, a sua integração, portanto. Por isso, não se confunde a concepção de competências com o que se denominava metodologia CHA (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), porque a mobilização e a integração de saberes não eram expressamente previstas.

Na educação profissional, a formação com base em competências busca sintonia entre o mundo do trabalho e o mundo da educação em um contexto de globalização, flexibilidade e mudanças tecnológicas cada vez mais aceleradas, que tanto acontecem no meio urbano quanto no meio rural.

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Da mesma forma que o termo “competência”, a expressão “competência profissional” tem definições variadas, ora complementares, ora conflitantes, de acordo com as políticas e os modelos dos países a que se referem ou os âmbitos a que se aplicam – escola de educação geral, instituição de educação profissional, empresa, entre outras.

Para o Senar, a competência profissional é entendida como:

Um conjunto identificável e avaliável de conhecimentos (saber), habilidades (saber-fazer) e atitudes (saber-ser e conviver) que, mobilizados, permitam desempenho autônomo e eficaz no campo de atuação profissional.

Além disso, a competência profissional é constituída em três níveis. Clique nos ícones a seguir para conhecer cada um deles.

COMPETÊNCIAS BÁSICAS

Conhecimentos básicos ou fundamentos necessários ao desenvolvimento das competências específicas e de gestão, como comunicação oral e escrita, leitura e compreensão de textos, raciocínio lógico-matemático etc.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

Conhecimentos e habilidades de natureza técnica requeridos para o desempenho de uma atividade profissional, como fazer a manutenção preventiva de determinado equipamento, vacinar um animal, fazer a ordenha etc.

COMPETÊNCIAS DE GESTÃO

Conjunto de capacidades relativas à organização do trabalho, à condição de responder a situações novas e imprevistas e de relações sociais, como usar o EPI adequado à atividade profissional, saber trabalhar em equipe, resolver problemas surgido na atividade executada, ter iniciativa etc.

Fonte: Elaborado pelo autor (2023).

Toda competência profissional é permeada pelas chamadas competências-chave ou transversais, comuns a várias profissões. No meio rural, pode-se citar como exemplos a saúde e a segurança no trabalho, o respeito ao meio ambiente e a valorização do agronegócio, entre outras.

As competências emocionais são um conjunto de conhecimentos, capacidades, habilidades e atitudes necessárias para tomar consciência, compreender, expressar e regular de forma apropriada os fenômenos emocionais. São fundamentais para os processos de aprendizagem e para a vida profissional, mas, principalmente, para o desenvolvimento pessoal.

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Clique nos ícones a seguir para conhecer as competências emocionais de acordo com Bisquerra (2009).

Consciência emocional

Regulação emocional

Autonomia emocional

Habilidades sociais

Competências para vida e bem-estar

Segundo o modelo Bisquerra (2009), as competências emocionais são cinco: consciência emocional, regulação emocional, autonomia emocional, habilidades sociais, competências para vida e bem-estar. Elas são fundamentais não só para o desenvolvimento pessoal, mas para o profissional e o comunitário.

7.4 Ensino híbrido nos cursos técnicos profissionalizantes do Senar

Os cinco cursos técnicos profissionalizantes do Senar – Técnico em Agricultura, Técnico em Agronegócios, Técnico em Fruticultura, Técnico em Florestas, Técnico em Zootecnia – seguem a modalidade educacional de educação a distância. Como mencionado anteriormente neste compêndio, segundo o MEC, existem apenas duas modalidades de ensino: presencial e a distância.

Está na legislação

O conceito de ensino híbrido é apresentado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) com base no Parecer CNE/CP n.º 34/2023, aprovado em 08 de agosto de 2023, e aguarda, ainda, a homologação do Ministério da Educação. No entanto, tal parecer contempla somente o ensino híbrido no âmbito da educação superior.

O parecer em questão estabelece as Diretrizes Nacionais Gerais para o desenvolvimento do processo híbrido de ensino e aprendizagem na educação superior. A seguir, apresentamos a definição de ensino híbrido contida neste documento (ainda pendente de homologação pelo MEC) e, mesmo que esteja na legislação que vai tratar do ensino superior, é importante entender o conceito. Clique no título a seguir para conhecê-lo.

Definição de ensino híbrido

Art. 2º O processo híbrido de ensino e aprendizagem caracteriza-se como abordagem metodológica flexível, organizado a partir de TICs, ativo e inovador que oriente a atividade docente e discente, em formas diversas de ensino e aprendizado, destinado à formação por competências, estimulando a autonomia e o protagonismo dos estudantes e o aprendizado colaborativo, permitindo integrar às atividades presenciais a interação virtual de espaços de aprendizagem.

O ensino híbrido ou blended learning tem como foco a personalização, uma vez que os recursos digitais são meios para que o participante aprenda, em seu ritmo e tempo, a fim de que possa ter um papel protagonista e, portanto, esteja no centro do processo. Para isso, as experiências desenhadas para o on-line, além de oferecerem possibilidades de interação com os conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades, também oferecem evidências de aprendizagem.

A partir dessas evidências, nos momentos em que os participantes estão face a face com o instrutor/tutor, presencialmente, em uma sala de aula física, é possível que ele use as evidências coletadas para potencializar a aprendizagem de sua turma.

Clique para ler

“Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A educação sempre foi misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, metodologias, públicos. Esse processo, agora, com a mobilidade e a conectividade, é muito mais perceptível, amplo e profundo: é um ecossistema mais aberto e criativo. Podemos ensinar e aprender de inúmeras formas, em todos os momentos, em múltiplos espaços” (Moran, 2023, p. 01).

O aprendizado híbrido tem um enorme potencial para aprimorar a qualidade e a eficácia da aprendizagem. Independentemente do grau de aprendizado híbrido implementado, é crucial um planejamento criterioso e um design instrucional bem-elaborado, que leve sempre em conta os objetivos educacionais, as questões pedagógicas e cognitivas, o perfil do estudante e a avaliação constante.

A forma de interação deve promover a independência tanto do professor quanto do estudante, estimulando a colaboração mútua, seja entre estudante-estudante ou estudante-professor, em um ambiente onde todos, estudantes e professores, tenham a oportunidade de aprender e ensinar (Tori, 2009).

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7.4.1 O modelo híbrido nas ações do Senar

O Senar, por meio da Administração Central, realiza e oferta educação não formal a distância desde 2010, nos cursos de formação inicial e continuada (FIC), totalmente on-line, com o uso de um ambiente virtual de aprendizagem e com agentes denominados tutores e monitores para apoiar a ação educacional. Isso nos permite dizer que, desde então, atuamos com e-learning, ou seja, o meio utilizado para disponibilizar conteúdos e gerar conhecimento e competências depende da internet.

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A partir daí, houve uma evolução para a oferta na educação formal pelo Senar Administração Central, em 2014, em algumas Administrações Regionais. Essa oferta considerou, no seu planejamento, o contexto do público rural em aspectos como longas distâncias, dificuldade de acesso à internet de banda larga e a computador, por exemplo.

Importante

Essas questões influenciam o desempenho do estudante e foram levantadas para a apresentação de um modelo de educação a distância que mesclasse tecnologias e modalidades de ensino. A metodologia aderente a esse contexto foi o b-learning ou blended learning – aprendizagem híbrida, em uma tradução livre.

No contexto do Senar, é necessário entender que as ofertas formativas também precisam acompanhar os novos tempos. Contudo, a formação híbrida não pode ser desconectada do contexto do ambiente de aprendizagem e tampouco um remendo de atividades incoerentes com a intencionalidade da formação, ou seja, mais uma vez é necessário que a instituição conheça os itinerários formativos, e “desenhe” as possibilidades pedagógicas presenciais e a distância, sempre em busca do máximo aproveitamento do nosso público-alvo, da logicidade do conteúdo, das tecnologias disponíveis e de instrutores habilidosos em checar os conhecimentos construídos pelo participantes e propor atividades a distância.

Dadas as definições sobre a educação híbrida, o planejamento das atividades deve contemplar o conteúdo a ser aprendido no presencial e o conteúdo a ser aprendido remotamente, também de forma participativa. É papel do tutor/instrutor conectar essas duas aprendizagens.

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Para os cursos técnicos profissionalizantes oferecidos pelo Senar na modalidade a distância e presencial híbrido, o processo de implementação e gestão envolve tanto a Administração Central quanto as Administrações Regionais, cada uma com suas responsabilidades específicas. Nesse sentido, vejamos a seguir quais são as atribuições de cada uma.

Atribuições da Administração Central

A Administração Central é encarregada pelo planejamento geral do curso, inclusive o desenho instrucional, que envolve a organização dos módulos de aprendizado, a definição dos objetivos de cada módulo, a seleção de estratégias de ensino adequadas e a estruturação dos conteúdos on-line. Essa responsabilidade também inclui o desenvolvimento e a aplicação das avaliações e das atividades a distância, os processos de mediação dos tutores e dos monitores no ambiente virtual de aprendizado, bem como os processos acadêmicos e de certificação, a fim de garantir que os estudantes cumpram todos os requisitos para a conclusão do curso.

Atribuições da Administração Regional

As Administrações Regionais têm a responsabilidade de organizar a parte presencial dos cursos. Isso inclui a contratação de tutores para supervisionar e orientar os estudantes durante as atividades práticas, a seleção de locais adequados para a execução dessas atividades, como propriedades rurais ou universidades, a organização dos polos/unidades de ensino presenciais e o planejamento do transporte e da logística para deslocar estudantes e tutores/instrutores para esses locais.

Importante

O diferencial para que o modelo híbrido obtenha sucesso é um planejamento adequado desenvolvido pela Administração Regional e pelas Administrações Regionais, com intencionalidade pedagógica e que faça sentido para o que busca ensinar, dada a realidade do público participante.

O modelo on-line dá autonomia e flexibilidade ao estudante, além de permitir que ele aprenda sozinho e explore suas capacidades fora de sala de aula. O meio presencial, por outro lado, permite uma troca de experiências mais pessoal e uma comunicação em tempo real. Cada modelo, on-line ou presencial, serve para complementar o outro, melhorar ainda mais a capacidade de construir conhecimentos e alcançar as competências e habilidades previstas para o curso, o módulo ou a Unidade Curricular.

No modelo híbrido, não basta enxergar a avaliação somente como momento de seleção entre os estudantes habilitados ou não habilitados a continuar adiante. A avaliação precisa verificar o processo de aprendizagem e retornar o resultado ao estudante.

Dessa forma, a avaliação deve ter como foco a aprendizagem e priorizar como o estudante aprende e não somente o que ele aprende. É preciso avaliar não somente o conteúdo, mas as atitudes e as habilidades que os estudantes estão desenvolvendo.

Por exemplo, às vezes, o participante não vai conseguir assimilar os termos técnicos ou os conceitos de determinada atividade durante as aulas, porém saberá executá-la com perfeição, fato esse que precisa ser considerado na avaliação.

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Tecnologias usadas: ambiente virtual de aprendizagem, simuladores, laboratórios etc.

A certificação deverá ser emitida conforme a natureza da programação já estabelecida pelo Senar, seguir a ponderação das atividades a distância e das presenciais, que devem ser planejadas em cada caso.

7.5 Encerramento

Neste volume, apresentamos uma visão abrangente do conceito de formação profissionalizante adotado pelo Senar. Exploramos como essa abordagem se alinha à formação por competências, considerações sobre o aprendizado do adulto e a necessidade de preparar profissionais alinhados com as demandas do setor rural.

Além disso, examinamos detalhadamente a estrutura e rede de ensino do Senar, ressaltamos sua capacidade de coordenar e oferecer cursos técnicos profissionalizantes em todo o país, com destaque para os Centros de Excelência e os polos de ensino presenciais como elementos fundamentais dessa estrutura.

Os cursos técnicos oferecidos pelo Senar foram apresentados em um panorama que abrange diversas áreas de atuação e especificidades de cada curso. Também destacamos os componentes desses cursos, inclusive polos presenciais, Unidades Curriculares, avaliações e recursos didáticos.

Por fim, discutimos as concepções pedagógicas e metodológicas adotadas pelo Senar e enfatizamos os princípios pedagógicos que destacam a importância da aprendizagem por meio de itinerários formativos, competências e habilidades.

Este resumo destaca a ação da formação técnica profissionalizante do Senar. Esperamos que essa leitura tenha impactado positivamente sua atuação profissional.

Referências

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ALCALÁ, A. Es la andragogía una ciencia? Caracas: Ponencia, 1999.

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BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP n.º 14/2022. Projeto de resolução que institui as Diretrizes Nacionais Gerais para o desenvolvimento do processo híbrido de ensino e aprendizagem na Educação Superior. Brasília, DF, 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Decreto n.º 8.268, de 18 de junho de 2014. Altera o Decreto n.º 5.154, de 23 de julho de 2004, que regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 18 jun. 2014. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Decreto/D8268.htm#art1. Acesso em: 30 jun. 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Decreto n.º 5.154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 jul. 2004. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5154.htm. Acesso em: 30 jun. 2023.

BRASIL. Decreto n.º 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 de maio de 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9057.htm. Acesso em: 30 jun. 2023.

DEPRESBITERIS, L. Avaliação na educação profissional: a busca da integração de saberes. Pinhais: Ed. Melo, 2011.

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SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Formação Técnica de Nível Médio do Senar. Guia do tutor. Brasília: Senar, 2023.

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